Lição 04 | Elias e os Profetas de Aserá e Baal

Lição 04 | Elias e os Profetas de Aserá e Baal

Na nossa lição, especificamente a lição número quatro, hoje já estamos na quarta lição, que aborda os livros de 1º e 2º Reis. No último domingo, estudamos sobre Elias. Foi a lição sobre Elias, Acabe e o profeta Elias. Observamos que a idolatria prevalecia em Israel, e hoje vamos continuar estudando episódios da vida de Elias, que ainda permanece como tema central da nossa lição. Hoje analisaremos, especificamente, dois capítulos: 1º Reis 18 e 1º Reis 19. A lição desta manhã, a lição de hoje, demonstra como Deus atua por meio da vida de seus filhos, de seus servos.

Na lição de hoje, abordaremos três temas principais. O primeiro é o desafio no Monte Carmelo, onde veremos a necessidade urgente de confrontar a idolatria e o pecado. No segundo tópico, intitulado ‘A oração de Elias’, perceberemos que Deus ouve as orações de seus servos e está sempre pronto para responder. O último tópico trata de ‘Elias em Horebe’, onde exploraremos as vulnerabilidades dos servos de Deus, destacando que mesmo os servos possuem suas fraquezas. Assim, iniciaremos com o primeiro ponto da lição, observando como Deus intervém em favor de seus filhos e servos.

Portanto, vamos adentrar na lição propriamente dita. O povo de Israel havia se desviado completamente do verdadeiro culto e adoração a Deus. De fato, Acabe não apenas negligenciou, mas extinguiu o culto a Deus em Israel. Agora, o povo estava adorando outros deuses, especificamente Baal e a deusa Aserá. Segundo a mitologia ou as histórias dessas divindades, Baal era o marido de Aserá, formando, assim, um casal divino. Baal é descrito como o deus do tempo, controlador da chuva, da fertilidade, do trovão e das nuvens.

O comprometimento de Israel com esses deuses ocorreu principalmente através de Acabe e Jezabel. Eles tinham uma fé sincera em Baal e convenceram todo o povo a seguir o mesmo caminho, levando-o a abandonar o verdadeiro culto a Deus.

Agora, Deus quer dar uma oportunidade ao povo. Estamos entrando no primeiro ponto, o desafio do Monte Carmelo. Deus quer demonstrar ao povo, mesmo sem necessidade, que existe apenas um Deus verdadeiro e que Baal, na realidade, não existe; ele é fruto da imaginação humana. Baal e Aserá são ilusões. Considerando que o povo acreditava que Baal controlava a chuva — e, por extensão, a colheita e a prosperidade — eles pensavam que era ele quem enviava a chuva. Assim, Deus usa Elias para profetizar que não haveria chuva. Se o verdadeiro Deus declara que não vai chover, e se o deus que eles servem é supostamente o deus da chuva, quem prevaleceria? Essa foi a primeira prova. Por três anos e meio, não choveu, demonstrando que Baal não tinha poder sobre a chuva. O controle dos céus e da terra pertence a Deus. Apesar disso, o povo continuou a servir ao deus falso.

Apesar de Deus ter interrompido a chuva, causando escassez, Acabe não se arrependeu do pecado da idolatria. Essa foi a lição que vimos até o último domingo.

A partir deste domingo, em nossa lição, surge o segundo desafio. E qual é esse desafio? É também um desafio a Deus, que, embora não precisasse fazer isso, quis provar que Baal não é um deus verdadeiro, mas sim um falso deus. E como Ele faz isso? Através do desafio registrado em 1º Reis, capítulo 18, que foi o texto da nossa leitura bíblica em classe.

Agora, vamos abordar o primeiro tópico: o desafio no Monte Carmelo e o zelo de Elias diante deste confronto. Vamos refletir um pouco sobre esse versículo: o zelo de Elias diante de um confronto. Apesar da ausência de chuva, o povo continuava a crer em Baal.

Para provar mais uma vez que o verdadeiro Deus é o Senhor, Elias propôs um confronto entre Deus e os deuses Baal e Aserá. Ele lançou um desafio: o verdadeiro Deus seria aquele que enviasse fogo do céu. Este confronto está registrado em nossa leitura bíblica de classe. Devido à situação, o povo estava indeciso, o que nós chamamos de ‘cochear no pensamento’ — um estado de dúvida. Vamos consultar 1º Reis, capítulo 18, versículo 24, também presente em nossa leitura bíblica. Quem pode ler em voz alta, por favor?

Elias fez essa proposta porque percebeu que o povo estava dividido em seus pensamentos. Os profetas de Baal invocaram Baal, enquanto ele invocou o Senhor, e o Deus que respondesse com fogo seria reconhecido como o verdadeiro Deus. Todo o povo achou essa proposta convincente e aprovou a ideia. Agora, querem verificar esse versículo diretamente? Por favor, abram 1º Reis, capítulo 18, versículo 21.

Antes de Elias propor o desafio no Monte Carmelo, ele questionou o povo: ‘Até quando vocês estarão divididos entre dois pensamentos? Até quando vão servir a dois deuses?’ A Bíblia menciona algo similar dito por Jesus: ‘É possível servir a dois senhores?’ Jesus explicou que não é possível, pois servir a um desagrada o outro, e vice-versa. Essa é a mensagem que Elias transmite, semelhante também ao que Josué disse ao entrar na terra prometida: ‘Escolham hoje a quem servir, mas eu e minha casa serviremos ao Senhor.’ Elias ecoa as palavras de Josué e Jesus, perguntando: ‘Até quando coxeareis entre dois pensamentos?’ Ou seja, até quando vocês permanecerão divididos e em dúvida? Se Baal é o deus verdadeiro, sirvam a ele. Mas se o Senhor é o Deus verdadeiro, sigam-no.’

Qual foi a resposta do povo nesse momento inicial? Qual? O povo ficou em silêncio; eles não responderam nada.

Portanto, o povo ainda estava na dúvida, como podemos observar no versículo 21. Por isso o desafio foi proposto no versículo 24. No versículo 21, o povo não responde nada. Quando precisam decidir por eles mesmos, eles hesitam, indicando que precisam ver para crer. Nesse aspecto, o povo se assemelha a Tomé. Por exemplo, Tomé afirmou que só acreditaria em Jesus se visse e tocasse suas chagas. Da mesma forma, o povo não acreditava; tinham maior fé em Baal do que em Deus. Por essa razão, foi necessário introduzir o desafio no Monte Carmelo no versículo 24, um confronto decisivo para demonstrar quem realmente é o verdadeiro Deus. Até aquele momento, eles estavam completamente desviados em suas crenças.

No primeiro ponto, Elias propõe o desafio: quem respondesse com fogo seria reconhecido como o verdadeiro Deus. Agora, no segundo subponto, enfrentamos o problema central do povo de Israel: a incerteza de a quem adorar. Eles permaneceram em silêncio, indecisos entre Baal e Deus. Por isso, agora Deus vai proporcionar uma oportunidade para que o povo veja claramente quem é o verdadeiro Deus.

Elias, então, se coloca numa situação desafiadora. Desafiar significa submeter a prova, testar a veracidade. E para provar o que é verdadeiro, não podia ser algo subjetivo como um sentimento — ‘ah, estou sentindo Deus na minha vida’. Não era algo intangível ou meramente interno; era algo que todos poderiam ver com os olhos físicos, não apenas espiritualmente, mas de forma palpável e visível a todos.

Portanto, o desafio agora não envolve mais água, como no primeiro desafio, quando Elias anunciou que não choveria por três anos e meio. Aquele foi o desafio da água.

Agora, o segundo desafio será com o fogo, e o local escolhido para isso foi o Monte Carmelo. Neste monte, que era um local de adoração, existiam vários altares, mas o altar dedicado à adoração de Deus estava destruído. Por que estava destruído? Simplesmente porque ninguém mais o utilizava. Ele estava abandonado, enquanto os altares dedicados a outros deuses continuavam em uso. Para o desafio com o fogo, era necessário reparar esse altar, pois não seria utilizado o mesmo altar que os profetas de Baal usariam.

Aqui enfatizamos o primeiro ponto, o desafio. Por que um desafio? Porque o povo estava repleto de dúvidas. Mesmo com a ausência de chuva, como Elias havia anunciado — ‘não vai chover’, e de fato não choveu — o povo ainda estava incrédulo. Isso incluía não apenas o povo, mas também Acabe e Jezabel; eles não acreditavam. Elias então exorta: escolham a quem vocês vão servir. Mas o povo não fez essa escolha.

Agora, Deus está oferecendo outra oportunidade. Veja como Deus continua dando chances. Desta vez, é uma oportunidade para provar com os olhos, e é isso que Ele propõe ao povo. Ao ouvirem isso, o povo respondeu: ‘Boa é essa palavra.’ Portanto, o desafio agora será com fogo, amém? Esse é o primeiro ponto da lição.

É interessante notar que, nos dias de Elias, as situações eram muito mais complicadas do que hoje. Atualmente, vemos pessoas se desviando mesmo estando dentro da igreja. Mas, na época de Elias, a situação era diferente. Naquela época, o desafio da fé era enfrentado de forma mais direta e dramática.

A Bíblia nos diz que Baal, um deus que na verdade não existe, é uma invenção da mente humana. Baal não existe, é pura ficção. É precisamente isso que Deus queria demonstrar: Baal não existe, assim como muitos outros deuses que as pessoas hoje em dia tratam como divindades, mas que não passam de criações humanas. Como você mencionou algo muito interessante, muitas vezes nos envolvemos emocionalmente ou intelectualmente com coisas que, na verdade, não têm existência real, conforme descrito na Bíblia.

Vamos abrir rapidamente o Salmo 135, e peço ao irmão Altair que olhe o versículo 18. Irmã Anna, por favor, leia Mateus 6:24. Não está sendo dito aqui que os ídolos são demônios em si, pois os demônios realmente existem; são anjos caídos e são reais. No entanto, os ídolos não são os demônios; o que os homens adoram como deuses não são demônios, mas criações humanas. Vejamos novamente o versículo 15: não são obras das mãos dos demônios, mas sim obras das mãos dos homens. São os homens que criam os seus próprios ídolos, aquilo que eles adoram.

Os demônios, por outro lado, têm boca e falam. Eles têm ouvidos e ouvem. Por exemplo, no Novo Testamento, quando alguns homens tentaram expulsar um demônio, ele disse: ‘Paulo nós conhecemos, mas quem são vocês?’ Isso indica que os demônios ouviram falar de Paulo e estavam falando com esses homens. Quando Jesus estava no deserto, Satanás ouvia e falava com Jesus.

Mas os ídolos, diferentemente dos demônios, eles têm ouvidos, mas não ouvem; eles têm boca, mas não falam. Isso destaca a diferença entre entidades espirituais reais e ídolos, que são meramente objetos físicos sem vida ou poder.

Quanto aos ídolos que têm ouvidos, mas não ouvem, quem são? São aqueles que os fazem. Por exemplo, Acabe e Jezabel fizeram ídolos para si mesmos, como Baal e Aserá. Assim como os ídolos eram incapazes de ver, ouvir ou falar, semelhantemente, Acabe e Jezabel agiam da mesma forma. Deus falava com eles, mas eles não ouviam Sua palavra; seus ouvidos estavam fechados e insensíveis. Elias pregava, mas eles não davam crédito, tornando-se semelhantes aos ídolos.

Isso nos direciona a ter cuidado, pois aqueles que adoram ídolos se tornam semelhantes a eles. Eles têm ouvidos, mas não ouvem quando Deus fala. Satanás, por outro lado, escuta; se você o expulsar em nome de Jesus, ele obedece, pois ele ouve. Porém, aqueles que idolatram não conseguem ouvir, mesmo que você lhes fale a respeito da verdade.

Acabe e Jezabel não ouviram e se tornaram semelhantes aos ídolos; tinham ouvidos, mas não escutavam. Esse é o perigo: não é o diabo em si, porque se alguém expulsar o diabo em nome de Jesus, ele vai embora. Mas para aqueles que têm ídolos, a palavra de Deus não surte efeito, tornando-os semelhantes ao que adoram. Compreendeu?

Jesus menciona Mamon, o deus da riqueza, que pode representar qualquer outro ídolo, algo que é colocado acima de Deus. Agora, irmão Altair, pode continuar. O sinal não era para Elias, não era para mostrar o poder de Deus na vida de Elias, mas sim para o povo, especialmente para aqueles que não acreditavam. É uma dádiva de Deus, irmãos. Glória a Deus!

E assim, encerramos este primeiro ponto da lição, com Elias confrontando Baal diante da idolatria. Como servos de Deus, estamos dispostos a confrontar, como mencionado anteriormente, todos os tipos de pecado que possam existir em nós, começando por nós mesmos. Como salientou o pastor Emmanuel, nosso primeiro altar somos nós mesmos. Paulo nos lembra que somos o templo do Espírito Santo, devemos valorizar e confrontar todos os pecados em nossas vidas como prioridade.

Agora, adentrando no segundo ponto, a oração de Elias. Os preparativos de Elias. Assim como o pastor Emmanuel destacou os preparativos do altar, onde Elias inicialmente consertou o altar.

Encerramos, assim, o primeiro ponto da lição, com Elias confrontando Baal diante da idolatria. Como servos de Deus, estamos dispostos a confrontar, como mencionado, todo tipo de pecado que possa existir em nossas vidas, começando por nós mesmos. O pastor Emmanuel destacou que nosso primeiro altar somos nós mesmos, pois, como Paulo afirma, somos o templo do Espírito Santo, e devemos dar valor a isso, confrontando todo e qualquer pecado em nossas vidas. Esta é a prioridade.

Agora, adentrando no segundo ponto, a oração de Elias e os preparativos. Aqui, o pastor Emmanuel já abordou os preparativos do altar, onde Elias primeiramente o consertou.

No segundo ponto, Elias procedeu reunindo 12 pedras como símbolo, cavando um rego ao redor do altar e acrescentando água, mesmo numa época de seca de três anos e meio, onde o povo ansiava por água. Ao colocar água no altar, Elias tornou a tarefa de acender o fogo ainda mais desafiadora, já que geralmente o fogo não queima na presença de água. Ele estava criando uma prova real.

No segundo subponto, Elias fez uma oração confiante em Deus. O pastor Emmanuel abordou o fato de que os 450 profetas de Baal eram líderes da religião, não seguidores, e se juntaram a outros 400 profetas para totalizar 850 profetas. Porém, a quantidade de profetas não representava qualidade. Apesar de serem numerosos, estavam enganados. Isso nos ensina que, como visto, a quantidade não significa qualidade. Apesar da sinceridade deles, como vemos, a sinceridade sozinha não é suficiente.

Devemos ter muito cuidado com a ideia de que a sinceridade é o aspecto mais importante para Deus. Na realidade, a sinceridade por si só não é suficiente, pois alguém pode ser sincero e ainda estar equivocado. Os profetas de Baal eram um exemplo disso, pois apesar de sua sinceridade, estavam no erro. Tinham uma fé verdadeira, mas direcionada para algo errado.

A Bíblia destaca a diferença entre sinceridade e verdade no versículo 26, mostrando como os profetas de Baal invocavam seu deus em vão até o meio-dia, sem resposta. Elias zombava deles, incentivando orações mais altas, indicando que talvez Baal estivesse ocupado, viajando, dormindo ou entretido em algum lugar. Os profetas clamavam em alta voz, demonstrando sua forte crença de que Baal responderia. Autoinfligiam-se, acreditando que o sacrifício de sangue os tornaria dignos da resposta de seu deus.

No entanto, mesmo após todas essas ações e orações, não houve resposta. Isso nos ensina que a sinceridade, mesmo acompanhada de ações extremas, não é garantia de estar certo ou ser ouvido por Deus.

Agora, no segundo subponto da oração confiante de Elias, conforme o versículo 30, Elias chama a atenção de todo o povo, solicitando que se aproximassem para presenciarem o que estava prestes a ocorrer. O povo atendeu ao chamado, se aproximou e deu ouvidos atentamente. Elias então procedeu a reparar o altar que estava danificado e, para simbolizar as 12 tribos de Jacó, tomou 12 pedras como referência, preparando o altar do Senhor conforme a orientação divina, como descrito no versículo 32.

Erguendo o altar com as 12 pedras, conforme determinado, ele prosseguiu, conforme o versículo 33, organizando a lenha, dividindo o bezerro em preparação. O versículo 34 detalha sua instrução de encher de água quatro cântaros e derramá-la sobre o holocausto. Observa-se, no versículo 35, que a água escorreu ao redor do altar e encheu a vala cavada em volta. Concluído o preparo, ao se oferecer o holocausto de manjares, Elias se aproximou e proferiu as palavras conforme o versículo 36.

A oração de Elias foi breve, mas extremamente direta. Ele dirigiu-se a Deus como o Senhor Deus de Abraão, de Isaac e de Israel, pedindo que Deus se manifestasse naquele momento como o verdadeiro Deus em Israel e declarando-se como servo de Deus. Elias afirmou que realizou todas aquelas ações de acordo com a Palavra de Deus. Ele reconheceu claramente a identidade de Deus, mencionando os patriarcas Abraão, Isaac e Israel, e estabelecendo a genuína conexão com o Deus verdadeiro, não Baal. Além disso, Elias revelou sua posição como servo de Deus e destacou sua obediência à Palavra divina, enfatizando que suas ações estavam em conformidade com o que Deus havia ordenado.

O segredo da oração de Elias reside na confiança que ele tinha em quem Deus era, em quem ele próprio era e no poder da palavra de Deus. Essa é a postura que devemos adotar em nossas orações, compreendendo que a eficácia da oração está diretamente ligada à conformidade de nossa vida com os princípios e mandamentos divinos. Elias optou por consertar o altar exclusivo de Deus, em vez de usar o altar de Baal, mostrando sua fidelidade e dedicação em manter a pureza do culto a Deus sem misturar práticas pagãs.

Assim como Elias, devemos seguir esse exemplo de dedicação exclusiva a Deus, sem diluir nossa devoção por meio da mistura de práticas inadequadas. No versículo 37, Elias conclui sua oração com uma solicitação direta, clamando: ‘Responda-me, Senhor, responda-me.

Elias buscava que Deus respondesse não para ele, pois já conhecia a grandeza divina e sua própria identidade, mas sim para que o povo reconhecesse a verdadeira natureza de Deus. Essa demonstração pública de poder serviria para que o povo compreendesse plenamente a soberania de Deus. Imediatamente, conforme o versículo 38, um fogo celestial desce e consome não apenas o holocausto e a lenha, mas até mesmo as pedras, a terra e, impressionantemente, evapora a água presente no rego. Deus manifestou seu poder de forma inegável, consumindo tudo como prova de Sua supremacia. Consequentemente, o povo, testemunhando tal milagre, proclama com reverência no versículo 39: ‘Só o Senhor é Deus, só o Senhor é Deus.’

Nesse desafio épico, Elias emerge vitorioso, demonstrando a veracidade do Deus que servia. Enquanto os profetas de Baal lutavam em vão, incapazes de evocar qualquer resposta do falso deus Baal, Elias, em um ato de fé e confiança, experimenta a intervenção divina de forma poderosa, confirmando a supremacia do Senhor Deus.

E Elias, na simplicidade e humildade, sozinho, consertou o altar e fez tudo conforme a palavra de Deus. Ele orou não uma oração longa como frequentemente vemos, mas uma oração curta que teve efeito porque estava em conformidade com a palavra de Deus, na obediência. Ele não hesitou e obteve uma grande vitória. Os profetas de Baal e Asera foram desmascarados e pereceram. O povo declarou: ‘Só o Senhor é Deus’, e os profetas de Baal e Asera foram mortos. No entanto, vale ressaltar que, apesar da grande vitória dada por Deus sobre toda a nação, incluindo Jezebel, os profetas de Baal, e o povo, Elias enfrentou um desafio. Mesmo após ter feito o fogo cair do céu, Jezebel mandou matá-lo. Mesmo diante de uma grande vitória e da derrota dos profetas de Baal, Jezebel permaneceu obstinada em seu coração para com Deus. Ela não creu e mandou matar Elias. Mesmo com a perseguição persistente de Jezebel, Elias fugiu, perdendo um pouco da esperança. Ele pensava que, ao demonstrar o poder de Deus, todos aceitariam, mas não foi assim. Jezebel continuou sua perseguição. Elias fugiu diante da ameaça de Jezebel.

Agora passamos para o terceiro e último ponto da lição, que retrata Elias em Horebe. Horebe é o monte Sinai, onde Deus entregou os Dez Mandamentos e a lei a Moisés. Agora, veremos os feitos e a exaustão do profeta. Neste ponto, Elias enfrenta um forte desânimo ao perceber que, apesar da evidente manifestação de Deus respondendo com fogo, Jezabel não se converte. Esse desânimo é acompanhado por um profundo sentimento de tristeza, levando-o a fugir. Mesmo escapando da morte planejada por Jezabel, ele chega a pedir a morte a Deus, revelando sua fragilidade neste momento de fraqueza.

Ao analisar o versículo 1 do capítulo 19, percebemos que Elias se cansa e foge, talvez imaginando que aquele momento de vitória total estava garantido após Deus enviar fogo do céu. No entanto, uma nova batalha se inicia. Após enfrentar uma luta, surge outra. Elias se desanima, acreditando que não há mais esperança e que não há solução à vista. Isso é algo com que muitos de nós podemos nos identificar. A Bíblia nos ensina que, frequentemente, quando uma batalha termina, outra começa, mostrando-nos que assim serão os desafios em nossa jornada de fé.

Muitas vezes depositamos nossas esperanças em vitórias específicas, assim como Elias fez. No entanto, a Bíblia nos mostra que é essencial compreender que durante nossa jornada aqui na Terra, os problemas sempre existirão. Portanto, não devemos nos desesperar. Devemos prosseguir, seguir em frente, caminhando e marchando. Aonde Elias foi parar? No deserto. Ele chegou ao deserto sozinho. Isso tem um grande significado. É interessante observar que Moisés também foi preparado por Deus no deserto, depois de fugir do Egito. O povo de Israel passou 40 anos no deserto. Jesus também permaneceu 40 dias e 40 noites no deserto. O apóstolo Paulo também passou um tempo em uma região desértica.

O deserto é um lugar onde não há nada, ninguém, apenas a pessoa. É um lugar de solidão e desolação. Enquanto a terra se veste de árvores, formando sua ‘roupa’, o deserto é desprovido disso, é nu. Assim, espiritualmente falando, o deserto simboliza a ausência de vegetação. É quando a terra está despida, limpa, nua. Portanto, o deserto representa o momento em que, em relação a Deus, estamos despidos espiritualmente, não no sentido físico.

Da mesma forma que Adão e Eva, quando pecaram, estavam nus e se esconderam de Deus no jardim, o deserto é um lugar onde não conseguimos mais nos esconder de Deus pois não há nada para nos esconder. É onde toda a nossa fraqueza é exposta. Assim como Adão, que tentou se esconder de Deus no jardim do Éden, no deserto toda a nossa fraqueza é revelada, pois não há onde nos esconder.

O deserto é o estágio onde Elias passará pela maior provação e de onde ele sairá fortalecido. Sua maior fortaleza não será no Monte Horebe. Onde Elias realmente conseguirá uma vitória extraordinária será no deserto, onde não há ninguém. Sua verdadeira vitória não ocorrerá em meio a muitas pessoas, mas sim em um lugar desolado, sem ninguém presente.

Quando enfrentamos problemas em que não há ninguém para nos ajudar, devemos lembrar das histórias de Jesus, Moisés e Elias para ver que é Deus quem nos fortalece, capacita, e nos dá graça, tornando-nos mais fortes durante essa jornada. Assim como aconteceu com Elias. Na narrativa, Elias é alimentado por Deus e caminha por 40 dias e 40 noites sustentado por essa comida. Isso indica que Elias também jejuou pelo mesmo período, sendo sustentado pela provisão divina.

A resposta de Deus no deserto é marcada pelo fogo, que simboliza o Espírito Santo. Assim como vemos em Atos dos Apóstolos, onde um som como de um vento impetuoso é mencionado. No entanto, Deus não estava no vento (conforme o versículo 11 do capítulo 19). Em seguida, ocorre um terremoto, também simbolizando a providência de Deus.

Quando Paulo e Silas estavam na prisão, a Bíblia relata que houve um terremoto e as portas da prisão se abriram, simbolizando também a presença do Espírito Santo. No entanto, Deus não estava no terremoto, assim como não estava no fogo que sucedeu. No Monte Carmelo, onde Elias orou e Deus enviou fogo, o fogo era de origem divina, mas Deus não estava presente nele. Posteriormente, após o fogo, assim como em Pentecoste, onde línguas de fogo apareceram, representando o Espírito Santo, Deus não estava no fogo em si.

Na narrativa de Elias, após esses eventos, ele ouve uma voz mansa e delicada no versículo 13. Cobrindo seu rosto com o manto, ele sai da caverna e ouve a voz de Deus perguntando: ‘O que fazes aqui, Elias?’ Esta voz, serena e delicada, nos mostra que Deus muitas vezes fala conosco de maneiras inesperadas. Às vezes, esperamos manifestações grandiosas como fogo ou terremotos, mas Deus pode se comunicar conosco por meio de uma voz tranquila. Devemos estar atentos à voz de Deus, independentemente da forma como Ele escolhe falar conosco. Para Elias, a voz de Deus veio de maneira suave e calma, o oposto do que Jezebel ou Acabe esperariam para reconhecê-la.

Elias acreditou na voz que ouviu, reconhecendo que era Deus se comunicando com ele. Não devemos basear nossa fé apenas em manifestações físicas, como fogo caindo do céu. Embora Deus possa enviar fogo ou utilizar diferentes formas de mostrar Sua presença, devemos estar abertos para Ele se comunicar conosco da maneira que Ele escolher. É essencial buscarmos discernimento para reconhecer a voz de Deus, como aprendemos em lições anteriores.

Concluindo, é fundamental confrontarmos o mal e o pecado que surgem em nossas vidas, combatendo a idolatria que pode se manifestar de diversas maneiras em nosso cotidiano.

Temos a responsabilidade de manter nosso ‘altar’, que representa nossa vida, em ordem e corretamente ajustado. O primeiro passo para adorar a Deus é oferecer algo a Ele. Adorar é oferecer a Deus uma oferta, é dar algo a Ele. O propósito do culto não é que nós gostemos, mas sim que Deus se agrade. É uma oferta a Deus. Quando uma pessoa pensa desta forma, ela não está colocando sua confiança em pessoas, o que é errado. Devemos colocar nossa fé e confiança em Deus.

Elias colocou sua confiança em Deus, não na multidão de 850 profetas de Baal. Mesmo quando o altar estava em ruínas, ele o consertou e ofereceu o sacrifício, confiando em Deus, não no próprio altar. A vida de Elias estava em ordem não porque ele confiava nela, mas porque confiava em Deus. Da mesma forma, devemos assegurar que nossas vidas estejam alinhadas com o propósito divino, não porque confiamos em nós mesmos, mas porque depositamos nossa fé em Deus, seguindo o exemplo de Elias.

Devemos ter consciência de que desafios sempre virão em nossa vida. Assim como aconteceu com Elias, podemos enfrentar momentos difíceis, mas não devemos desanimar. Devemos ter a certeza de que Deus está conosco em todos os momentos, tanto nos bons momentos quanto nas lutas e dificuldades.

Então, concluindo, irmãos, como o tempo já se esgotou, Elias é um exemplo para nós de um homem fiel, de fidelidade, servo de Deus. Ele representa um crente firme, decidido, que escolheu obedecer à Palavra de Deus e não seguir a multidão no erro. Ele optou por servir da maneira certa, não se conformando com o que a maioria fazia de errado. Devemos manter essa postura, reconhecendo a importância de enfrentar o pecado, tal como Elias fez ao não esconder os pecados da nação. Como o salmista Davi, que pediu a Deus que purificasse suas mãos e o purificasse, nós também devemos buscar a limpeza espiritual e exercitar nossa fé, como já mencionamos. Por fim, devemos reconhecer nossa fragilidade, assim como Elias teve um momento de fragilidade. Entretanto, nossa fragilidade não impede que Deus aja em nossas vidas, contudo devemos resistir ao mal, orando para que a manifestação e a cura de Deus ocorram. Amém? Que o nome de Jesus seja abençoado. Na próxima lição de domingo, estaremos estudando sobre o reinado de Acabe.

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