Aprendendo a reconhecer lugares, pessoas e palavras

Aprendendo a reconhecer lugares, pessoas e palavras

Escolhendo a Melhor Parte: A Sabedoria de Ouvir e Valorizar a Palavra de Deus

E Deus se retirou dele, elevando-se do lugar onde lhe havia falado. Então Jacó pôs uma coluna de pedra no lugar onde Deus havia falado com ele e derramou uma libação e azeite sobre ela. Ao lugar onde Deus lhe havia falado, Jacó deu o nome de Betel.

Gênesis 35.13-15

Gênesis, capítulo 35, do versículo 13 ao 15:

“E Deus se elevou do lugar onde havia falado com ele. Jacó ergueu uma coluna de pedra no lugar onde falaram, derramou sobre ela uma libação e deitou sobre ela azeite. Jacó chamou aquele lugar onde Deus falou com ele de Betel.” Amém. Casa de Deus. Amém.


Irmãos, podem se assentar em nome de Jesus.


Nós fomos, todos nós, chamados para uma obra específica. Aqui lemos um trecho da história de Jacó. Quem era Jacó? Jacó era filho de Isaac, um homem de grande importância na Bíblia. E quem era Isaac? Isaac era o filho prometido a Abraão. Abraão, já em sua velhice e por meio da fé, recebeu a promessa de um filho. Deus cumpriu essa promessa, e o menino foi chamado Isaac, que significa ‘sorriso’, refletindo a alegria de Abraão. Isaac teve dois filhos, como sabemos, Esaú e Jacó. Esaú também tinha promessas a seu respeito.

Porém, existia um outro filho menor, apesar de serem gêmeos, que era Jacó. Jacó era visto como uma pessoa astuta, frequentemente usando o engano para obter vantagens. Com a ajuda de sua mãe, Rebeca, que o favorecia, Jacó enganou seu pai para obter a herança destinada a Esaú. Juntos, mãe e filho conspiraram contra Isaac, e seu plano material, apesar de bem-sucedido, trouxe consequências imediatas.

Rebeca amava Jacó, mas devido ao engano, foi forçada a se separar dele, pois Jacó teve que fugir para evitar a ira de Esaú. Tornou-se um fugitivo, vivendo como estrangeiro. A despeito de conhecerem bem a fé de seu pai Isaac e as histórias de seu avô Abraão, eles planejaram o engano. Isso resultou em uma maldição para Jacó: tornar-se um foragido e forasteiro. Ele enganou o próprio irmão e o próprio pai para obter vantagem.


Quantas pessoas conhecemos que, para se dar bem na vida, passam por cima de qualquer um? Não importa quem seja: elas enganam, traem, falam o que não deveriam, fazem o que não deveriam. Assim vivia Jacó. Uma pessoa astuta que, ao alcançar seus objetivos através do engano, se considera esperta. Uma vez que o primeiro engano dá certo, ela acredita que sucederá novamente. Na mente do enganador, todos são tolos, exceto ele, que se vê como o único esperto. Esse é o mal do enganador: ele sempre se acha mais esperto que os outros. Mas Jacó fugiu e acabou encontrando alguém ainda mais astuto: seu sogro, Labão. A Bíblia nos ensina que tudo o que o homem plantar, ele colherá. Se você planta engano, será enganado.


Isso aconteceu com Jacó. Labão, o sogro, enganou-o. Jacó pensou que se daria bem, mas encontrou alguém mais esperto. Quando chegamos a uma situação dessas, vemos Jacó sem pai, sem o irmão que antes o amava e agora o odeia e deseja matá-lo, e sem a mãe que o ajudou a enganar. Ele ficou sozinho. É isso que o diabo faz com a vida das pessoas. O diabo sugere que você pode conquistar o mundo inteiro, mas no final, você fica sozinho. O diabo veio para matar, roubar e destruir, e foi isso que fez com Jacó. Observemos em Gênesis uma história de reconciliação entre Deus e Jacó. Jacó tentou agir por conta própria, mas não deu certo. Até que um dia, Deus marcou um encontro com ele. Veja, não encontramos isso no capítulo 35.

No capítulo 35, versículo 1, a Bíblia relata que Deus disse a Jacó: ‘Levanta-te, vai a Betel e habita ali. E constrói ali um altar ao Deus que te apareceu quando fugiste de Esaú, teu irmão.’ Então, Jacó disse à sua família e a todos que estavam com ele, marcando o início de sua conversão e arrependimento dos pecados. Ele começou por remover os ídolos de sua casa, ordenando que todos descartassem os deuses estranhos. Ele instruiu: ‘Purificai-vos e mudai vossos vestidos.’ Vemos aqui uma pessoa que errou, mas reconhece seu erro e, inspirada pela palavra de Deus, começa a mudar. Ela descarta tudo o que não presta dentro de sua casa, busca a santificação e muda seu comportamento e suas vestimentas. Jacó estava se preparando para encontrar-se com Deus. Irmãos, quando viemos a Betel, que significa ‘casa de Deus’, estamos verdadeiramente na presença do Senhor.

Quando vimos à casa de Deus, devemos trazer o mesmo espírito com que Jacó foi a Betel: um espírito de purificação, um espírito de descartar tudo o que não presta e de vestir-nos com vestes brancas, simbolizando pureza, para agradecer. Aqui, não nos encontramos com o irmão Tiago, nem com o pastor Emmanuel, nem com o presbítero Altair; preparamos este lugar para um encontro com o Senhor, nosso Deus.

A palavra de Deus nos diz: “Prepara-te, Israel, para encontrar com o Senhor teu Deus.” Você não pode chegar a este lugar de qualquer maneira; é necessário estar preparado, vindo com um espírito quebrantado, uma mente aberta e um coração contrito, para que Deus possa agir em sua vida. A Bíblia relata que Jacó fez essa preparação. O versículo 7 nos conta que ele construiu um altar para Deus e estava fugindo de seu irmão devido ao erro grave que cometeu. Jacó buscou o Senhor após reconhecer seus graves erros. Muitas pessoas se aproximam de Deus quando percebem que erraram, mas o Senhor está aqui nesta noite; o Carpinteiro de Nazaré, que conserta o que está torto, que reajusta o que saiu do lugar e que restaura o que foi deslocado. Jacó estava com sua vida desordenada e não queria mais viver fugindo. Atendendo ao chamado de Deus, ele começou a reparar sua vida.

Será que, quando ouvimos a voz de Deus, começamos a nos consertar? A iniciativa para o conserto parte de nós, não de Deus. Deus não consertará ninguém que não esteja disposto a ser consertado. Ele deseja trabalhar na vida de todos, mas só atuará na vida daqueles que permitem Sua atuação. E Jacó, apesar de todos os seus erros, você vê que ele não era um homem santo. Era complicado, enganador, uma pessoa em quem não se podia confiar. Ele traiu o próprio pai, o próprio irmão, a própria família, mas agora vemos que ele deseja se consertar. Ele era cobiçoso e avarento, disposto a passar por cima de qualquer um, mas agora, esse mesmo homem quer se consertar. Então, o que a palavra de Deus nos diz? Que é possível mudar de vida para qualquer pessoa, se ela permitir que Deus trabalhe nela. Qualquer árvore que nasça torta pode ser endireitada pelo poder do sangue de Jesus, que nos purifica de todos os pecados.

Embora um homem possa ser enganador, Deus pode torná-lo o mais íntegro sobre a face da terra, se ele permitir. Irmãos, quando de coração nos dedicamos verdadeiramente a servir a Deus, reconhecemos a importância do lugar em que estamos. Este prédio deve ter uma grande importância para nós. Quem era o verdadeiro significado ali? Deus, evidentemente, embora o lugar também tenha sido escolhido para esse encontro sagrado. Portanto, este local também é crucial para nós. Jacó teve esse discernimento e declarou: ‘Este não é um lugar comum, pois foi aqui que encontrei o Senhor.’

Devemos aprender com Jacó a valorizar o templo, esse espaço físico que Deus nos concedeu para encontrarmos com Ele. Será que você atribui essa mesma importância ao templo? Qual é o valor que você dá à sua igreja em sua vida? Note que, ao finalizar o encontro, quando Deus partiu, Jacó não tratou o local como comum. Ele não saiu apressadamente, como se nada significativo tivesse ocorrido. Finalmente, ele proclamou que aquele lugar seria chamado Betel, porque foi ali que encontrou com Deus. Para ser valorizado por Deus, é essencial valorizar o lugar onde Ele se comunica com você. Devemos aprender a valorizar este espaço de várias formas, pois a partir desse momento, nossas vidas podem seguir novas direções e possibilidades.

A maneira como vivíamos antes não será a mesma após nosso encontro com Deus. Há uma mudança profunda: na mente, na alma, no coração; nas vestes, no falar, no andar, no agir. A vida toda se transforma. Aleluia! Devemos reconhecer quando Deus fala com sua igreja, como quando falou com Jacó. Jacó disse: ‘Eu ouvi hoje a voz de Deus, e este lugar nunca mais será o mesmo para mim.’ Valorize este lugar, reconheça-o como um lugar de Deus, onde Ele fala conosco e nós falamos com Ele. Este é um lugar de força espiritual para sua vida. Se você se sente fracassado em casa e não consegue orar, venha, abra a porta deste templo e converse com Deus, assim como Jacó fez.

E agora, irmãos, para terminar e concluir nosso encontro, vamos citar mais três exemplos de pessoas da Bíblia que reconheceram a importância do que Deus colocava em seu caminho. Por exemplo, havia uma certa mulher Sulamita que observava Eliseu, um homem de Deus, passar frequentemente pela rua de sua casa.

Observem que ela apenas olhava; a Bíblia não menciona que ela conversava com ele, apenas que ela o observava. Isso nos mostra que somos observados pelo mundo — as pessoas ao nosso redor nos observam. Da mesma forma, devemos aprender a observar as pessoas. Observamos como elas andam, com quem falam, o que dizem, como se vestem, assim como a sulamita observou o profeta Eliseu. Depois de observar a vida daquele homem, ela, assim como Jacó, reconheceu a presença divina; Jacó declarou: ‘Este é a casa de Deus’, enquanto ela afirmou: ‘Este é o homem de Deus.

Será que conseguimos reconhecer um homem ou uma mulher de Deus pelas suas ações, atitudes e comportamento? Irmãos, onde quer que entremos, devemos proclamar o que a Palavra de Deus nos ensina. Jesus nos instruiu que, ao chegar a um lugar, devemos primeiramente abençoá-lo com paz. Antes de entrar, ao pisar à porta de uma casa, devemos dizer: ‘Que a paz esteja neste lugar.’ Isso significa que, onde quer que vamos, devemos levar o espírito dessa paz. Não devemos entrar com um espírito de guerra, pois o Senhor Jesus é o Príncipe da Paz. Ele nos orienta a dizer: ‘Paz esteja contigo; paz esteja nesta casa.

Um servo de Deus, seja homem ou mulher, é sempre educado. Ele sabe como falar e tratar as pessoas, quando chegar e partir, e o que é apropriado dizer ou não. Foi assim que Eliseu agiu até que a mulher sulamita o reconheceu, percebendo que ele não era como outros homens — eis a diferença. Nós também devemos aprender a discernir essas diferenças, pedindo ao Espírito de Deus que nos ajude a reconhecer quem verdadeiramente serve a Ele. Por exemplo, quando o apóstolo Paulo e Silas estavam em uma certa cidade, uma jovem que hoje poderíamos considerar como tendo o espírito de profecia, repetidamente e por vários dias, aproximava-se deles e proclamava: ‘Verdadeiramente estes são homens de Deus.’ Ela não mentiu, mas o espírito por trás de suas palavras era enganoso.

O espírito da mentira pode até falar uma verdade para confundir as pessoas. Contudo, o apóstolo Paulo identificou o espírito que falava e ordenou que saísse daquela jovem. Será que nós conseguimos reconhecer quem realmente é de Deus? Será que apenas falar de Deus ou de Jesus já é suficiente para afirmarmos que alguém é um homem ou uma mulher de Deus? Não, senhores e senhoras! O diabo também fala de Deus para enganar. É necessário ter o discernimento da mulher sulamita ou o espírito que estava em Paulo para identificar a verdadeira natureza de alguém. Devemos saber reconhecer o que é sagrado: nossa casa, esta igreja, as pessoas aqui, seu pastor, o presbítero — todos são sagrados. Precisamos aprender a reconhecer nossos irmãos verdadeiramente.

É crucial reconhecer o poder das palavras ao concluirmos. Irmãos, o mundo está cheio de palavras negativas e há tão poucas palavras boas. Vamos refletir sobre o que diz o Salmo 1: ‘Bem-aventurado é o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, mas encontra seu prazer na lei do Senhor, e na Sua lei medita dia e noite.’ Feliz é a pessoa que escolhe não seguir os conselhos malignos, mas sim se deleita e reflete na palavra de Deus constantemente.


Certa vez, Jesus estava na casa de uns amigos, Lázaro e suas irmãs, Maria e Marta. Enquanto Jesus estava ali para almoçar, Marta estava ocupada preparando a comida, e Maria, ao invés de ajudá-la, escolheu sentar-se aos pés de Jesus para ouvir seus ensinamentos. Imagine Jesus na sala conversando enquanto todos se preparavam para servi-lo. Marta, irritada, confrontou Maria: ‘Você vai ficar aí sentada enquanto eu faço todo o trabalho sozinha?’ Jesus então interveio, dizendo: ‘Marta, você está preocupada e inquieta com muitas coisas, mas apenas uma é necessária. Maria escolheu a melhor parte, que não lhe será tirada.’ Quem era a pessoa certa a ouvir ali? Era Jesus. A quem estamos ouvindo em nossas vidas?

Às vezes, temos um amigo, um vizinho, um colega, um parente, ou seja lá quem for — um irmão, uma irmã — e, em vez de ouvir a palavra de Deus, acabamos dando ouvidos a essas pessoas. Se Maria tivesse ouvido a voz de sua irmã Marta, ela teria negligenciado o que Jesus considerava essencial. Maria escolheu ouvir a voz certa. Portanto, devemos pedir a Deus que nos ajude a reconhecer o lugar correto, a pessoa certa e a palavra certa para ouvir. Maria não era a pessoa errada; ela era uma mulher de Deus. Naquele momento específico, a palavra de Marta não era a adequada, embora Marta não fosse uma pessoa errada. Maria reconheceu que, naquela situação, a voz de Marta não era a correta e que Jesus tinha a palavra certa.

Então, meus irmãos, não se trata apenas de discernir se uma pessoa está certa ou errada. É essencial saber reconhecer o lugar, a pessoa e as palavras que ela profere, para realmente entender se é Deus quem está falando. Deus nos dá essa capacidade.

Concluindo, vamos valorizar nossa igreja. Vamos valorizar nosso pastor e a palavra de Deus que é pregada aqui em cada culto. Será que estamos realmente valorizando? Valorizar significa praticar. Se estamos aplicando esses ensinamentos em nossa vida, estamos valorizando. Caso contrário, não estamos. Portanto, vamos valorizar.

Que Deus os abençoe em nome de Jesus. Agradeço pela oportunidade. Que Deus continue a falar em cada um de nós, em nossos corações e mentes, e que Ele ilumine cada um de nós, todos os dias. Amém? Que Deus abençoe a todos.

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