Lição 01 | O Mundo do Apóstolo Paulo

Lição 01 | O Mundo do Apóstolo Paulo

Hoje, estamos iniciando uma lição intitulada “O Apóstolo Paulo: Lições da Vida e Ministério do Apóstolo dos Gentios para a Igreja de Cristo”. Esta lição, na verdade, faz parte de um conjunto de estudos que já abordamos anteriormente, por volta de 2009 ou 2010, se não me engano. Naquela ocasião, estudamos a “Defesa do Apóstolo Paulo”, e agora, neste último trimestre de 2021, retomamos a figura de Paulo como um exemplo para nós, como Igreja.

Observem que a capa da lição traz uma ilustração de livros antigos, com uma pena, simbolizando a escrita, e o título “O Apóstolo Paulo”, com o subtítulo “Lições da Vida e Ministério do Apóstolo dos Gentios para a Igreja de Cristo”. Ao abrirmos a revista, no sumário, encontramos as três lições que compõem este trimestre. Hoje, começamos com a lição número 1, intitulada “O Mundo do Apóstolo Paulo”. Esta lição serve como uma introdução aos temas que serão abordados a partir do próximo domingo.

No próximo domingo, teremos a lição número 2, com o título “Saulo, o Perseguidor”, que abordará a vida de Paulo antes de sua conversão. Hoje, nosso foco é situar o contexto em que ele vivia, apresentando um panorama geral de sua vida e do mundo ao seu redor. A partir da próxima semana, mergulharemos mais profundamente na história de Paulo, começando por sua vida antes de encontrar Cristo no caminho de Damasco.

Portanto, hoje é um momento de preparação, uma introdução que nos ajudará a entender melhor as lições que virão nos próximos domingos. Vamos abrir nossas revistas e nos concentrar nesta primeira lição, que nos dará as bases necessárias para compreender a trajetória do Apóstolo Paulo e as lições que ele deixou para a Igreja de Cristo.

No índice da revista, podemos observar a estrutura das lições que serão estudadas ao longo deste trimestre. Vamos analisar cada uma delas para entender a progressão do estudo sobre a vida e o ministério do Apóstolo Paulo:

  1. Lição 2: Saulo, o Perseguidor
    Esta lição abordará a vida de Paulo antes de sua conversão. Veremos quem ele era, como perseguia a Igreja de Cristo e qual era o contexto de sua vida antes do encontro transformador com Jesus no caminho de Damasco.
  2. Lição 3: A Conversão do Apóstolo Paulo
    Aqui, o foco será o momento crucial da conversão de Paulo. Estudaremos como ele, que antes era um perseguidor, foi transformado por Cristo e chamado para ser um instrumento nas mãos de Deus.
  3. Lição 4: A Vocação de Paulo
    Após a conversão, esta lição tratará do chamado específico de Paulo. Para que ele foi chamado? Qual era a missão que Deus lhe confiou? Veremos como ele se tornou o Apóstolo dos Gentios, levando o evangelho aos não judeus.
  4. Lição 5: A Mensagem de Paulo
    Esta lição destacará o cerne da pregação de Paulo: Cristo e este crucificado. Estudaremos qual era a mensagem central que ele transmitia às igrejas e como essa mensagem continua relevante para nós hoje.
  5. Lição 6: O Espírito Santo na Vida de Paulo
    Aqui, exploraremos a relação de Paulo com o Espírito Santo. Como o Espírito guiou, fortaleceu e capacitou Paulo em seu ministério? Esta lição nos mostrará a dependência de Paulo do Espírito Santo em sua jornada.
  6. Lição 7: Paulo, o Plantador de Igrejas
    Paulo foi um verdadeiro apóstolo, dedicado a plantar igrejas e estabelecer comunidades cristãs. Esta lição destacará seu trabalho missionário e sua paixão por expandir o Reino de Deus.
  7. Lição 8: Paulo, o Mestre e Discipulador
    Paulo não apenas plantou igrejas, mas também investiu no discipulado de vidas. Veremos como ele ensinava, corrigia e edificava os cristãos, preparando-os para viverem de acordo com o evangelho.
  8. Lição 9: Paulo e sua Dedicação aos Vocacionados
    Esta lição focará no cuidado e na dedicação de Paulo para com aqueles que foram chamados ao ministério. Homens como Timóteo e Tito foram discípulos e cooperadores de Paulo, e ele dedicou sua vida a prepará-los para a obra do Senhor. Veremos como Paulo investiu nesses líderes, ensinando-os e encorajando-os a permanecerem fiéis ao chamado.

Essa estrutura nos permite acompanhar a trajetória completa de Paulo, desde sua vida como perseguidor até seu legado como apóstolo, mestre e mentor de líderes. Cada lição nos trará insights valiosos sobre como podemos aplicar os princípios do ministério de Paulo em nossa própria vida e na vida da Igreja hoje. Vamos nos aprofundar nesses estudos com o coração aberto para aprender e crescer na fé!

Na lição de número 10, vamos estudar a relação de Paulo com as igrejas que ele fundou. Aqui, veremos como ele mantinha um vínculo profundo com essas comunidades, cuidando delas, orientando-as e corrigindo-as quando necessário. Suas cartas refletem esse cuidado pastoral e seu amor pelas igrejas.

Já na lição de número 11, o tema será o zelo de Paulo pela doutrina. Paulo era extremamente cuidadoso com o ensino da Palavra de Deus. Ele combateu heresias, defendeu a pureza do evangelho e insistiu na importância de manter a sã doutrina. Essa lição nos mostrará como podemos aprender com o exemplo de Paulo a valorizar e proteger a verdade bíblica.

Na lição de número 12, abordaremos a vida de Paulo na velhice, especialmente durante seu período de prisão, quando ele estava prestes a morrer. Veremos como ele enfrentou o sofrimento e a morte com fé e esperança, deixando um legado de perseverança e confiança em Deus.

Por fim, na lição de número 13, fecharemos o trimestre com o tema “A Gloriosa Esperança”. Aqui, refletiremos sobre como Paulo enxergava a salvação em Jesus Cristo. Para ele, a esperança da vida eterna era o centro de sua fé e motivação. Essa lição nos lembrará da importância de manter os olhos fixos na salvação e na promessa da eternidade com Cristo.

Esse será o caminho que percorreremos ao longo destes três meses, estudando a vida, o ministério e as lições deixadas pelo Apóstolo Paulo. Agora, voltando à lição de número 1, que é a introdução, nosso objetivo hoje é entender o mundo de Paulo e como ele se relaciona com o nosso mundo atual.

Ao abrirmos a revista, vemos que a lição está dividida em três pontos principais. O primeiro ponto tem como título “O Mundo de Paulo no Império Romano”. Neste tópico, vamos explorar como era o mundo na época de Paulo, especialmente no contexto do Império Romano. Veremos como o cenário político, social e cultural daquela época influenciou o ministério de Paulo e como ele enxergava o mundo ao seu redor.

O mundo de Paulo, assim como o nosso, era marcado por desafios e contradições. No entanto, Paulo não via o mundo com medo ou desespero, mas com a perspectiva de que o evangelho era a resposta para todas as necessidades humanas. Ele entendia que o mundo estava mal porque não conhecia Jesus, e por isso ele se dedicou a levar as boas novas de salvação a todos os povos.

Essa é a mensagem central que a lição de hoje quer transmitir: assim como Paulo, devemos olhar para o mundo com esperança, sabendo que o evangelho de Cristo é a solução para todos os problemas. E é com essa perspectiva que vamos iniciar nosso estudo, começando pelo mundo de Paulo no Império Romano. Vamos lá!

No segundo ponto da lição, intitulado “O Mundo Cultural de Paulo”, vamos explorar os aspectos culturais da época em que o apóstolo Paulo viveu. Aqui, veremos qual era a língua predominante, os costumes, as influências e como a cultura daquele período moldava a sociedade. Isso nos ajudará a entender melhor o contexto em que Paulo pregava e como ele se adaptava para comunicar o evangelho de maneira eficaz.

Já no terceiro ponto“O Mundo Religioso”, analisaremos as principais religiões e crenças da época. Veremos qual era a religião predominante, como as pessoas enxergavam a espiritualidade e como Paulo lidava com esse cenário religioso pluralista ao apresentar a mensagem de Cristo.

Agora, voltando ao primeiro ponto, que é “O Mundo de Paulo no Império Romano”, vimos que ele está dividido em três subpontos:

  1. A Origem de Paulo
    Paulo era um homem judeu, da tribo de Benjamin, o que significa que ele tinha uma linhagem judaica muito bem definida. Além disso, ele possuía a cidadania romana, um privilégio que lhe conferia certos direitos e proteções dentro do Império Romano. Naquela época, Israel estava sob o domínio de Roma, o que significava que os judeus pagavam tributos e deviam obediência ao império. A cidadania romana de Paulo era algo valioso, pois lhe permitia circular com mais liberdade e segurança pelo império, algo essencial para seu ministério.

Um paralelo que podemos fazer hoje é o de uma pessoa que tem dupla cidadania. Por exemplo, um brasileiro que se muda para os Estados Unidos, se casa com uma americana e, após um processo, adquire a cidadania americana. Ele continua sendo brasileiro, mas também passa a ser reconhecido como cidadão americano. Da mesma forma, Paulo era judeu, mas também tinha o título de cidadão romano.

  1. A Geografia: Onde Paulo Viveu
    Paulo nasceu em Tarso, uma cidade importante na região da Cilícia, na Ásia Menor (atual Turquia). Tarso era um centro cultural e comercial, o que expôs Paulo a uma diversidade de ideias e culturas desde cedo. Ele também passou parte de sua vida em Jerusalém, onde estudou aos pés de Gamaliel, um renomado mestre da lei judaica. Essa combinação de influências — judaica, grega e romana — foi crucial para o desenvolvimento de Paulo como apóstolo dos gentios.
  2. O Chamado de Paulo para os Gentios
    O chamado de Paulo foi único: ele foi escolhido por Deus para levar o evangelho aos gentios, ou seja, aos não judeus. Isso explica por que ele é mais conhecido pelo nome Paulo (um nome romano) do que por Saulo (seu nome judaico). Enquanto ele estava em contextos judaicos, era chamado de Saulo, mas, ao se voltar para os gentios, passou a ser conhecido como Paulo. Esse nome reflete sua missão de alcançar o mundo romano e além, levando as boas novas de Cristo a todos os povos.

Então, resumindo, no primeiro subponto, vimos que Paulo era um judeu da tribo de Benjamin, mas também um cidadão romano. Ele era chamado de Saulo em contextos judaicos e de Paulo em contextos romanos. Esse duplo aspecto de sua identidade foi fundamental para seu ministério, permitindo que ele transitasse entre diferentes culturas e cumprisse seu chamado como apóstolo dos gentios.

Agora que entendemos a origem de Paulo, podemos prosseguir para o segundo subponto, que trata da geografia e dos lugares onde ele viveu e atuou. Vamos lá!

Gentio é todo aquele povo que não era judeu. Todo povo que não era judeu é considerado gentio. Foi exatamente para esses povos que o apóstolo Paulo foi chamado a pregar.

Agora, vamos situar a vida de Paulo em relação à vida de Jesus. Embora não haja datas exatas, podemos estabelecer uma estimativa. Paulo provavelmente nasceu cerca de cinco anos depois de Jesus. Isso significa que, quando Jesus tinha aproximadamente cinco anos de idade, Paulo estava nascendo. Quando Jesus foi crucificado, por volta dos 33 anos, Paulo teria entre 30 e 36 anos. Portanto, eles eram contemporâneos, mas nunca se encontraram pessoalmente. Paulo não teve contato direto com Jesus durante Seu ministério terreno.

Após a crucificação e ascensão de Jesus, Paulo ainda não era um seguidor de Cristo. Na verdade, ele era um perseguidor da Igreja. Foi só mais tarde, já na fase adulta de sua vida, que Paulo teve um encontro transformador com Jesus no caminho de Damasco (Atos 9:1-9).

A Família e a Infância de Paulo

Paulo, cujo nome judaico era Saulo, nasceu em Tarso, uma cidade importante na região da Cilícia (atual Turquia). Tarso era um centro comercial e cultural, o que expôs Paulo a diversas influências desde cedo. Ele era filho de uma família judaica da tribo de Benjamin, e seus pais lhe deram uma educação sólida nas tradições e na lei judaica.

Seu pai era um artífice, ou seja, um artesão que fabricava tendas. Como era costume na época, Paulo aprendeu o ofício do pai e, mais tarde, usou essa habilidade para se sustentar enquanto pregava o evangelho (Atos 18:3). Isso mostra que Paulo não era uma pessoa rica, mas também não vivia na pobreza extrema. Ele era um homem trabalhador, que sabia valorizar o esforço e o trabalho manual.

A Dupla Cidadania de Paulo

Além de ser judeu, Paulo também era cidadão romano. Esse título era um privilégio que lhe conferia direitos e proteções especiais dentro do Império Romano. A cidadania romana foi herdada de seu pai, o que indica que sua família tinha algum tipo de conexão ou status que permitiu essa conquista. Essa dupla identidade — judeu e romano — foi fundamental para o ministério de Paulo, pois lhe permitiu transitar entre diferentes culturas e pregar o evangelho tanto para judeus quanto para gentios.

O Chamado de Paulo para os Gentios

O termo gentio se refere a todos os povos que não são judeus. Paulo foi chamado por Deus para ser o apóstolo dos gentios (Romanos 11:13), ou seja, sua missão principal era levar o evangelho aos não judeus. Esse chamado foi confirmado no momento de sua conversão, quando Jesus apareceu a ele no caminho de Damasco e o comissionou para essa tarefa (Atos 9:15).

Resumo

  • Origem: Paulo nasceu em Tarso, era judeu da tribo de Benjamin e cidadão romano.
  • Família: Seu pai era um artífice (fazedor de tendas), e Paulo aprendeu o ofício com ele.
  • Idade: Ele nasceu cerca de cinco anos depois de Jesus e tinha entre 30 e 36 anos quando Jesus foi crucificado.
  • Chamado: Paulo foi escolhido por Deus para ser o apóstolo dos gentios, levando o evangelho aos não judeus.

O apóstolo Paulo era um homem comum, trabalhador. Seu pai era um artesão, fazedor de tendas, e Paulo herdou essa profissão, aprendendo a fabricar tendas desde cedo. No entanto, sua vida tomou um rumo diferente quando foi enviado para ser educado por um dos maiores rabinos da época, Gamaliel. Gamaliel era uma figura respeitada no judaísmo, comparável a um pastor ou mestre religioso. Sob a tutela de Gamaliel, Paulo se tornou um judeu fervoroso, profundamente dedicado à sua fé.

No judaísmo daquela época, assim como no cristianismo de hoje, havia diferentes grupos ou “ramos”. Por exemplo, no cristianismo, temos evangélicos, católicos, ortodoxos, e dentro desses grupos existem subdivisões, como presbiterianos, batistas, assembleianos, entre outros. Da mesma forma, no judaísmo, havia grupos como os fariseus e os saduceus, que eram as principais “denominações” religiosas da época.

Paulo se identificava com os fariseus, um grupo conhecido por seu zelo em seguir rigorosamente a Lei de Moisés e as tradições judaicas. Ele não apenas pertencia a esse grupo, mas se destacava como um fariseu zeloso, dedicado e cuidadoso em sua prática religiosa. Esse fervor o levou a perseguir os primeiros cristãos, pois acreditava que a nova fé representava uma ameaça ao judaísmo.

A Geografia do Mundo de Paulo

Agora, no segundo subponto, vamos explorar a geografia do mundo de Paulo. Como mencionado anteriormente, Paulo nasceu em Tarso, uma cidade importante na região da Cilícia (atual Turquia). Tarso era um centro comercial e cultural, o que expôs Paulo a diversas influências desde cedo. Além disso, sua cidadania romana e sua educação judaica em Jerusalém lhe deram uma visão ampla do mundo.

Um dos aspectos que facilitou o ministério de Paulo foi sua habilidade de transitar entre diferentes culturas. Ele falava várias línguas: o hebraico, a língua sagrada dos judeus; o aramaico, a língua comum na Judeia; o grego, a língua franca do mundo mediterrâneo na época; e o latim, a língua oficial de Roma. Essa fluência linguística e cultural foi essencial para que ele pudesse pregar o evangelho tanto para judeus quanto para gentios.

Além disso, a cidadania romana de Paulo lhe conferia certos privilégios, como o direito a um julgamento justo e a proteção contra certas formas de punição. Isso permitiu que ele viajasse e pregasse em várias regiões do Império Romano, incluindo lugares que, de outra forma, poderiam ser inacessíveis ou perigosos para um judeu sem essa proteção.

O apóstolo Paulo, desde a sua infância, foi preparado por Deus de maneira única para cumprir o chamado que receberia mais tarde. Ele cresceu em um ambiente multicultural e multilíngue, o que foi fundamental para o seu ministério. Desde criança, ele aprendeu três línguas: o hebraico, a língua sagrada dos judeus; o grego, a língua franca do mundo mediterrâneo; e o latim, a língua oficial de Roma. Essa habilidade linguística permitiu que ele se comunicasse com pessoas de diferentes origens e culturas, facilitando a propagação do evangelho.

O mundo na época de Paulo, embora pareça pequeno em comparação com o nosso, era vasto e diversificado. No entanto, Deus colocou Paulo em um contexto que o preparou para alcançar esse mundo. Ele nasceu em Tarso, uma cidade estratégica e multicultural, e foi educado por Gamaliel, um dos maiores mestres da lei judaica. Tudo isso foi parte do plano divino para moldar Paulo e prepará-lo para a missão que ele viria a cumprir.

O Chamado de Paulo para os Gentios

No terceiro subponto, chegamos ao cerne da missão de Paulo: ele foi chamado por Deus para ser o apóstolo dos gentios. Na Bíblia, os povos são divididos em três grupos principais:

  1. Os judeus: o povo escolhido de Deus, descendentes de Abraão, Isaque e Jacó.
  2. Os gentios: todos os povos que não são judeus.
  3. A Igreja: formada por judeus e gentios que creem em Jesus Cristo como Salvador.

Paulo foi escolhido para levar o evangelho aos gentios, algo que ele mesmo descreve como uma missão especial (Romanos 11:13). Esse chamado foi confirmado no momento de sua conversão, quando Jesus apareceu a ele no caminho de Damasco e disse: “Este é para mim um instrumento escolhido para levar o meu nome perante os gentios, e reis, e os filhos de Israel” (Atos 9:15).

A Preparação Divina

Deus preparou Paulo ao longo de sua vida para essa missão. Sua educação com Gamaliel lhe deu um profundo conhecimento das Escrituras e da teologia judaica. Sua cidadania romana e sua fluência em várias línguas permitiram que ele viajasse e pregasse em diferentes regiões do Império Romano. Além disso, sua experiência como fariseu zeloso e perseguidor da Igreja o tornou um testemunho poderoso da graça transformadora de Jesus Cristo.

Enquanto Jesus e os discípulos concentraram seu ministério principalmente na região da Judeia e arredores, Paulo foi chamado para expandir o evangelho além das fronteiras de Israel, alcançando os gentios em lugares como Antioquia, Éfeso, Corinto, Atenas e Roma. Ele se tornou um instrumento crucial para cumprir a Grande Comissão de Jesus: “Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura” (Marcos 16:15).

O Chamado Missionário de Paulo

Enquanto Jesus e os discípulos concentraram seu ministério principalmente na região da Judeia e arredores, foi o apóstolo Paulo quem levou o evangelho para outros países, tornando-se um missionário que viajou por diversas regiões do Império Romano. Ele foi o instrumento escolhido por Deus para expandir a mensagem de Cristo além das fronteiras de Israel, alcançando os gentios, os reis e até mesmo os judeus.

O texto-chave que resume a missão de Paulo está em Atos 9:15, onde o Senhor diz a Ananias sobre Paulo: “Este é para mim um instrumento escolhido para levar o meu nome perante os gentios, e reis, e os filhos de Israel.” Esse versículo destaca a prioridade do chamado de Paulo: primeiro os gentios, depois os reis e, finalmente, os filhos de Israel (os judeus). Isso mostra que o evangelho não era apenas para um grupo específico, mas para todos, independentemente de sua origem ou status.

Agora, passamos para o segundo ponto da lição, que trata do mundo cultural de Paulo. Como já mencionamos, Paulo viveu em um contexto multicultural e multilíngue. A língua predominante naquela época era o grego, uma herança do Império de Alexandre, o Grande. Quando Roma conquistou o mundo conhecido, absorveu grande parte da cultura grega, incluindo sua língua, religião e costumes. Isso criou um ambiente onde diferentes culturas e religiões coexistiam, desde que houvesse respeito mútuo.

No entanto, o cristianismo era visto como uma nova religião que estava surgindo. Para os romanos, era mais uma entre muitas, mas para os judeus, especialmente para os fariseus como Paulo, parecia uma ameaça às tradições judaicas. Por isso, antes de sua conversão, Paulo perseguiu os cristãos, acreditando que estava defendendo a fé judaica.

O Império Romano era conhecido por sua tolerância religiosa, desde que as religiões não perturbassem a ordem pública ou desafiasse a autoridade de Roma. No entanto, o cristianismo, com sua mensagem exclusiva de salvação em Jesus Cristo, era visto com desconfiança. Isso porque os cristãos se recusavam a adorar os deuses romanos ou a reconhecer o imperador como divino, o que os colocava em conflito com as autoridades.

O apóstolo Paulo foi escolhido por Deus para levar o evangelho até os confins da terra, conforme Jesus disse em Atos 1:8“Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da terra.” Enquanto os discípulos inicialmente se concentraram em Jerusalém, Judeia e Samaria, Paulo foi o instrumento usado por Deus para levar a mensagem de Cristo a regiões distantes, incluindo o Império Romano.

Paulo viveu em um mundo onde a cultura grega dominava, especialmente após as conquistas de Alexandre, o Grande. O grego era a língua franca, e a filosofia grega influenciava profundamente o pensamento da época. Quando Roma conquistou o mundo conhecido, absorveu a cultura grega, incluindo sua religião e filosofia. Isso criou um ambiente de diversidade cultural e religiosa, onde diferentes crenças coexistiam, desde que não desafiasse a autoridade de Roma.

No entanto, o cristianismo era uma novidade. Ele não era apenas mais uma religião, mas uma mensagem transformadora que desafiava as estruturas existentes. Para os judeus, parecia uma heresia; para os romanos, uma ameaça à ordem estabelecida. Por isso, Paulo enfrentou resistência tanto de judeus quanto de gentios.

Paulo usou a diversidade cultural e linguística a seu favor. Ele falava grego fluentemente, o que lhe permitiu pregar em lugares como o Areópago, em Atenas (Atos 17), onde filósofos e pensadores se reuniam para debater ideias. Ali, Paulo apresentou o evangelho de maneira contextualizada, usando referências culturais e filosóficas que seus ouvintes compreendiam. Ele começou com o “Deus Desconhecido” que eles adoravam sem conhecer e os conduziu à revelação de Jesus Cristo.

A Diferença Entre o Tempo de Paulo e Hoje

Hoje, temos ferramentas como FacebookYouTube e outras plataformas digitais que nos permitem alcançar milhões de pessoas instantaneamente. No tempo de Paulo, não havia essa tecnologia. A comunicação era feita pessoalmente, em praças públicas, sinagogas e lugares de reunião, como o Areópago. Apesar das limitações, Paulo conseguiu impactar o mundo de sua época porque o evangelho era uma novidade. As pessoas eram curiosas e estavam abertas a ouvir algo novo.

Hoje, a situação é diferente. Muitas pessoas já ouviram falar de Jesus, mas desenvolveram resistência ou preconceito em relação ao evangelho. Isso torna a evangelização mais desafiadora, pois exige que sejamos criativos e persistentes em compartilhar a mensagem de Cristo de maneira relevante e amorosa.

A Influência da Filosofia Grega

No terceiro ponto da lição, abordamos a influência da filosofia grega no mundo de Paulo. A filosofia grega, com seu foco na razão e na busca pela verdade, preparou o terreno para o evangelho. Paulo usou conceitos filosóficos, como a ideia de um “Deus Desconhecido”, para conectar o evangelho ao pensamento de seus ouvintes. Ele mostrou que a verdade que os filósofos buscavam havia sido revelada em Jesus Cristo.

O pastor Emanuel falou hoje aqui no bairro: quantas igrejas há por aqui? Se você sair na rua para evangelizar, a maioria das pessoas já foi evangelizada de alguma forma. Por isso, a dificuldade de evangelizar hoje, nesse sentido, é muito maior do que nos dias de Paulo. No entanto, a facilidade de falar sobre o evangelho também é maior.

Hoje, podemos falar livremente: podemos evangelizar nosso vizinho, usar a internet, pregar em qualquer lugar onde estivermos. As pessoas terão acesso à mensagem. Contudo, a dureza do coração nos dias de hoje é maior do que na época de Paulo.

Deu para entender? Amém?

Então, há vantagens e desvantagens. É exatamente o que o pastor Emanuel mencionou: se você for ao Afeganistão e falar a língua deles, verá que é um lugar fechado. Se descobrirem que alguém é cristão, ele pode ser morto. Mas para aquelas pessoas que estão lá, o que significa receber essa mensagem?

Para eles, será uma novidade. E quando algo é novidade, o que acontece? Mais pessoas se interessam em ouvir. Exatamente! Deu para entender, irmãos?

Portanto, há vantagens e desvantagens. A influência tem um papel muito importante nesse processo.

Seguindo adiante, por causa do horário — temos apenas 15 minutos —, já falamos brevemente sobre o mundo religioso. Não vamos aprofundar mais por questão de tempo, mas já abordamos também esse terceiro ponto da lição.

Quando o evangelho é pregado e se expande, o que acontece? Surge o interesse. O interesse pelo evangelho cresce.

Deus preparou o mundo naquela época para que a mensagem fosse disseminada, para que a semente fosse lançada. E essa semente estava sendo lançada constantemente.

Vejamos o que a Bíblia nos mostra: o evangelho foi pregado e quase cinco mil almas se renderam; depois, quase três mil se converteram. Era mais fácil naquela época porque as pessoas nunca haviam ouvido aquela mensagem antes. E quando algo é ouvido pela primeira vez, o que acontece? Há temor, há respeito, há reverência. Dá para entender?

Hoje, precisamos estar sempre motivados, porque a palavra de Deus é maravilhosa!

Agora, voltando ao Antigo Testamento, podemos trazer um exemplo para os nossos dias: vejamos Noé. Aquele povo já tinha algum conhecimento, de certa forma, mas quando Noé pregava, o povo ouvia?

Não! O nosso papel é pregar o evangelho, falar de Jesus, como temos feito e como continuaremos a fazer até o fim. Mas precisamos ter em mente que a eficácia do evangelho não está em nós. Está em quem? Em Deus!

Como disse o apóstolo Paulo: é Deus quem salva. Eu plantei — ou seja, joguei a semente, lancei a palavra. Apolo fez o quê? Regou! Exatamente, regou. Mas o crescimento, ou seja, o verdadeiro resultado, vem de quem? De Deus!

O crescimento é o resultado final, e nós trabalhamos, nos esforçamos, mas o resultado não depende exclusivamente do que fazemos. Depende de Deus!

Glória a Deus! Amém, irmãos?

Exatamente! A gente não pode se prender a resultados, porque o evangelho não funciona como um sistema de troca. Como o pastor Manoel mencionou, tem gente que vai a certas igrejas e diz: “Antes eu não tinha nada, agora tenho fazenda, tenho bens…” Mas será que isso é realmente a medida do sucesso do evangelho?

O resultado depende de nós? Não! O nosso papel é fazer o melhor, nos dedicar, sermos fiéis na missão. Mas o resultado final, o verdadeiro fruto, vem de quem? De Deus!

O apóstolo Paulo teve resultados? Sim! E nós também teremos. Mas os resultados são diferentes. Olha só o exemplo em Atos 17: Paulo pregou em Atenas, mas o povo não deu crédito à sua palavra. Ele não teve ali um grande número de convertidos, como em outras cidades. Isso significa que ele falhou? Não! Isso significa que ele plantou a semente, mas o coração das pessoas estava fechado naquele momento.

Isso é importante para nós hoje. Às vezes, a gente prega, evangeliza, convida, e parece que ninguém dá ouvidos. Mas a palavra foi lançada! E quando a palavra é lançada, Deus pode agir no tempo certo. O nosso trabalho é continuar, sem desanimar, sem medir sucesso pelos números. Porque, no final, quem faz crescer é Deus!

Exatamente, irmãos! Deus não interfere na vontade da pessoa. A decisão de crer ou não crer é de quem? Da própria pessoa!

Nós lançamos a palavra, a Bíblia é pregada, e então o coração da pessoa começa a arder. Vêm à mente dela lembranças do passado, questões do presente, o peso do pecado, a convicção de Deus… Mas a escolha sempre será dela.

Se fôssemos apenas controlados por Deus, seríamos o quê? Robôs! Mas Deus não criou robôs. Um robô recebe comandos e simplesmente obedece, sem escolha, sem consciência. Mas nós não somos assim. Deus nos deu vontade própria, livre-arbítrio, a capacidade de escolher.

Então, a semente do evangelho é lançada, e o Espírito Santo age. Ele convence do pecado, da justiça e do juízo, mas Ele não força ninguém a crer. O Espírito Santo não obriga! Não é por força nem por violência, mas pelo agir de Deus no coração daquele que está disposto a ouvir.

Foi assim com Paulo. Ele teve muitos frutos, muitas conversões, mas não ganhou a todos. E é isso que precisamos compreender para os dias de hoje. Nem todos aceitarão, mas nosso papel é continuar pregando, confiando que Deus faz a obra no tempo certo.

Que Deus abençoe a todos, em nome de Jesus! Agora, vamos para a conclusão. Vou pedir ao pastor Emanuel para encerrar a lição de hoje e, em seguida, passaremos ao questionário. Glória a Deus! Amém!

Irmãos, concluímos a lição de hoje. Fizemos uma análise resumida sobre a cultura e a religião da época do apóstolo Paulo e vimos como Deus moldou aquele contexto para que o evangelho fosse pregado com mais eficácia. Tanto a cultura quanto a religião daquele tempo serviram como uma plataforma para que Paulo anunciasse a mensagem de Cristo com maior alcance e facilidade.

O pastor Emanuel destacou que Deus abriu um caminho para o apóstolo Paulo, preparando o mundo dele para que ele pudesse pregar. E hoje acontece o mesmo! Deus abriu para cada um de nós um mundo, um ambiente onde podemos anunciar o evangelho. O meu mundo foi aberto para mim. O seu mundo foi aberto para você.

Assim como Paulo tinha uma habilidade específica — a facilidade com as línguas — e Deus usou isso para a expansão do evangelho, cada um de nós também tem algo em que somos bons, algo que podemos utilizar para compartilhar a mensagem de Cristo. Seja no trabalho, no caminho, por meio da tecnologia ou em qualquer outro contexto, todos temos uma área em que podemos ser eficazes na pregação.

Então, eu pergunto: qual é a sua área de facilidade? Como você pode usá-la para que o evangelho se expanda?

Que Deus nos ajude a sermos instrumentos eficazes em Suas mãos! Amém!

Irmãos, cada um de nós tem uma facilidade diferente. Alguns possuem habilidades que outros não têm, e vice-versa. Talvez eu tenha facilidade em algo que vocês não tenham, e vocês tenham uma facilidade que eu não possuo. E é exatamente assim que Deus trabalha!

Vemos isso claramente na vida dos apóstolos: Paulo tinha uma facilidade que Pedro não tinha, e Pedro possuía uma habilidade que Paulo não tinha. Mas Deus usou a cada um conforme aquilo que Ele mesmo lhes deu.

Assim também acontece conosco. Deus nos chama para a Sua obra e nos equipa com dons e habilidades específicas. O que temos em nossas mãos pode e deve ser usado para o Reino. Devemos, portanto, valorizar e desenvolver aquilo que Deus nos deu e aplicá-lo na obra d’Ele, como vemos na Parábola dos Talentos, onde o servo fiel faz render o que recebeu.

Amém? Então concluímos aqui a nossa lição de hoje. No próximo domingo, veremos Saulo como seguidor.

Agora, vamos para o questionário. Glória a Deus!

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