Dons de Poder
Nós vamos estudar hoje a lição de número 4, que está na página 24. Então, abre aí e veja se está na lição de número 4. O tema é ‘Dons de Poder’. O texto base está em 1º Coríntios, capítulo 2, versículos 4 e 5. Vamos ler todos juntos, irmãos:
A minha palavra e a minha pregação não consistiram em palavras persuasivas de sabedoria humana, mas em demonstração do Espírito e de poder, para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria dos homens, mas no poder de Deus.
I Coríntios, capítulo 2, versículos 4 e 5.
A Verdade Prática diz:
Os dons de poder são capacitações especiais em situações que demandam a ação sobrenatural do Espírito Santo na vida do crente.’
A leitura bíblica em classe é de 1º Coríntios, capítulo 12, versículos 4 e de 9 a 11:
Ora, há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo. E a outro, pelo mesmo Espírito, é dada a fé; e a outro, pelo mesmo Espírito, os dons de curar; e a outro, as operações de milagres; e a outro, a profecia; e a outro, o discernimento de espíritos; a outro, variedade de línguas; e a outro, a interpretação de línguas. Mas um só e o mesmo Espírito opera todas essas coisas, distribuindo particularmente a cada um como quer.’
1º Coríntios, capítulo 12, versículos 4 e de 9 a 1
Vamos orar ao Senhor.
Senhor nosso Deus e Pai, Te agradecemos pela leitura da Tua Palavra. Abençoa agora a Escola Bíblica Dominical a cada um que está aqui. Que o Senhor possa iluminar nossos corações e mentes para entendermos, Senhor, aquilo que tens para nós nesta noite, em nome de Jesus. Amém.
A lição de hoje está baseada no texto que lemos de 1º Coríntios. Vamos tratar, meditar um pouco sobre três dons, que são classificados como dons de poder. Nossa lição de hoje tem o objetivo de examinar esses dons, chamados de dons de poder. Teremos tópicos, e cada tópico vai falar de um dom específico. No primeiro tópico, vamos meditar um pouco sobre o dom da fé; no segundo, sobre os dons, no plural, de curar; e no último, sobre o dom de operação de maravilhas, que vamos tratar.
Fizemos uma diferenciação ou classificação para melhor entendermos os dons. Vimos que eles são classificados em três grupos distintos. Primeiro, vimos que eram os dons de elocução, que estudamos no domingo passado. Hoje, vamos estudar sobre os dons de poder. E no próximo domingo, estaremos estudando sobre os dons de elocução. Dizendo melhor, no domingo anterior estudamos os dons de revelação, e no próximo domingo vamos estudar sobre os dons de elocução; hoje é sobre poder.
Antes de adentrarmos especificamente na lição, vou fazer uma pergunta aqui, para recapitularmos um pouco sobre a lição passada. A primeira pergunta eu vou fazer para a irmã Elândia: ‘Irmã Elândia, quais são os dons de revelação?’ Isso, mais ou menos isso. Muito bem. ‘Irmã Rosimery, o que é fé?’ Todas as irmãs trouxeram aqui um significado diferente para a fé, ao mesmo tempo igual, mas diferente.
Agora, vou fazer outra pergunta para a irmã Carmen: ‘O que seria a fé salvífica?’ Muito bem, então é a fé que nós temos em Jesus para nos salvar. Então é a fé, quando nós aceitamos a Jesus, nós aceitamos porque cremos que Ele nos salva. Então é aquela fé que salva. Michelle falou dessa fé que é chamada fé natural, é crer em qualquer coisa. Uma pessoa pode pegar um jarro e dizer que crê nesse jarro. Qualquer tipo de crença é uma fé.
O espírita tem uma fé. A pessoa do candomblé tem fé. A pessoa muçulmana tem fé. O hinduísta tem fé. O budista tem fé. O judeu tem fé. Até o ateu tem fé. Ele crê que nada existe, que Deus não existe. Isso é uma fé. É crer que algo não existe. Ele crê naquilo. Então, quem não crê em Deus tem uma fé. Portanto, fé é crer. É uma crença. É acreditar em alguma coisa. Isso se chama fé natural, como a Michelle colocou.
Agora, a irmã Carmen falou da fé salvífica. É aquela fé que nós depositamos em Jesus para nos salvar. Agora, vamos a outro tipo de fé. O que seria, irmão Altair, o dom da fé? É isso, irmão, está aí. Com certeza, essa fé, ela é a fé que a irmã Elândia também trouxe, que está lá em Hebreus, no capítulo 11, versículo 1. É o firme fundamento daquilo que nós esperamos e a prova das coisas que nós não vemos. Mas ainda não é essa fé como dom, porque essa fé que o senhor falou, essa certeza, essa convicção, mas ainda não é a fé como um dom no sentido que nós estamos estudando aqui, entendeu?
É o Pastor Emanuel. O que seria então a fé como dom? Exatamente isso que o parceiro Emmanuel colocou, o dom da fé. É quando altera alguma coisa da natureza. Por exemplo, vou fazer uma pergunta aqui aos irmãos. Irmão Rosemary, nesse exemplo que o pastor Emanuel leu de Moisés, o que alterou? Isso, então veja bem, essa fé, ela não é aquela fé, por exemplo, que eu tenho para receber um carro, para receber uma casa, para mim, para mim. Essa fé, ela opera como eu como instrumento para abençoar outra pessoa. Deu para entender? Fica bem claro aqui. Então há essa diferença.
Na pergunta 1021, quais são os três tipos de fé existentes? Nessa pergunta, nós temos a fé natural, que nós já vimos, a fé salvadora que a irmã Carmen falou, e o dom da fé também que aqui foi falado. Então, tem os três tipos de fé aqui. E a fé que nós já falamos, amém? Então, os irmãos se aprofundam nesse assunto e para ter a resposta é necessário, como o pastor Emanuel falou ali, pedir. Essa fé se manifesta quando se pede. Por exemplo, Moisés clamou a Deus e Deus falou:
Toque nas águas.
Pedro queria andar sobre as águas e falou:
Se é o Senhor, mande que eu vá ao seu encontro sobre as águas.
Então, para essa fé se manifestar, a pessoa tem que pedir. E a manifestação da fé é uma resposta de Deus. Deu para entender? A fé não vai se manifestar se você não pedir. Então, é uma resposta. E outra coisa, se você analisar agora esse primeiro tópico, o Espírito Santo, então, Ele concede ao crente esse dom da fé, é uma concessão. Para quê? Para que o crente possa realizar as coisas que transcendem, ou seja, que vão além da esfera natural, daquilo que é comum, daquilo que é normal, para edificação da igreja.
Segundo tópico, dons de curar. Agora vamos ver o segundo dom desta noite, que está relacionado aos dons de poder. O segundo dom de poder, conforme apresentado na revista, é o dom de curar. Note que está no plural, indicando mais de um tipo de dom de curar. A Bíblia nos traz diversas formas de cura, mostrando que os dons de curar envolvem um recurso, uma ferramenta, um presente sobrenatural de Deus para atuar na cura de qualquer tipo de enfermidade. E isso pode ocorrer de forma imediata ou ao longo do tempo, mas sempre através da vida de uma pessoa, transmitindo a outra a cura, muitas vezes de forma imediata.
Não necessariamente todas as curas serão instantâneas. Deus concede esses dons, como vemos no exemplo de Pedro na Bíblia. Ele tinha esse dom e pela sua palavra podemos perceber que ele tinha consciência disso; ou seja, ele sabia que tinha esse dom. Vemos isso claramente em Atos dos Apóstolos, capítulo 3, na porta chamada Formosa. No versículo 6, Pedro diz:
Não possuo nem prata nem ouro, mas o que tenho isso te dou: em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, levanta-te e anda’.
Então, Pedro tinha o dom. A Bíblia diz que a sombra de Pedro curava as pessoas. Isso demonstra que ele possuía o dom de cura.
Falando sobre Paulo, as pessoas levavam lenços e objetos para que, ao tocá-los, as pessoas fossem curadas. Isso mostra outro tipo de manifestação dos dons de curar. A mulher com fluxo de sangue foi curada ao tocar a orla do manto de Jesus. Temos também curas realizadas apenas pela palavra, como no caso do centurião que pediu a Jesus pela cura de seu servo, que estava distante, e Jesus curou o servo com uma única palavra.
Existem diferentes tipos de manifestações de cura, algumas instantâneas e outras que ocorrem gradualmente. Por exemplo, os dez leprosos não foram curados instantaneamente; a cura ocorreu enquanto eles iam se apresentar aos sacerdotes, como Jesus havia ordenado.
Mas, em relação às curas, é apenas quem tem o dom que pode orar por cura? A Bíblia não diz isso. Por exemplo, em Tiago 5:14, não é dito que se deve procurar alguém com um dom de cura, mas sim chamar os presbíteros da igreja para orar. Isso indica que a oração pela cura é um mandamento de Deus, não limitado a quem possui o dom.
Eu fui a uma igreja pregar, e uma irmã estava com dor. Durante a pregação, a dor desapareceu. Anos depois, encontrei com ela, e ela me disse que a dor que ela frequentemente sentia nunca mais voltou. Isso mostra que as curas podem acontecer de várias formas e que Deus deseja curar. A Bíblia diz que Jesus levou sobre si as nossas enfermidades, mostrando que a cura é de interesse de Jesus.
Não temos o poder de curar ninguém por nós mesmos, mas temos o dever de orar pela cura. Se não orarmos, não haverá cura. E mesmo que oremos, nem todos serão curados, como vimos que nem mesmo Jesus curou a todos em certas cidades por causa da incredulidade.
A necessidade dos dons de curar é evidente, especialmente em áreas onde a medicina ainda não tem resposta. Isso nos leva a orar fervorosamente pela cura, deixando o resultado nas mãos de Deus, mas sempre cumprindo nosso papel de interceder pelos enfermos.
Concluindo este segundo tópico sobre os dons de curar, lembramos que esses dons não são para glorificação pessoal, mas para o benefício da igreja e para a glória de Deus. Eles são uma demonstração do amor e do poder de Deus entre Seu povo, encorajando a fé e proporcionando consolo e esperança aos que sofrem.
Vamos ao terceiro dom, o último de hoje, que é o dom de operação de maravilhas. Este dom não é o mesmo que curar. Operar maravilhas envolve fazer coisas consideradas extraordinárias ou espantosas, que vão além das capacidades humanas comuns. Esse dom é extremamente raro e manifesta-se de formas que claramente revelam o poder sobrenatural de Deus. Exemplos bíblicos incluem Jesus falando com o vento e o mar para que se acalmassem, a multiplicação dos pães e peixes, e a ressurreição de mortos. São atos que definitivamente transcendem a compreensão e a capacidade humanas, demonstrando o poder divino de uma maneira inconfundível.
É importante frisar que, embora o dom de operação de maravilhas seja espetacular, seu propósito não é entreter ou impressionar pessoas, mas sim glorificar a Deus e fortalecer a fé daqueles que testemunham ou ouvem falar desses milagres. Como tal, deve ser buscado e exercido com a mais profunda reverência e humildade, sempre buscando a direção do Espírito Santo e mantendo o foco em Jesus Cristo como o verdadeiro e único fonte desses poderes.
Infelizmente, existe o risco de distorções no uso dos dons de curar e de operação de maravilhas. Há relatos de indivíduos que, movidos por interesses pessoais ou desejo de lucro, utilizam alegações de possuir tais dons de maneira irresponsável e enganosa. Isso não só desvia a atenção do verdadeiro propósito desses dons, como também pode causar dano à fé de outros e manchar a reputação da Igreja perante o mundo. É crucial, portanto, que a busca e o exercício desses dons sejam feitos com integridade, transparência e um coração genuinamente voltado para Deus.
Em conclusão, os dons de poder, incluindo o dom da fé, os dons de curar e o dom de operação de maravilhas, são dádivas preciosas do Espírito Santo à Igreja. Eles servem como instrumentos divinos para a edificação da comunidade de fé, o avanço do Evangelho e a manifestação do Reino de Deus entre nós. Ao mesmo tempo, exigem de nós uma grande responsabilidade em seu manejo, lembrando sempre que tudo deve ser feito para a glória de Deus e o bem dos nossos semelhantes.
Que possamos, como corpo de Cristo, buscar, acolher e exercitar os dons espirituais com sabedoria, amor e humildade, mantendo nossos corações e mentes firmemente ancorados na Palavra de Deus e em Sua soberania. Que nossa jornada de fé seja marcada por uma incessante busca pela presença e orientação do Espírito Santo, para que, através de nossas vidas e ministérios, o amor e o poder de Deus sejam manifestados ao mundo.
Amém. Que o Senhor nos abençoe e nos use como instrumentos de Sua graça, para a Sua glória e para o crescimento de Seu Reino.
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