Lição 09 | O Ministério de Pastor

Lição 09 | O Ministério de Pastor

Amém, não é, irmãos? Vamos iniciar a lição desta manhã? Neste trimestre, estamos estudando sobre os dons. Já estudamos os dons espirituais, que são nove. A partir da lição número seis, começamos a explorar os dons denominados ministeriais. Até agora, vimos três desses dons: o dom de apóstolo, o dom ministerial de profeta e o dom ministerial de evangelista. Hoje, vamos estudar o quarto dom, que é o dom ministerial de pastor, e, no próximo domingo, abordaremos o último dom, que é o dom ministerial de mestre.

Na lição de hoje, baseamo-nos no texto bíblico de João, capítulo 10, versículo 11. Realizamos a leitura bíblica em classe e nosso objetivo nesta manhã é refletir sobre a missão de um pastor. Quais seriam essas missões? Desdobramos a lição em três tópicos principais: inicialmente, comentaremos sobre Jesus como o Sumo Pastor; em seguida, meditaremos sobre as características de um verdadeiro pastor; e, finalmente, refletiremos sobre a missão do Ministério Pastoral. Assim, começaremos com Jesus como exemplo, depois examinaremos as características de um pastor e, no fim, discutiremos sobre a missão pastoral. O foco central desta manhã é observar o cuidado que o pastor tem com seu rebanho, que é o mesmo cuidado que o Senhor Jesus tem com o Seu rebanho.

No primeiro tópico, Jesus é apresentado como o Pastor, o Sumo Pastor. Esta expressão indica que Ele está acima de todos, semelhante ao que entendemos por ‘sumo sacerdote’. Há sacerdotes e o sumo sacerdote, assim como há pastores, mas Jesus é o Supremo Pastor, conforme descrito em Hebreus, capítulo 13, versículo 20, onde Jesus é reconhecido como o ‘grande pastor das ovelhas’. Isso destaca a grandeza de Jesus, elevando-O acima de todos. Observando a leitura bíblica em classe e o texto áureo da nossa lição, em João, capítulo 10, versículo 11, identificamos outra característica de Jesus: Ele se declara o ‘bom pastor’. O uso do artigo definido ‘o’ antes de ‘bom pastor’ indica exclusividade, ou seja, Ele é o único verdadeiramente bom pastor, sem igual.

Avaliando outras escrituras, como em Lucas capítulo 1, versículo 32, a grandeza de Jesus é novamente enfatizada, reforçando que Ele transcende em todas as qualidades positivas. Além disso, uma característica marcante de Jesus é o Seu conhecimento íntimo de cada uma de Suas ovelhas, atendendo às suas necessidades individuais sem fazer acepção de pessoas, refletindo Sua bondade, especialmente em relação à salvação.

Jesus, portanto, é destacado primeiramente por Sua grandeza, não apenas em estatura, mas em todos os aspectos concebíveis, colocando-O acima de todos e de tudo. Uma das facetas mais admiráveis de Jesus é Seu conhecimento íntimo de cada uma de suas ovelhas. Isto é, Ele conhece profundamente cada indivíduo, suas necessidades e como cuidar de cada um. Este entendimento não se limita apenas ao conhecimento, mas também à ação – Jesus se importa com cada uma de suas ovelhas, sem fazer distinção ou acepção de pessoas. Tal postura reflete a verdadeira bondade de Jesus, uma bondade que está intrinsecamente ligada à salvação.

Essa visão é corroborada no Evangelho de João, onde Jesus afirma ser o ‘bom pastor’, e define a essência desse ‘ser bom’ como dar a vida pelas ovelhas. Além disso, Jesus também se apresenta como a ‘porta do aprisco’, indicando que Ele não apenas protege, mas é também o meio pelo qual as ovelhas encontram segurança e salvação.

Avançando na discussão, abordamos a função sacrificial de Jesus, enfatizando que Ele dá Sua vida pelas ovelhas, uma ação que solidifica Sua posição como o Grande Pastor. Esta entrega não é uma metáfora, mas uma realidade que demonstra a profundidade de Seu amor e comprometimento com a salvação de Suas ovelhas. Jesus, com Suas múltiplas facetas – como Grande Pastor, Bom Pastor e Porta –, revela o modelo supremo de cuidado, proteção e salvação para Seu rebanho.

Esse entendimento de Jesus como pastor serve de base para, em seguida, explorarmos o papel dos pastores ministeriais nos dias atuais, ressaltando que, por Ele ser o exemplo supremo, as características e missões dos pastores devem espelhar as de Jesus. Assim, a transição para o segundo ponto da lição nos leva a examinar as qualidades essenciais de um verdadeiro pastor, começando pelo caráter íntegro. Este não é apenas um requisito, mas a fundação sobre a qual o ministério pastoral é construído. A integridade moral e espiritual é enfatizada, destacando a importância de ser irrepreensível, não apenas nas grandes questões, mas em todos os aspectos da vida.

A liderança de um pastor é marcada não só por seu caráter, mas também por sua capacidade de ser um exemplo para os fiéis e infiéis, bem como para sua própria família. É através do testemunho de sua vida que um pastor demonstra a verdade do Evangelho, liderando não apenas com palavras, mas com ações.

Neste ponto, também discutimos as responsabilidades práticas do ministério pastoral, que incluem não só a liderança espiritual, mas também a administração da igreja, o cuidado pastoral individual e a defesa do rebanho contra falsos ensinos. O verdadeiro pastor é, portanto, alguém cuja vida e ministério refletem o amor, a sabedoria e a sacrificialidade de Jesus, o Supremo Pastor.

A missão do pastor é ampla, demandando dedicação, integridade e um compromisso inabalável com o bem-estar espiritual e físico de suas ovelhas, seguindo o exemplo de Jesus.

Ao abordar a missão do Ministério Pastoral, é fundamental reconhecer que a tarefa de pastorear não é apenas uma função ou um cargo dentro da estrutura eclesiástica; é um chamado divino exemplificado por Jesus Cristo. A essência do pastoreio reside em três principais deveres: alimentar, guiar e proteger o rebanho. Este tripé de responsabilidades define o ministério pastoral como um serviço de cuidado integral às ovelhas, que são os membros da igreja.

Alimentar o rebanho significa proporcionar nutrição espiritual através do ensino da Palavra de Deus, assegurando que as ovelhas estejam bem fundamentadas na sã doutrina e aptas a discernir entre a verdade e o erro. Guiar envolve a liderança espiritual e direção, ajudando os membros da igreja a navegarem pelas complexidades da vida cristã em direção ao crescimento e maturidade espiritual. Proteger o rebanho implica estar vigilante contra as ameaças espirituais, defendendo a igreja de falsos ensinos e práticas prejudiciais à vida espiritual.

A implementação dessas tarefas é auxiliada pelo uso de instrumentos simbólicos, como a vara e o cajado, que representam a disciplina e o guiar amoroso, respectivamente, e o óleo, que simboliza o cuidado e a cura das feridas espirituais. O verdadeiro pastor, seguindo o exemplo de Jesus, emprega esses instrumentos com sabedoria e compaixão, sempre visando o bem-estar e a saúde espiritual do rebanho.

Além dessas responsabilidades primordiais, o ministério pastoral é inerentemente polivalente, englobando uma variedade de funções que podem incluir desde o cuidado pastoral individual até aspectos administrativos da igreja. O pastor, portanto, deve ser adaptável, capaz de atender às diversas necessidades da comunidade que serve, ao mesmo tempo em que mantém o foco no objetivo principal do ministério: o cuidado espiritual e a orientação do rebanho.

É crucial, também, a conscientização e o combate aos falsos pastores, aqueles que veem o ministério como meio de ganho pessoal ou que desviam das verdades fundamentais do Evangelho. A verdadeira pastoral é marcada pelo altruísmo e pela dedicação sincera ao serviço de Deus e ao bem-estar da igreja, refletindo o amor sacrificial de Cristo.

Concluindo, o ministério pastoral é uma vocação elevada e desafiadora, que exige integridade, compaixão e um compromisso inabalável com o exemplo de Jesus, o Bom Pastor. Cada pastor é chamado a refletir o caráter de Cristo em seu cuidado pelo rebanho, exercendo suas funções com humildade, amor e firmeza na fé. Assim, o pastor não apenas lidera, mas também serve, seguindo os passos daquele que veio não para ser servido, mas para servir e dar Sua vida em resgate por muitos.

Neste espírito, todos nós, membros da comunidade de fé, temos papéis a desempenhar na obra de Deus, cada um contribuindo com seus dons e talentos sob a orientação e supervisão pastoral, para o crescimento e fortalecimento do corpo de Cristo. Amém.

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