Lição 06| O Profeta Elias e Eliseu, seu Sucessor

Lição 06| O Profeta Elias e Eliseu, seu Sucessor

Texto Aureo

Sucedeu, pois, que, havendo eles passado, Elias disse a Eliseu: Pede -me o que queres que te faço, antes que seja tomado de ti. E disse Eliseu: Peço-te que haja porção dobrada de teu espirito sobre mim.” (2 Rs 2.9)

Verdade Prática

A história de Elias e Eliseu nos inspira a andarmos com pessoas que desfrutam de intimidade com Deus e que, por isso, vale a pena serem seguidas e imitadas.

Essa é a lição de número 6, chegamos agora à metade do nosso terceiro trimestre. Estamos no meio deste trimestre. Estamos estudando algumas passagens dos livros de Primeiro Reis e Segundo Reis. Na lição de hoje, vamos ver o encontro entre Elias e Eliseu e, na verdade, a despedida desses dois homens preparados por Deus. Deus preparou Eliseu para ficar no lugar de Elias.

Qual é o objetivo da nossa lição hoje? Após terminarmos a lição, o que devemos ter aprendido de principal? A lição de hoje quer nos ensinar que Elias terminou sua trajetória, e que o final da trajetória de Elias foi o começo da trajetória de Eliseu.

Nossa lição tem três tópicos principais que o comentarista destacou para nós.

Primeiro, a despedida de Elias de Eliseu. Como foi a despedida de Elias com Eliseu? Qual foi o final da trajetória do ministério de Elias? Este é o objetivo do primeiro ponto.

Segundo, veremos o que Eliseu pediu para Elias. Qual foi o pedido de Eliseu a Elias?

No último tópico, veremos que Eliseu recebe a capa de Elias.

Então, vamos iniciar agora nosso comentário a partir do primeiro ponto: a despedida de Elias. Veja bem, neste ponto, vemos que todo servo de Deus, seja homem ou mulher, precisa de um exemplo a seguir, um espelho. Quando olhamos no espelho físico, vemos a nós mesmos. Da mesma forma, todo homem e toda mulher de Deus deve ter um espelho, ou seja, uma referência.

Quando temos uma referência, tudo fica mais fácil para nós. A falta de referência pode dificultar nosso caminho. Quando falamos de espelho, estamos falando de exemplo. O exemplo é algo que devemos ter como servos de Deus, é algo que devemos imitar. Quando Elias encontra Eliseu e lança sua capa sobre ele, Eliseu passa a seguir Elias, que se torna uma referência para ele. O que é uma referência? É um modelo a ser imitado.

Aqui não estamos falando, irmãos, de imitação superficial, como copiar o estilo de pregação de alguém ou adotar um corte de cabelo popularizado por um jogador de futebol. Estamos falando de uma referência no viver, na prática da vida. Como aprendemos qualquer coisa? Não há outra forma de aprender algo, seja espiritual, material ou físico, senão por meio da imitação. Sem imitação, não há aprendizado.

Na Escola Bíblica Dominical, por exemplo, aprendemos estudando a Bíblia e a revista que comenta sobre temas bíblicos. A revista facilita o entendimento da Bíblia e destaca os pontos principais que devemos aprender. Quando dizemos que aprendemos algo, significa que somos capazes de reproduzir ou fazer igual. Se não somos capazes de fazê-lo, então não aprendemos de fato.

Uma criança, quando vai aprender a falar, por exemplo, como ela aprende? Ela só aprende a falar imitando. Se a criança que está aprendendo a falar apenas ouve, mas não tenta falar, ela não vai aprender. Então, como a criança aprende? Imitando a fala do pai ou da mãe que a está ensinando. Por exemplo, quando o pai ou a mãe diz “Pá, pai”, a criança repete “Pá, pai”. O que a criança fez? Imitou quem estava ensinando. E não há outra forma de aprender isso em qualquer área.

Como nós aprendemos na escola? Imitando. Por que existe uma prova? A prova é elaborada para que você demonstre que imitou o que o professor ensinou. Se na prova você faz do mesmo jeito que o professor ensinou, ou seja, se você imitou corretamente, você passa.

Da mesma forma é a vida do crente, a vida do servo de Deus. Nós só aprendemos de verdade se conseguimos imitar. É pela imitação, não há outro jeito. Não é pela inovação. Veja bem: Deus não quer, de forma nenhuma, que nas coisas de Deus ocorram inovações desnecessárias. A Bíblia diz o seguinte…

Quando observamos, estamos em um texto do Antigo Testamento. Mas, no Novo Testamento, também encontramos muitos exemplos sobre isso. Jesus disse: “Quem quiser vir após mim, negue a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me.” Ou seja, seguir é fazer o mesmo percurso que Jesus fez, andar pelo mesmo caminho. Imitar o caminho de Jesus, sem abrir um novo caminho, pois Ele já abriu o caminho. O que significa abrir o caminho? Abrir o caminho é ensinar. Jesus já nos ensinou; cabe a nós agora imitar o que já está ensinado.

Ou seja, o verdadeiro homem de Deus, a verdadeira mulher de Deus, não traz nada de novo no sentido de doutrina bíblica. Não é que sabemos tudo, mas no sentido da Bíblia, tudo que aprendemos já está escrito, não é algo novo. Precisamos aprender o que está na Bíblia. Isso aconteceu com Eliseu. Eliseu tomou Elias como modelo e o imitou.

Vamos agora ao primeiro ponto da lição: a despedida de Elias. Nesse primeiro ponto, temos três subpontos. O primeiro é o fim do ministério de Elias.

Segundo, um profeta com grandeza de alma. E terceiro, Gilgal, um lugar de boas recordações. Vamos primeiramente ao término do ministério de Elias. Tudo na vida pode ser algo bom ou ruim. Quando é algo ruim, damos graças a Deus quando termina. Mas coisas boas também chegam ao fim. Tudo na vida, neste plano terreno, tem um início e também um fim. Nada nesta vida que vivemos é permanente, seja bom ou ruim.

No caso de Elias, seu ministério, ou seja, seu serviço, era muito bom, excelente. Mas, assim como tudo que começa, também termina. Elias estava chegando ao momento de encerrar seu ministério. Veja bem: no caso específico de Elias, o término de seu ministério não significava a morte, pois ele não morreu, mas sim a saída dele da Terra. Quando Elias terminasse sua missão, outra pessoa deveria assumir seu serviço.

Por exemplo, quando trabalhamos em uma determinada empresa, há um serviço a ser feito e uma vaga específica para essa ocupação. Quando um empregado se aposenta, a vaga não fica aberta. Imediatamente, a empresa coloca outra pessoa no lugar. É mais ou menos isso que aconteceu com Elias. Quando ele partisse, haveria uma vaga, um lugar aberto, que precisaria ser preenchido. E quando Deus decidiu levar Elias, Ele já havia preparado Eliseu.

E o que nossa lição nos ensina? Chegou a hora de o profeta encerrar sua missão na Terra.

Quando Elias encerra sua missão, ele o faz de maneira organizada. Isso aqui é interessante e merece nossa atenção. Elias não deixa nada desorganizado. Antes de partir, ele já havia chamado quem? Eliseu. E Eliseu foi preparado ao longo do tempo que passou com Elias. Quando Elias se despede, ele é chamado de sucessor, que é o título da nossa lição. Sucessor é aquele que vem depois. Então, Elias preparou um sucessor para ocupar seu lugar, mostrando cuidado na escolha de quem iria assumir aquela função.

Vamos ler rapidamente Mateus, capítulo 17, versículo 3. Vou pedir a um irmão para abrir e ler para nós. Fazendo um favor? Para podermos seguir adiante e, logo após, darei a oportunidade para os irmãos também comentarem. É Mateus 17:3.

Veja bem, quando Jesus estava no Monte da Transfiguração, o que é o Monte da Transfiguração? É porque Jesus se transformou. O corpo de Jesus ficou glorificado de forma grandiosa, não na forma física, mas como será o corpo que teremos no futuro, depois que nossos corpos forem transformados. O corpo de Jesus foi glorificado, por isso é chamado de transfiguração; o corpo de Jesus mudou.

No Monte da Transfiguração, apareceram duas pessoas. Quem foram essas pessoas? Moisés e Elias. A Bíblia nos diz que, após a morte, não há retorno à terra. Após a morte, segue-se o juízo.

Na parábola do rico e Lázaro, o rico pediu para Abraão enviar um morto para falar com seus irmãos, levando a mensagem. E o que Abraão disse? “Lá na Terra já têm os mensageiros.” Isso significa que não é um morto que levará a mensagem. O que isso significa? Significa que nem Moisés nem Elias morreram fisicamente falando, pois mortos não retornam à Terra. Elias, então, não passou pelo processo da morte; ele foi arrebatado. Elias não viu a morte; ele foi arrebatado, servindo como um sinal, uma profecia do arrebatamento futuro da igreja.

Da mesma forma que Elias foi arrebatado, quando Jesus vier, a igreja também será arrebatada. E agora, diante disso, vemos a grandeza de Elias. Elias foi um homem espiritualmente muito grande, tanto que Deus não permitiu que ele passasse pelo processo da morte. Por exemplo, Eliseu, que também era um homem muito grande espiritualmente, ainda passou pelo processo da morte.

Mas Elias, não. Ele foi um profeta e um homem de uma alma gigante, tão grande que Deus o honrou, não permitindo que passasse pela morte.

E agora, o terceiro e último ponto: Gilgal, um lugar de boas recordações. Aqui, o comentarista destaca a importância do lugar e dos eventos que ocorreram em Gilgal. Foi lá que Elias começou a se despedir, e Eliseu reconheceu isso, como lemos na leitura bíblica em classe. Amém?

Então, sabendo disso, irmãos, agora… neste primeiro ponto, vamos ouvir os irmãos também. Isso é muito importante. Por quê? Porque quando vemos, por exemplo, uma alegoria, algo similar ao que o irmão Manuel mencionou uma vez, é como um paralelo. O que aconteceu na Bíblia pode ser visto como uma alegoria, uma lição que se perpetua. A palavra de Deus continua a ter poder, é a palavra de Deus que salva. Mas, em termos de testemunho, o que é testemunho se não o que nossos olhos veem e nossos ouvidos ouvem acontecer hoje?

Perpetuar esses testemunhos é algo que continua através de nós. Não há outra maneira de chegarmos ao céu senão dessa forma. Precisamos ter isso muito claro para nós.

Exatamente, enquanto você falava, veio à minha mente a história de Salomão. Salomão começou bem, mas terminou mal. No caso de Elias, não. Ele começou bem e terminou melhor ainda. Ou seja, ele começou e terminou bem, da forma certa e correta. Salomão começou bem, mas terminou mal. Melhor do que o início é o quê? É o final.

Então, no final, é como um corredor. Às vezes, ele começa mal, mas pode terminar bem. No caso de Elias, ele começou bem e terminou igualmente bem. Isso é muito importante, como o irmão Altair também destacou.

Finalizando, irmãos, este primeiro ponto, vemos Elias de uma perspectiva interessante. Às vezes, como o pastor mencionou, as pessoas acham que os tempos de hoje são ruins. Mas, na verdade, o tempo de Elias era muito pior; não há nem comparação com os nossos dias. Hoje, há pessoas que erram, mas a facilidade de seguir o caminho certo, de andar corretamente, é muito maior do que naquela época.

Na época de Elias, seguir o certo era proibido. Jezabel e Acabe inverteram toda a lógica. Hoje, ninguém é proibido de seguir o certo. Somos proibidos de seguir o certo? Não. Segue o certo quem quer e segue o errado também quem quer. Ninguém é obrigado a seguir o caminho errado. Na época de Elias, era uma espécie de ditadura, onde as pessoas eram obrigadas a seguir o errado. Exatamente. Então, hoje não temos isso. Hoje é muito mais fácil servir a Deus.

Por que, então, as pessoas não servem? Porque elas, ao invés de seguir os conselhos de Deus, como mencionado em Salmos 1, sentam-se na roda dos escarnecedores. Não meditam na Bíblia nem de dia nem de noite e seguem os conselhos dos ímpios.

Nós temos que ter muito cuidado, irmãos. Às vezes, contamos nossa vida para pessoas ímpias. Talvez a pessoa ímpia saiba de tudo o que acontece na sua casa, uma pessoa que não tem nada a ver com você, que segue outra religião, que não se importa com você. Uma pessoa para quem tanto faz se você morrer ou viver, que não fará a menor diferença. Se você ficar enfermo ou não, para essa pessoa não tem a menor importância. Ou seja, uma pessoa que não liga para você de forma alguma, e aí você chega e conta toda a sua vida, coisas íntimas e pessoais para essa pessoa ímpia. Isso é o quê? É escolher o errado. É uma escolha. Ninguém é obrigado a seguir as coisas erradas, assim como ninguém é obrigado a seguir as coisas certas.

Por exemplo, no caso de Eliseu, alguém o obrigou a seguir o caminho certo? Não. Ele escolheu seguir porque era inteligente. Ele era esperto. Vamos ver aqui, por exemplo, até mesmo quando o conselho de Elias parecia prejudicial para ele, Eliseu não o seguiu. Quando Elias disse: “Fica aqui enquanto eu vou”, Eliseu respondeu: “Não, eu vou também.” Ele estava sempre buscando o quê? O melhor. Ele sabia que, se ficasse, o melhor estava com quem? Com Elias. Eliseu sabia que o melhor estava com Elias, e se ele se afastasse, estaria se afastando do que era bom para ele. Era um privilégio, algo que ele não queria deixar de lado. Ele buscava o que sabia que seria bom para ele. Ou seja, isso é uma questão de inteligência.

A vida de Elias era íntegra, uma vida inteira. Vamos adiantar um pouco por causa do horário, já são quase oito e meia. Integridade significa completo.

Elias era um homem íntegro, o que significa que ele era completo em todas as áreas de sua vida. Na nossa vida, é desafiador equilibrar todas as áreas de forma correta. Elias é um exemplo de integridade, sendo exemplar em todos os aspectos de sua vida. Sua integridade foi tão notória que ele foi arrebatado. Ele não tinha defesa, exatamente.

Hoje em dia, muitas pessoas se espelham em ídolos que não são íntegros, seguindo personalidades erradas. Por exemplo, na televisão, vemos igrejas cheias de seguidores, mas nem sempre representam a integridade. O mesmo acontece em bairros, onde as igrejas mais populares tendem a ter menos integridade. Isso ocorre porque as pessoas escolhem o que desejam. Se alguém prefere uma vida mais relaxada, onde irá? Buscará um ambiente mais laxista. Se prefere uma igreja mais suave, para onde irá? Para uma igreja mais suave. As escolhas refletem o que está dentro delas.

No caso de Eliseu, dentro dele estava a vontade de seguir o caminho correto. Essa diferença é crucial. Então, o que está dentro de nós? Desejamos seguir o caminho certo? É uma escolha individual. Por exemplo, a igreja que frequentamos, como mencionamos no domingo passado, é uma escolha nossa. Nós decidimos qual caminho seguir. Existem diversas opções disponíveis.

Assim como Elias era um caminho, Eliseu poderia ter seguido outros profetas, mas optou por seguir Elias. Deus certamente chama, porém, ninguém é forçado a seguir. Deus faz o chamado, mas a decisão de atendê-lo é nossa. Eliseu ouviu e respondeu ao chamado. Essa é a diferença. Amém?

Seguindo em frente com o segundo ponto, o pedido ousado de Eliseu. Se achar que devo interromper ou falar, por favor, me avise. Vamos acelerar um pouco devido ao horário, mas sinta-se à vontade para interromper. O pedido ousado de Eliseu é um exemplo para nós. Se fosse conosco, podemos imaginar-nos pedindo algo materialista como casa, carro ou emprego — bens terrenos. Mas o que Eliseu pediu? Ele buscou receber uma porção dobrada do espírito, ou seja, do poder que residia em Elias. Esse poder nos capacita, nos permite escolher entre certo e errado.

O poder nos dá a habilidade de fazer escolhas. Quando temos poder, podemos discernir entre o certo e o errado. Por outro lado, essas coisas estão todas no plano terrestre, no plano carnal. Para alcançar o plano espiritual, é necessário que essas coisas mundanas percam importância para nós. Eliseu estava focado no plano espiritual. Sua ambição não era materialista, mas espiritual.

Ele reconheceu que essas coisas não eram o mais importante e afastou-se, pagando um alto preço por isso. Mesmo assim, ele permaneceu íntegro. Nesse caminho, Eliseu sabia claramente o que desejava. Assim, na igreja, ao servirmos a Deus, precisamos ter clareza sobre nossos objetivos e não perder tempo.

Quando Eliseu foi questionado, não hesitou; ele sabia claramente o que queria. Qual era o seu objetivo? Ele identificou algo que lhe faltava e que desejava ter. O seu desejo não era material, mas espiritual. Ele reconheceu o que estava ausente em sua vida e expressou seu pedido de forma ambiciosa: uma porção dobrada do espírito, querendo multiplicar a influência espiritual que Elias possuía. Eliseu almejava obter em dobro o que Elias tinha. Enquanto Elias possuía uma parte espiritual, Eliseu desejava o dobro – queria duas vezes mais. Ele expressou seu desejo claro e específico, evidenciando que sabia exatamente o que queria.

Da mesma forma, nós também devemos estabelecer objetivos claros e saber o que desejamos, não hesitando em pedir a Deus com clareza. Quando Deus nos questionar sobre nossos desejos, devemos ser corajosos e expressar nossas aspirações. Se Eliseu tivesse feito um pedido modesto por humildade, como “qualquer coisa que me der está bom”, a situação poderia não ter o mesmo desfecho. Refletindo sobre isso, Elias não concordou imediatamente com o pedido de Eliseu.

Vamos fazer uma leitura rápida do versículo 10 na classe. Elias respondeu: “Coisa difícil estás pedindo”. Parece que Deus já havia indicado a Elias que ele seria arrebatado, pois Elias condicionou a concessão do pedido a Eliseu a testemunhar seu arrebatamento. Se Eliseu visse Elias sendo arrebatado, receberia o que pediu; caso contrário, não seria concedido. Esse foi o sinal dado por Elias para indicar se Eliseu receberia ou não.

Para realizarmos a obra de Deus, precisamos do Espírito Santo. É impossível desempenhar as obras divinas sem o Espírito Santo. Um crente sem o Espírito Santo focará em questões terrenas em vez de pensar nas coisas de Deus.

A primeira coisa que devemos pedir a Deus é o Espírito Santo, para nos libertar das atrações deste mundo. Como mencionou o pastor Emmanuel, precisamos ter a maturidade espiritual para superar as distrações mundanas. Se não conseguirmos, ficaremos apenas nos comparando uns aos outros, focando nos defeitos alheios e não crescendo espiritualmente. Elias possuía o Espírito de Deus, algo que Eliseu também desejava.

Em meio ao pecado que os cercava, em vez de se fixarem nisso, optaram por focar no que era correto, na santidade. Era importante seguir o caminho certo, em vez de observar as pessoas se desviando. Um exemplo disso é a mulher de Ló, que olhou para trás enquanto Sodoma e Gomorra eram destruídas. O mesmo acontece quando nos concentramos nos pecados alheios e nas coisas erradas que ocorrem ao nosso redor – estamos olhando para trás.

Eliseu escolheu olhar para o que era correto, para a presença do Espírito de Deus na vida de Elias. Ele não focou no pecado, mas sim no que era bom. A Bíblia nos lembra, através das palavras do apóstolo Paulo, sobre a importância de pensar nas coisas do alto, nas virtudes e no que é bom, e não apenas nas coisas terrenas. Se uma pessoa deseja escapar da corrupção deste mundo, deve focar nas coisas celestiais. Se nos deixarmos envolver pelas práticas mundanas e pelas influências terrenas, nossa mente estará voltada para aspectos terrenos.

Eliseu escolheu seguir um caminho diferente, indo na direção oposta. Devemos seguir o exemplo dele, trilhando um caminho distinto. Essa jornada não é possível sem o auxílio do Espírito Santo, sendo fundamental pedir a Sua orientação. Assim como naquela época, hoje também temos inspiração e referências. Para Elias, servir a Deus foi muito mais desafiador do que para Eliseu, pois ele não teve referências ou exemplos. Embora houvesse 7 mil pessoas fiéis a Deus, Elias não as conhecia, sentindo-se sozinho em sua missão. Enquanto ele via apenas o mal ao seu redor, Eliseu teve a chance de ver um exemplo inspirador em Elias, facilitando sua caminhada espiritual.

Da mesma forma, em nossa igreja, temos exemplos a seguir. O Pastor Emmanuel é uma referência tanto espiritual quanto na esfera secular. Ao invés de nos desanimarmos diante do caos do mundo, devemos nos espelhar nessas virtudes e na construção de coisas boas ao nosso redor. Ao invés de focar no negativo, devemos observar e reproduzir as coisas boas que estão sendo edificadas, tanto individualmente quanto na comunidade da igreja.

A igreja está se desenvolvendo de modo excepcional, tanto espiritualmente quanto fisicamente. Deus tem abençoado de forma notável, apesar de termos um número reduzido de pessoas. Proporcionalmente, nossa igreja está realizando muito mais do que outras com 50, 70 ou 80 membros. Muitas coisas boas estão acontecendo. Contudo, quando focamos no negativo, é sinal de onde está nosso coração. Como mencionou Jesus, onde está nosso tesouro, ali está nosso coração.

A quantidade de membros na igreja não determina a aprovação de Deus. Ter apenas duas pessoas não significa que Deus não está presente, da mesma forma que ter mil pessoas não indica que Ele esteja mais presente. Isso não tem relação. Na pregação que assisti, o pastor mencionou que o crescimento numérico da igreja é evidência da presença de Deus, baseando-se nos Atos dos Apóstolos. Entretanto, precisamos discernir: na época dos apóstolos, o Evangelho era algo novo, enquanto hoje já não é mais. Além disso, naquela época, havia apenas uma igreja por cidade, ao passo que hoje há inúmeras igrejas em nossos bairros.

Na época de Jesus e dos apóstolos, os escândalos não eram tão prevalentes como os que vemos hoje. Atualmente, nos deparamos com diversos escândalos. É essencial compreender essa diferença para evitar o equívoco de pensar que Deus está presente somente onde há muitas pessoas, como alguns erroneamente sugerem. Deus está onde Sua Palavra é ensinada corretamente, ali Ele realmente está.

Nossa referência não deve ser a quantidade, pois atualmente existem igrejas para todo tipo de preferência. Por exemplo, há igrejas com ambiente de boate, atraindo aqueles que desfrutam da agitação e das luzes piscantes desse ambiente. Cada um busca segundo o desejo do próprio coração. Onde está seu tesouro? Onde você dá valor e importância? A base deve ser onde se cuida da alma, da vida espiritual e da salvação. Eliseu sabia o que queria, assim como nós devemos ter clareza sobre nossos desejos: queremos a salvação? Queremos o Espírito de Deus? Devemos ter consciência do que almejamos.

Concluindo, é fundamental saber começar e também saber terminar. Não adianta começar bem se terminarmos mal. O que buscamos é crucial. Devemos buscar a salvação e o Espírito de Deus, tendo claro em nossas mentes o que de fato desejamos.

A energia para começar, como o pastor falou, é muito grande. Quando alguém inicia algo… A energia é semelhante àquela que vemos em muitos casais que se separam; a mulher deixa o marido, casa-se com outro homem ou se envolve com outra pessoa, e em seguida, dois meses, três meses depois, já estão separados. Porque a energia do início é apenas no início, é efêmera, não é? Exatamente, há um entusiasmo inicial, e depois, bum, acabou. Exatamente, exatamente. Mas as coisas de Deus não são assim. O que são as coisas de Deus? É marchar. Marchar é o quê? Não é correr, mas também não é parar, é caminhar. Isto é marchar. Exatamente. Não se pode correr ou parar. É preciso seguir devagar, caminhando. É isso que Jesus nos ensina a fazer. Portanto, saber começar e saber terminar. Em segundo lugar, devemos nos espelhar. E aqui na igreja, Deus nos deu o pastor Emmanuel como exemplo. Na vida, na obra, no que ele faz. Então ele é um espelho. É um modelo. Devemos tê-lo como referência. E, por fim, devemos colocar nosso coração naquilo para o qual Deus nos chamou, assim como Eliseu dedicou seu coração ao chamado de Deus. Amém? Então vamos para o questionário. A primeira pergunta é para Michelle.”

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