Introdução
No grupo dos dons de elocução, estão relacionados o dom de profecia, o dom de variedade de línguas e o dom da interpretação de línguas (1Co 12.10).
O dom de profecia
Em 1Coríntios 14, Paulo fala à igreja a respeito do dom de profecia. O apóstolo incentiva os crentes a profetizarem (1Co 12.1). Por quê? Seria este dom superior aos outros? Não. Paulo estava preocupado com a edificação do Corpo de Cristo, pois o dom de profecia tem como propósitos a edificação, a exortação e o consolo da igreja (1Co 14.3). Como podemos definir este dom? Segundo o Comentário Bíblico Beacon, profecia “é aquele dom especial que exorta e capacita certas pessoas a transmitir a revelações de Deus à sua igreja”. Para uma definição mais abrangente, vejamos o que Whendon nos diz: “Uma inspirada pregação; predizendo o futuro, expondo misteriosas verdades, ou pesquisando os segredos do coração e do caráter dos homens”. Ao conceder o dom da profecia, Deus não faz distinção entre homem e mulher. Ana, filha de Famuel, era uma profetisa que aguardava a vinda de Cristo (Lc 2.36). Felipe, o evangelista, tinha quatro filhas que profetizavam (At 21.9).
Variedade de línguas (1Co 12.10)
O dom de variedade de línguas é diferente das línguas estranhas como evidência do Batismo com o Espírito Santo. Segundo a Bíblia, as línguas estranhas são um sinal para os não crentes (1Co 14.22). Quem possui este dom deve orar pedindo que o Senhor também conceda o dom de interpretação. O que profetiza edifica o outro, mas o que fala línguas estranhas edifica a si mesmo. Parece que na igreja de Corinto havia uma desordem no culto quanto aos dons de línguas. Paulo exorta os crentes dizendo que eles estavam “falando ao ar” (1Co 14.9), ou seja, não havia proveito algum, já que ninguém era edificado. As línguas estranhas continuam sendo um sinal divino para a igreja atual e não devem ser desprezadas, todavia quem já possui este dom deve buscar interpretar as línguas.
Interpretação de línguas
É uma habilidade sobrenatural, concedida pelo Espírito Santo, que torna o crente capaz de interpretar, na sua própria língua, aquilo que foi dito pelo crente em línguas estranhas. Paulo advertiu os irmãos de Corinto quanto ao uso deste dom (1Co 14.27,28). Se não há intérprete a vontade de Deus não é revelada e a igreja não é edificada, exortada ou consolada. O dom de interpretação complementa o dom de profecia.
Conclusão
Os dons de poder são para os crentes atuais. Eles são atuais, contemporâneos, úteis e necessários.
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