Alegria Inabalável em Cristo

Firmados na Rocha

27 de julho de 2021 | Missão Apostólica | Tiago Vieira

Vamos orar. Senhor nosso Deus, nosso Pai, te agradecemos pela leitura da Tua Palavra que acabamos de realizar nesta noite. Venha falar conosco, ó Deus, como Tu tens falado todas as terças-feiras neste culto, Senhor da Palavra, e que o Senhor possa derramar a Tua bênção sobre nós em nome de Jesus. Amém. Amém. Os irmãos podem se assentar.

Irmãos, nós estamos hoje no culto de ensinamento, no culto da Palavra, e lembremos, acabamos de ler esses versículos, ou melhor dizendo, do versículo 10 até o versículo 23, que fala do apóstolo Paulo aos Filipenses, a igreja de Filipos. E nós vamos meditar nesta noite um pouquinho nesse capítulo 4. O capítulo 4 começa um pouquinho antes do versículo 10, logicamente. Nós lemos esta parte, mas vamos ver de forma resumida um pouco de todo o capítulo que estamos com as nossas Bíblias abertas. O livro de Filipenses é um livro que, quando olhamos e lemos, vemos que é um livro que fala muito sobre alegria.

O apóstolo Paulo dá vários elogios a essa igreja enquanto escreve e, à medida que vai falando com a igreja dos Filipenses, no capítulo 4, que é o último capítulo, vemos o apóstolo Paulo dando várias instruções importantes e também agradecendo. Agradecendo. Veja, no primeiro versículo desse capítulo 4, o apóstolo Paulo fala da alegria dele. Este livro, como já dissemos, fala muito sobre alegria. Desde o primeiro capítulo até o último, ele vai discorrendo sobre alegria e regozijo, mas também menciona não apenas coisas boas, como poderíamos dizer, coisas boas na nossa maneira de pensar, como é o caso da alegria. Paulo também fala das aflições.

Veja bem, no primeiro versículo está escrito: “Meus amados e muito queridos irmãos, minha alegria e coroa…” Minha alegria e minha conquista, minha coroa, estai assim firmes no Senhor. A primeira coisa que podemos constatar é que a nossa alegria não deve estar naquilo que vivemos. Por exemplo, todos nós, como igreja ou individualmente como pessoas, enfrentamos problemas difíceis. Mas como o mundo age? O mundo reage com alegria ou tristeza de acordo com as circunstâncias. Se tudo na vida da pessoa — o casamento, o emprego, a saúde, as finanças — está indo bem, a pessoa diz: ‘Eu estou bem.’ Mas se alguma coisa está desequilibrada, seja em qualquer área, material ou espiritual, essa pessoa começa a reagir de forma triste, de maneira instável, sem firmeza. Por quê? O alicerce dela ainda não está no Senhor, como o apóstolo Paulo está dizendo, mas está nas coisas, nas circunstâncias.

Por exemplo, o jovem de qualidade, quando foi ter com Jesus, ele foi de uma maneira, mas saiu de outra forma, saiu triste. Por que ele saiu triste? Porque a alegria dele estava firmada nas coisas que ele fazia. E quando Jesus mandou ele fazer algo que ele não queria, ele se entristeceu, pois a alegria dele não estava no Senhor, mas nas coisas. Nas coisas que ele possuía e nas coisas que fazia. Agora, veja que interessante quando o apóstolo Paulo diz: “Minha alegria e coroa, estai assim firmes no Senhor.” A alegria do apóstolo Paulo era que aquela igreja, aquele povo com quem ele estava falando, estava firme no Senhor.

A nossa alegria deve ser a mesma. Quando vemos um irmão ou uma irmã firme no Senhor, qual é o sentimento que devemos ter? Qual é a emoção que devemos transmitir? Deve ser de alegria, de estar alegre e contente, quando vemos uma pessoa firme no Senhor. Quem aqui está firme no Senhor?

Hoje estamos vivendo dias, momentos muito difíceis, porque infelizmente a maioria das pessoas não está firme no Senhor. E quando não estamos firmes no Senhor, tudo que vem do Senhor para nós, tudo que vem de Deus, é bloqueado. Então, como podemos estar alegres, ter alegria, quando vemos um irmão ou uma pessoa que, em vez de estar firme no Senhor, começa a vacilar? Mas aqui, o apóstolo Paulo claramente nos diz, claramente nos fala, que a alegria dele era que aquela igreja estava firme no Senhor. E nós também devemos ser iguais à igreja de Filipos, dizendo melhor, aos Filipenses, nesse aspecto.

Nós também devemos estar firmes no Senhor. Veja bem, firmes no Senhor. É como se estivéssemos em cima de Jesus, firmados na rocha. Tendo a nossa base firmada na rocha, como Jesus falou naquela passagem do homem que construiu a sua casa sobre a rocha. Então, da mesma forma, quando estamos com a nossa casa firme na rocha, pode vir qualquer circunstância, seja ela boa ou ruim, mas a circunstância, ou seja, o vento forte, vai vir. Não estamos imunes a isso, mas uma coisa temos certeza: quando estamos firmes no Senhor, podemos estar alegres, porque temos a certeza de que não vamos desabar, não vamos cair. E essa é a alegria, essa é a certeza que temos que ter.

Portanto, é importante sabermos em que terreno estamos nos construindo, nos edificando. Porque não importa apenas crescer, estar firme, mas em que estamos firmes? Estamos firmes em nós mesmos, naquilo que fazemos, estamos firmes no outro, estamos firmes em outra pessoa, como aquele jovem rico que estava firme nas coisas dele, ou estamos firmes no Senhor? Em cima de Jesus, é em Jesus que devemos estar firmados, na pessoa de Jesus.

O hino de número 400 é muito claro, ele fala exatamente isso, quando diz: “Em Jesus, em”. É como se Jesus fosse um lugar para estar, “em Jesus, vivendo cada dia”. Agora veja bem, ele diz: “Em Jesus eu tenho alegria”. Então, a nossa alegria deve ser quando estamos firmes. Firmes no Senhor. Tem aquele hino também que diz: “Firmes, firmes, firmes na promessa de Jesus”. E qual é a promessa de Jesus? Se estivermos nele, nenhum mal prevalecerá contra nós. É essa a alegria que devemos ter.

Agora, façamos uma reflexão: como está a nossa alegria? Está igual à alegria do mundo, que é passageira, temporária? Ou a nossa alegria é firme? Está firmada na fé? Em Jesus! O apóstolo Paulo está testemunhando aqui sobre a igreja dos Filipenses, dizendo que eles estavam firmes no Senhor. O apóstolo Paulo está testificando, afirmando isso. E a mesma coisa, irmãos, nós também devemos estar firmes no Senhor. Amém?

Agora veja bem, indo mais adiante. No versículo 2, o apóstolo Paulo diz: “Rogo a Evódia e rogo a Síntique que sintam…” Sentir o quê? A alegria, que sintam o mesmo no Senhor. Deus não nos chamou para estarmos caídos. Jesus nos chamou para ter um sentimento. Veja bem, rogo a Evódia e rogo a Síntique que sintam. Sentir é ter o sentimento. O mesmo sentimento que Jesus teve. Jesus, quando passou por aqui na terra, disse: “Tereis aflição, mas tende bom ânimo.” Ânimo, o que é ânimo? É vida, ter energia, ter força, ter garra, ter coragem.

Então, o ânimo que Jesus estava falando, “no mundo tereis aflição, mas tende bom ânimo”, é o ânimo que está relacionado à alegria. Estamos animados. Parece que quando o apóstolo Paulo fala “rogar”, ele está implorando, dizendo: “Eu imploro”. É a mesma coisa que o apóstolo Paulo estivesse falando assim: “Eu imploro a Evódia…”. Quem era Evódia? Evódia era um membro da igreja em Filipos. “Eu rogo a Evódia, eu rogo a Síntique, para que sintam o mesmo no Senhor.” Então, o mesmo sentimento, meu irmão e minha irmã, que devemos ter, todos nós devemos sentir. Será que é o mesmo sentimento que estamos tendo?

Jesus nos adverte que devemos ter o mesmo sentimento. E o apóstolo Paulo estava implorando para que dois membros daquela igreja tivessem o mesmo sentimento.

Indo mais adiante, no versículo 4 do capítulo 4, observem. Quem pode ler? Alguém pode ler, por favor, o versículo 4? O que é regozijar? Regozijar é a mesma coisa que se alegrar. Regozijo é alegria. Tem o mesmo significado de alegria. Então, o apóstolo Paulo está dizendo: “Alegrai-vos sempre no Senhor. Outra vez vos digo, alegrai-vos.” A igreja do Senhor Jesus tem que ser alegre. Quando eu falo da igreja, a igreja somos nós, é o povo de Deus. A nossa alegria está no Senhor, em Jesus. “Em Jesus, vivendo cada dia. Em Jesus, eu tenho alegria.” Então, o apóstolo Paulo está dizendo exatamente isso: “Alegrai-vos”. E observe que ele repete: “Outra vez digo, alegrai-vos”. Por que o apóstolo Paulo está repetindo a mesma coisa? Porque é difícil estar alegre no Senhor. Não é fácil. Para estar alegre no Senhor, é preciso realmente ter a fé firmada nele. É crer com toda a alma, com todo o coração, com todo o temor, é depositar tudo nele. Tudo em Deus, tudo em Jesus, independentemente de qualquer coisa.

Então, Jesus fala: “No mundo tereis aflição”, ou seja, a aflição faz parte da nossa vida e só vai acabar quando deixarmos esta terra. Enquanto estivermos neste mundo, vamos ter aflição. Mas o que nós devemos ter? A Bíblia diz: “Guarda o que tens, para que ninguém tome a tua coroa.” Uma das coisas que nós temos, que Jesus nos deu, é o ânimo. O ânimo, ou seja, a força, a garra, a coragem, a disposição para continuarmos. O apóstolo Paulo repete isso aqui em Filipenses também. Vou pedir para um irmão abrir Filipenses, capítulo 2, versículo 2. Quem achar, por favor, leia.

Agora veja: “Completai o meu gozo.” O que é gozo? Gozo é alegria também. A palavra gozo significa alegria. O apóstolo Paulo está dizendo à igreja dos Filipenses: “Completai o meu gozo.” Quer dizer o quê? Que o apóstolo Paulo, como igreja, não se sentia feliz sozinho.

Para nós sermos verdadeiramente felizes, de fato, precisamos estar unidos, em uma só fé. O apóstolo Paulo fala: “Completai o meu gozo para que sintais…” Ok, isso significa que devemos ter o mesmo sentimento. “Para que sintais o mesmo, tendo o mesmo amor, o mesmo ânimo, sentindo uma mesma coisa.” Ou seja, nós, como igreja, devemos sentir a mesma coisa para sermos completos, completos como igreja, completos como membros do corpo do Senhor. E ele ainda diz: “o mesmo ânimo, o mesmo ânimo.”

Quando fazemos isso, completamos uns aos outros, sentindo o mesmo, tendo o mesmo amor, o mesmo ânimo, sentindo a mesma coisa que o apóstolo Paulo está falando aqui, isso significa que estamos firmados em Cristo Jesus. Porque estamos no mesmo nível de frequência, ou seja, estamos conectados uns com os outros, estamos ligados uns aos outros.

Quando a igreja, os membros da igreja, estão ligados uns aos outros, acontece isso que o apóstolo Paulo está falando aqui. A igreja tem o mesmo sentimento, as mesmas aflições, o mesmo amor, o mesmo ânimo, a mesma disposição. E veja bem, quando isso acontece, significa que Jesus realmente está sendo o alicerce, o fundamento dessa igreja. Isso significa que ninguém faz nada nesta igreja por contenda ou por vanglória, mas sim porque todos são unidos, isto é, são irmãos em uma só fé, em um só amor, em um só Senhor, que é o Senhor Jesus. E isso está escrito no versículo 3. Continue aí, Arthur, por favor. Deus estava orientando o apóstolo Paulo sobre a união. Então, estamos falando aqui de união, de ter o mesmo sentimento, de estarmos conectados. Ou seja, estamos ligados. A verdadeira igreja é a igreja que está ligada uns aos outros. Continuando no capítulo 4, onde estávamos. O versículo 4 fala: “Regozijai-vos sempre no Senhor.”

Regozijar. Quando estamos regozijando, alegres, significa que não estamos esperando nada ruim de Deus. Deus protege a igreja. Então, quando o apóstolo Paulo nos fala para nos alegrarmos, ele está dizendo que se confiarmos em Jesus, Jesus nunca, nunca nos decepcionará. É uma confiança. A alegria, então, não está naquilo que é aparente, naquilo que vemos, nos acontecimentos do mundo, mas na pessoa que pode mudar tudo. Na pessoa que tem todo poder, que é Jesus.

Acreditamos mais nos acontecimentos do mundo? O que é mais verdadeiro para nós? O que acontece no mundo ou Jesus? O que é mais verdade? A Bíblia diz que a maior verdade não é aquilo que acontece, mas é Jesus. A Bíblia diz que Jesus é a verdade: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida.” Então, se Jesus é a verdade, tudo mais pode até ser verdade também, mas a verdade maior é Jesus. É Jesus quem determina. É Jesus quem manda. E é isso que o apóstolo Paulo está dizendo aqui.

Veja bem, irmã Rosemary, por favor, abra sua Bíblia.

No livro de Filipenses, no capítulo 2, versículo 24, Paulo diz que confia no Senhor. A confiança aqui é no sentido de fé. Ele está dizendo: “Eu tenho fé de que vou ver vocês outra vez.” E a fé que ele tinha estava firmada em quem? A fé dele estava firmada no Senhor. O apóstolo Paulo estava passando por momentos de dificuldade.

Agora, veja o versículo 19, irmã Rosemary, o versículo 19 de Filipenses 2: “Espero no Senhor Jesus enviar-vos Timóteo o mais breve possível, para que eu também esteja de bom ânimo, sabendo as vossas notícias.” Veja bem, tudo que ele vai falar aqui, ele fala no Senhor. Eu estou no Senhor, eu confio no Senhor, eu espero no Senhor. Agora, ele espera o quê? Ele espera, no Senhor, estar de bom ânimo ao enviar Timóteo. O apóstolo Paulo está falando de alegria.

A igreja tem que ter alegria, mas não é essa alegria do mundo, não é alegria carnal. É uma alegria que está firmada não naquilo que está acontecendo, como o pastor Emmanuel mencionou. A igreja enchendo, todo mundo pulando — não, essa não é a alegria que Paulo está falando. A alegria que o apóstolo Paulo menciona é uma alegria espiritual, uma alegria maior, que está firmada não nas circunstâncias.

Mesmo quando Paulo não estava passando por momentos bons, ele estava passando por momentos ruins, sua esperança estava colocada em quem? Em Jesus. “Eu espero no Senhor, eu confio no Senhor.” A alegria vem pela fé em Jesus. E essa alegria vem exatamente do Senhor Jesus.

Continuando, vamos avançar um pouco mais e ver o versículo 11 da leitura que fizemos.

(Leitura de Filipenses 4:11) “Não digo isso como por necessidade, porque já aprendi a contentar-me com o que tenho.”

Aqui, o apóstolo Paulo está falando sobre contentamento, sobre estar satisfeito em qualquer situação, porque sua alegria e paz vêm do Senhor, não das circunstâncias. Ele aprendeu a estar contente independentemente da situação, porque sua fé e alegria estavam firmadas em Jesus. E é isso que temos que fazer — confiar no Senhor, colocando nossa esperança e alegria em Jesus, independentemente das circunstâncias ao nosso redor.

O apóstolo Paulo fala sobre a alegria, a fé, e a confiança, enfatizando a importância dessas virtudes. No versículo 11 do capítulo 4 de Filipenses, ele diz: “Não digo isso como por necessidade, pois já aprendi a contentar-me com o que tenho.”

No versículo 10, ele menciona: “Ora, muito me regozijei no Senhor, porque finalmente reviveste a vossa lembrança de mim.” Ou seja, ele se alegrou muito no Senhor ao perceber que os Filipenses lembraram dele. Quando ele viu que a igreja de Filipos lembrou dele, isso trouxe muita alegria ao seu coração. Ele continua: “Pois já vos tinhas lembrado, mas não tinhas tido oportunidade.”

E então, ele diz: “Não digo isso por necessidade, porque já aprendi a contentar-me com o que tenho.” Estar contente com o que se tem é um estado de satisfação, independente das circunstâncias.

A verdadeira alegria, segundo Paulo, não depende do que acontece ao nosso redor ou do que possuímos, mas está firmada em uma rocha sólida e inabalável: Jesus Cristo. Ele afirma que aprendeu a estar contente em todas as situações, demonstrando que sua fé e alegria não estão baseadas nas circunstâncias, mas na confiança firme no Senhor.

O Salmo diz: “Os que confiam no Senhor são como o monte de Sião, que não se abala, mas permanece para sempre.” Confiar é ter fé. A confiança no Senhor traz uma estabilidade que não se abala com as adversidades da vida.

Paulo diz que não diz isso por necessidade, porque já aprendeu a contentar-se com o que tem. “Contente” aqui significa alegre, satisfeito. Então, a verdadeira alegria não vem do que possuímos. Hoje, muitas pessoas colocam sua alegria nas coisas materiais, nas circunstâncias ou nas coisas temporais deste mundo.

Mas a Bíblia nos ensina que nossa alegria deve estar firmada em algo maior, maior do que as coisas terrenas e temporárias. Quando nossa alegria não está baseada nas coisas deste mundo, mas em Jesus, passamos a enxergar a vida de maneira diferente, com um olhar positivo, com os olhos de Jesus.

Estar firmes na fé significa que nossa alegria, nossa confiança e nosso contentamento estão ancorados em Cristo. Assim, independentemente das circunstâncias, podemos viver com alegria e esperança, sabendo que nossa rocha, nossa fundação, é inabalável.

Por exemplo, quando Jesus estava com uma grande multidão, aquelas pessoas estavam famintas. Os discípulos olhavam uns para os outros sem saber o que fazer. Eles viram um menino com cinco pães e dois peixinhos — você lembra? Cinco pães e dois peixinhos. Eles viram isso e olhavam para o menino com o olhar das coisas terrenas, das circunstâncias. Estavam tristes, porque não havia comida suficiente para todos.

Mas Jesus olhou para o menino de uma maneira diferente. Ele não olhou com um olhar temporário, focado apenas nas circunstâncias do momento. Jesus olhou com um olhar de abundância. Ele sabia que, mesmo na necessidade, existia a confiança no poder de Deus. E então, Ele realizou a multiplicação dos pães e peixes.

A diferença aqui está na maneira como o problema foi encarado. Ambos, Jesus e os discípulos, estavam diante do mesmo problema — a falta de comida para todos. No entanto, os discípulos olharam para o problema com tristeza e desânimo, enquanto Jesus olhou com alegria e ânimo. É uma forma de ver a diferença entre ter confiança em Deus e não ter.

Jesus confiava plenamente em Deus, e os discípulos não tinham a mesma fé. Às vezes, quando enfrentamos problemas em nossas vidas, também não temos fé suficiente para confiar em Jesus. É isso que o apóstolo Paulo está explicando aqui.

Paulo diz: “Sei estar abatido.” O que é estar abatido? Abatido é estar destroçado, quebrado. “Sei estar quebrado”, mas ele também diz: “Sei estar em abundância”, ou seja, estar cheio, bem. Isso é normal, é natural. E Paulo continua, dizendo no versículo 13: “Posso todas as coisas.”

Veja bem, ele acrescenta: “Naquele que me fortalece.” Exatamente, Jesus na frente. Naquele que me fortalece. Ou seja, a força não vem de Paulo, mas daquele que o fortalece, do Senhor. “Posso todas as coisas naquele que me fortalece.” Em Jesus, podemos passar por qualquer situação. Se estamos fortalecidos por Jesus, podemos todas as coisas. Amém?

Mesmo quando estamos abatidos, passando por necessidade, por fome, ou por problemas terríveis, Paulo diz: “Posso todas as coisas naquele que me fortalece.” Jesus é quem nos fortalece em todas as situações, não importa quão difíceis sejam.

Agora, isso não significa que devemos nos desligar uns dos outros, pensando que Jesus vai sempre providenciar o livramento individualmente e que não precisamos de ninguém. De forma nenhuma. A união e a ligação entre os irmãos continuam sendo fundamentais. Jesus nos fortalece, mas Ele também nos projetou para estarmos juntos, apoiando e encorajando uns aos outros na fé.

Nós vemos que, no início, estamos como igreja, ligados uns aos outros. Quando falamos de comunhão, estamos falando de ligação, de estar em sintonia. E quando o apóstolo Paulo fala nesse sentido, ele diz em Filipenses 4:14: “Todavia fizestes bem em tomar parte na minha aflição.” Ou seja, mesmo dizendo “Posso todas as coisas naquele que me fortalece”, Paulo reconhece que passou por problemas e aflições. E na aflição, quem foi que socorreu ele? No versículo 15, ele continua: “E bem sabeis também vós, ó Filipenses, que no princípio do Evangelho, quando parti da Macedônia, nenhuma igreja comunicou comigo, com respeito a dar e receber, senão vós somente.”

Veja bem, o que o apóstolo Paulo está falando aqui é que, no início do Evangelho, quando ele começou a fundar igrejas, muitas das igrejas que ele fundou não se preocuparam se ele tinha alguma necessidade. Se ele precisava de água ou de comida, por exemplo, ninguém se comunicou com ele. Mas sempre Jesus levanta alguém. E Paulo destaca que somente a igreja de Filipos se preocupou com ele. A igreja de Corinto, a igreja da Galácia, a igreja de Éfeso — nenhuma delas se preocupou, apenas a igreja de Filipos.

Deus sempre levanta alguém para nos ajudar, mesmo que seja apenas uma pessoa, como Paulo está falando aqui. No versículo 17, ele diz: “Não que procure dádivas, mas procuro o fruto que aumente a vossa conta.” Irmã Rosemary, poderia ler o versículo 17, por favor?

O apóstolo Paulo está dizendo que a igreja de Filipos ajudou ele, mas ele não estava procurando isso, ou seja, ele afirma claramente que não estava explorando a igreja de Filipos. O desejo dele era que a igreja de Filipos tivesse o fruto. E qual é o fruto? Paulo procura o fruto que “abunde para vossa conta.”

Abundar significa crescer, multiplicar. Paulo está dizendo que, quando ajudamos uns aos outros, não deixamos de receber. Deus não deixa faltar nada para aqueles que são generosos. Isso significa que Deus não deve nada a ninguém. Quando ajudamos, recebemos também de Deus. Deus é fiel para suprir cada necessidade, e Ele sempre levantará alguém para nos ajudar, exatamente como fez com Paulo.

Conclusão, o apóstolo Paulo nos ensina sobre a importância da união, do apoio mútuo e da confiança em Deus. Mesmo com sua imensa fé e conhecimento de que “posso todas as coisas naquele que me fortalece”, Paulo reconhece e aprecia o apoio humano, a comunidade, a comunhão dos irmãos em momentos de necessidade. E é através dessa união e apoio mútuo que a igreja se fortalece e cresce em abundância, em fé e em frutos espirituais.

À medida que ajudamos uns aos outros, seja da forma que for, Deus sempre observa as nossas ações. Ele recompensa não porque fazemos para receber algo em troca, mas porque Ele vê o fruto do nosso trabalho e da nossa generosidade. Conforme Paulo menciona, quando ajudamos na igreja, no Evangelho, para que a obra de Deus cresça, isso é um fruto que estamos plantando, e esse fruto irá crescer e multiplicar em nossas vidas. Amém?

No versículo 18 de Filipenses 4, Paulo diz: “Mas bastante tenho recebido e tenho abundância; cheio estou, depois que recebi de Epafrodito o que de vós veio, como cheiro de suavidade, e sacrifício agradável e aprazível a Deus.”

O apóstolo Paulo está dizendo que recebeu muito e está em abundância — ou seja, ele não estava faltando nada. Ele estava cheio, mas não de orgulho, soberba, ou vanglória. Ele estava cheio das circunstâncias materiais providas pela viagem e pelo apoio dos irmãos de Filipos.

A igreja de Filipos ajudou Paulo de tal forma que ele não tinha necessidade de mais nada. Os irmãos se sacrificaram para ajudá-lo, enviaram ajuda como um “cheiro de suavidade e sacrifício agradável”. A igreja de Filipos não era rica; eles se sacrificaram voluntariamente. Não ajudaram com o que estava sobrando, mas sim, deram mesmo que isso representasse uma falta para eles. Eles repartiam o que tinham, como a igreja primitiva em Atos, demonstrando um verdadeiro sacrifício, pois um sacrifício verdadeiro tira algo de valor de nós.

O apóstolo Paulo reconhece esse sacrifício e, em resposta, lança uma bênção sobre o povo de Filipos. A bênção é encontrada no versículo 19:

“Meu Deus, segundo as suas riquezas, suprirá todas as vossas necessidades em glória, por Cristo Jesus.”

Paulo está assegurando à igreja de Filipos que Deus suprirá todas as necessidades deles de acordo com as Suas riquezas em glória, por meio de Cristo Jesus. Isso significa que, mesmo eles tendo se sacrificado para ajudar Paulo, Deus os recompensará e suprirá todas as suas necessidades.

Portanto, essa promessa não apenas reconhece a generosidade e sacrifício dos filipenses, mas também reafirma que Deus vê e recompensa nossa generosidade. Ele nos encoraja a continuar ajudando e apoiando uns aos outros, confiando que Deus suprirá cada necessidade, abençoando-nos abundantemente por nossa fidelidade e amor em Jesus Cristo.

O apóstolo Paulo nos ensina uma lição poderosa de fé e confiança em Deus. Em meio à dificuldade, ele recebeu ajuda exclusivamente da igreja de Filipos, que também enfrentava necessidades. Era o necessitado ajudando outro necessitado. Não se tratava de uma comunidade rica, mas de pessoas que, mesmo em suas próprias necessidades, decidiram sacrificar-se para apoiar Paulo.

Paulo, em Filipenses 4:19, transmite uma mensagem incrivelmente positiva e encorajadora: “O meu Deus, segundo as suas riquezas, suprirá todas as vossas necessidades em glória, por Cristo Jesus.” Não há aqui espaço para palavras negativas ou dúvidas. Paulo oferece uma mensagem de ânimo e fé, assegurando que Deus suprirá todas as necessidades dos filipenses — e não com base nos recursos deles, mas segundo as riquezas de Deus.

A mensagem de Paulo é clara: não devemos esperar ajuda de governantes ou grandes empresários; a igreja é chamada para ajudar a igreja. Os necessitados ajudam outros necessitados. E quem traz a verdadeira abundância? É o próprio Deus. Ele, segundo as Suas riquezas, supre todas as necessidades.

Paulo estava passando por um momento de aflição, mas permanecia alegre. Mesmo em momentos de falta, ele estava contente porque sua alegria não dependia das circunstâncias. Ele havia aprendido a ter abundância e a estar em necessidade. Ele sabia viver em ambos os estados, confiando firmemente em Deus.

Este é o retrato do que a Igreja deve ser. Quando vemos alguém se dedicando a Deus, devemos apoiar essa pessoa. E quando precisamos de ajuda, devemos manter uma atitude de alegria e confiança em Jesus, pois Ele vê nosso esforço e nossas necessidades.

Paulo assegura que Deus não nos deixará sós. Mesmo quando tudo parece estar dando errado, se nossa fé estiver firmada em Deus, Ele providenciará. Jesus observa nossa fé e, segundo Suas riquezas, Ele vem em nosso auxílio. Assim como Deus viu a fé de Paulo e dos filipenses e não os deixou sós, Ele também verá nossa fé e nos suprirá.

Esta é a lição que Paulo ensina à igreja de Filipos — uma lição de fé, sacrifício e confiança em Deus. Independentemente das circunstâncias, devemos estar firmes em nossa fé em Jesus, sabendo que Ele é fiel para suprir todas as nossas necessidades. E enquanto ajudamos e recebemos ajuda, estamos participando de uma comunhão verdadeira e abençoada, que glorifica a Deus e fortalece a igreja.

Devemos nos alegrar a cada dia, em cada culto, porque a nossa caminhada, a caminhada, como a Bíblia diz, é longa, ou seja, não é uma caminhada curta. É até que Jesus venha, até que Jesus venha. E isso significa o quê? Significa que a cada dia que passa, devemos aprender, aprender. Encerrando este pensamento e mantendo esse mesmo espírito, peço a Michelle para ler em Filipenses, no capítulo 4, versículo 9. Filipenses 4:9. Olhe como é importante, o que devemos também aprender? Tudo o que estamos aprendendo aqui na igreja, nos cultos de ensino, na escola bíblica dominical, o que estamos aprendendo de Jesus, não é dos homens, é de Jesus. O que devemos também aprender? E receber? Portanto, devemos aprender e também receber. Abrir… nossas mentes, abrir nossos corações para a palavra de Deus entrar. Então nós a recebemos. Porque não adianta de forma alguma aprendermos ou ouvirmos se a palavra não penetrar em nossos corações, se não tiver entrada em nossos corações. Ou seja, quando falo sobre o coração, é em nossa alma, em nosso espírito, a palavra de Deus deve ser permitida a entrar. Devemos abrir, como Jesus diz, “Eis que estou à porta e bato.” Significa que a porta da nossa vela deve estar aberta para que a palavra de Deus seja recebida.

Nós precisamos acolher. Assim como acolhemos uma pessoa em nossa casa, precisamos acolher. Então, o que também aprendeste e recebeste? E ouviste e viste, isto fazeis. E é isso que precisamos fazer. Amém? Que Deus abençoe em nome de Jesus. Essa foi a palavra de hoje, em Filipenses, baseado no livro de Filipenses. Vamos nos comprometer com isso. Não vamos abandonar uns aos outros. Não vamos nos iludir com o mundo. Não vamos permitir que as coisas do mundo determinem nossa felicidade, porque a nossa alegria vem do Senhor. E, com toda certeza, quando estamos unidos, possamos enfrentar qualquer desafio que apareça. Juntos, seremos mais fortes e venceremos qualquer batalha, qualquer obstáculo, em nome de Jesus. Amém. Passo a palavra de volta ao pastor. Então, irmãos, vamos nos colocar de pé.