Quero saudar a igreja com a paz do Senhor. Chegou o momento especial desta noite. Não diria que é o melhor momento, pois cada parte do nosso culto é única, com Deus falando conosco. Agora, chegamos ao momento de ouvir a Palavra de Deus. Que todos fiquem atentos para receber o que o Senhor deseja nos comunicar hoje.
Senhor nosso Deus, nesta noite maravilhosa, depositamos-nos em Tua presença para receber este culto e esta palavra em nossos corações. Que possamos nos alimentar espiritualmente e estar verdadeiramente gratos pelo Teu poder que se manifesta entre nós nesta noite.
Neste instante, entregamos em Tuas mãos, que já governam todas as coisas, a condução desta palavra. Que ela esteja contigo, Senhor, e também conosco, para que juntos possamos ouvir e guardar a Tua palavra em nossos corações. Sou apenas Teu filho, trabalhando na Tua vinha. Venho, sob o Teu comando, compartilhar com todos aqui presente, aquilo que Tu determinaste para esta noite. Em nome de Jesus, Amém.
Quero cumprimentar a Igreja com a paz do Senhor Jesus.
Estou verdadeiramente feliz e grato pela oportunidade de fazer o que mais amo: falar de Cristo e do Seu amor. Vamos abrir o Livro de Mateus, capítulo 4. Amém? Antes de prosseguir, gostaria de agradecer ao Pastor Emanoel pela oportunidade. Também quero expressar minha gratidão à minha sogra, que sempre acreditou no meu ministério, e à minha filha Gabriela, ambas bênçãos em minha vida. Quem concorda diz “Amém”.
Vamos ao versículo 3, que diz:
E chegando a ele, o tentador disse, ‘Se tu és o filho de Deus, manda que estas pedras se transformem em pães.’
Amém? Podem se assentar. Glória a Deus.
Gostaria de compartilhar uma parte da minha jornada espiritual com vocês. Conhecem o irmão João, não é? Bem, assim como ele, eu estive associado às Testemunhas de Jeová por seis anos, aprendendo muitas coisas ao estudar com eles no Sítio Simon. Mas Deus tinha um chamado diferente para mim na igreja Pentecostal, do qual eu fugia inicialmente. Mas aqui estou, seguindo o chamado de Deus, pois, como eu sempre digo – e espero que a igreja concorde – eu prezo pela verdade. Não subo ao púlpito para falar inverdades; eu prego apenas aquilo que Deus me instrui a dizer. Não falo por mim, mas como um mensageiro de Deus.
Aqui estamos, diante de um ensinamento crucial no livro de Mateus, capítulo 4, onde lemos que Jesus foi conduzido pelo Espírito ao deserto para ser tentado. Ele foi conduzido pelo Espírito, e por que motivo? Para enfrentar a tentação. E no momento da tentação, o que aconteceu? Apareceu alguém que se dizia ser seu amigo e ofereceu-lhe ajuda. Da mesma forma, durante nossas próprias tentações, muitas pessoas podem surgir se dizendo nossos amigos e oferecendo ajuda, mas devemos ter cuidado.
O tentador então fez uma proposta a Jesus: “Vê esta pedra? Tu não és o Filho de Deus? Transforma esta pedra em pão. Estás há tanto tempo faminto e em necessidade.” Aqui, o diabo toca na identidade de Jesus, questionando Sua divindade e necessidade.
Quando enfrentamos provações e dificuldades, o adversário frequentemente mira em nossa identidade e em nossas crenças: “Tu não és um crente de verdade, não serves a Deus, não deverias passar por isso.” Ele nos desafia: “Transforme rapidamente suas pedras em pão e resolva seu problema. Sua fome passará.” Parece um caminho aceitável aos nossos olhos. Jesus, sendo o Filho de Deus, poderia ter transformado a pedra em pão, mas qual é a verdadeira proposta do diabo aqui?
Ele queria que Jesus transformasse algo eterno – sua missão e santidade – em algo passageiro, como o pão que sacia apenas temporariamente. O pão é consumido hoje e deixa de existir amanhã, mas a pedra – representando algo permanente e imutável – permanecerá pedra mesmo após milhares de anos.
Nos últimos dias, muitas pessoas têm sacrificado o essencial em busca de prazeres momentâneos, quebrando a harmonia de seus lares e ministérios. Desde a entrada do pecado, nosso mundo parece que está em ordem, mas a falta de vigilância nos arrasta para o prazer da momentaneidade. Alguns optam por trocar uma eternidade no céu por minutos de felicidade aqui na terra. Estão trocando seus compromissos eternos, como a fé e o ministério, por satisfações efêmeras.
O diabo tentou Jesus no deserto: “Se és o Filho de Deus, transforma esta pedra em pão.” Mas Jesus respondeu que “nem só de pão viverá o homem”, ensinando que a verdadeira sustentação vem de cada palavra que procede da boca de Deus. O Espírito Santo levou Jesus ao deserto não para sofrer, mas para mostrar Sua dependência de Deus sob qualquer circunstância.
Quero dizer à igreja hoje que não importa onde você está, mas sim quem te colocou lá. Muitos reclamam do “deserto”, mas foi o Espírito de Deus que os levou a essas circunstâncias, ensinando algo vital. Há aqueles que estão “no alto”, em posições que Deus não designou; o importante não é o lugar onde estamos, mas quem nos colocou onde estamos.
Satanás mostrou a Jesus todos os reinos do mundo, prometendo tudo a Ele em troca de adoração. Veja, até mesmo um cantor que começa desafinado na igreja pode ser levantado por Deus. Mas pouco a pouco, esse mesmo cantor pode se envolver com a política, lançar DVDs, CDs, e, de repente, o foco da adoração pode se desviar.
Muitos pregadores, após o sucesso e a valorização de seus dons, começam a estipular grandes somas pelos seus serviços—10 mil, 20 mil, 30 mil. Reflitamos, porém, nas verdadeiras razões de estarmos onde estamos e quem nos colocou aqui. Se Deus foi quem te posicionou, permaneça fiel a Ele. Não mire apenas nas ofertas altas, mas continue a seguir na direção que Deus te mostra, pois não foram as riquezas terrenas que Deus buscou, mas sim a fidelidade.
Imagine, o próprio Jesus foi confrontado com propostas para explorar sua divindade de forma imprópria. “Se és o Filho de Deus, joga-te daqui,” disseram-lhe, citando até as Escrituras sobre os anjos que o protegeriam. Mas Jesus sabia que não devia testar Deus com demonstrações espetaculares de fé. Ele estava sendo fiel ao propósito eterno, e não às expectativas e interpretações distorcidas dos homens.
Hoje, vemos muitos se desviando pelo mesmo erro—por pensarem que, sendo crentes, são intocáveis, acabam por quebrar a cara. No entanto, ser crente não é um escudo para imprudências ou arrogância; é um chamado para seguir com humildade e obediência aos mandamentos de Deus.
Meus irmãos, não se deixem levar por vozes que procuram confundi-los ou por práticas questionáveis que veem ao redor. Não sigam o exemplo daqueles que manipulam a fé para ganhos pessoais. Lembrem-se: o importante não é o que fazemos para ser vistos pelos homens, mas sim o que fazemos em resposta ao Espírito Santo. Não é sobre ter sucesso aos olhos do mundo, mas sobre ser fiel à visão que Deus dá para cada um de nós.
Deus não vai julgar-nos apenas por nossas ações, mas também pela intenção e fidelidade com que as realizamos. Ele não quer que sigamos os rumores ou nos perturbemos com críticas, mas que sejamos firmes em nossa missão e propósito, guiados por Sua mão e não pela aprovação dos outros.
Jesus admoestou dizendo: “Quem tem ouvidos para ouvir, ouça o que o Espírito Santo está dizendo à igreja.” Neste momento, o Espírito está enviando uma mensagem clara: cuidado com os falsos prazeres, com aqueles que se disfarçam de crentes apenas para tirar proveito ou enganar, prometendo um céu que não têm autoridade para entregar.
Hoje, dia de culto de domingo, é habitual para nós reunirmo-nos, não é? Mas devemos lembrar de uma história na Bíblia que nos faz refletir. Quando Jesus tinha 12 anos, seus pais, Maria e José, seguiram seu costume de levá-Lo ao templo. Contudo, após o culto, eles voltaram para casa e só depois de um dia de viagem perceberam que Jesus não estava com eles.
Imagine: José perguntando a Maria, “Você está com Jesus?” e ela respondendo, “Eu pensei que você estava com Ele!” E nenhum deles realmente estava com Jesus naquele momento. Passaram a procurar por Jesus entre aqueles conhecidos, mas Ele não estava lá.
Isso nos ensina uma lição crucial: estar fisicamente na igreja não garante a salvação ou mesmo a presença de Jesus em nossas vidas. Os costumes e tradições são importantes, mas não são tudo. Não podemos simplesmente seguir um ritual sem coração ou compromisso real. Maria finalmente encontrou Jesus no templo, ocupando-se das coisas de Seu Pai celestial, e Ele questionou: “Não sabiam que Eu devia estar na casa de meu Pai?”
Portanto, a verdadeira questão aqui é: mesmo seguindo costumes, estamos realmente levando Jesus conosco no dia a dia? Ou estamos andando à frente, deixando-O para trás sem perceber? Que esta história nos lembre sempre de verificar se estamos, de fato, caminhando com Cristo, e não apenas cumprindo um ritual.
Meus irmãos, faz uma reflexão sobre sua vida neste momento. Onde, durante sua caminhada, você deixou Jesus para trás? Vejo muitos que se acostumaram com a rotina de ser crente: vir à Escola Dominical, participar dos cultos—tudo se torna apenas um costume. E, pouco a pouco, você pode começar a relaxar, parar de orar, ler menos a Bíblia, jejuar menos, desobedecer mais. Esse relaxamento espiritual é perigoso. Hoje, eu lhes digo: não saia daqui sem Jesus.
Por que enfatizo isso? Porque sei que muitos louvam aqui dentro, mas enfrentam uma guerra em suas casas. A Bíblia nos diz que Jesus é o Príncipe da Paz. Se há guerra em seu lar, dificuldades e lutas, isso é um sinal claro de que você precisa trazer Jesus não só para sua casa, mas para sua vida.
Não deixe Jesus aqui no templo. Saia daqui de mãos dadas com Ele, abraçando-O, pois assim você levará a paz para o seu lar. Quando Maria e José retornaram ao templo, encontraram Jesus entre os doutores, ensinando. Eles perguntaram preocupados se Ele não se importava com eles, e Jesus respondeu: “Vocês não sabem que devo estar na casa de Meu Pai?” Isso nos mostra que a vontade do Pai é que levemos Jesus conosco todos os dias, em todos os lugares.
Essa busca constante pela presença de Deus me lembra de minha própria jornada pelas diferentes denominações, sempre procurando uma igreja que me agradasse, seguindo minhas próprias vontades, até que uma promessa de Deus foi revelada através da irmã Martinha, uma senhora de grande fé. Ela viu em mim algo que eu ainda não via—um futuro pregando a Palavra de Deus de terno e gravata. E embora tenha levado tempo, essa visão se realizou.
Minha sogra conhece bem minha história, como muitos de vocês. E quero encorajar cada um aqui a não esquecer sua história com Deus. Lembre-se de onde Deus quer que você esteja e leve Jesus consigo em cada passo que der.
No mesmo ano, perdi três membros preciosos da minha família: meu irmão em janeiro, minha mãe quatro meses depois e, cinco meses após, meu pai. A perda mais recente aconteceu sob circunstâncias particularmente dolorosas. Meu pai estava internado na Santa Casa, debilitado, com aparelhos auxiliando sua respiração. Numa noite, enquanto eu velava seu sono no hospital, o médico me disse que ele não sobreviveria até a sexta-feira. Era quarta.
Naquela madrugada, me vi diante da iminente partida do meu pai, que desde os 12 anos lutava contra o vício em cigarro e álcool. Sentado ao lado de sua cama, fiz uma oração sincera: “Senhor, se o Senhor levar meu pai desta dor, eu Te aceitarei verdadeiramente.” Foi um momento de total entrega.
Na quinta-feira de manhã, quando meu irmão foi me substituir, voltei para casa destroçado, preparando-me para o pior. Contudo, ao retornar ao hospital na manhã seguinte, meu irmão me recebeu com um sorriso e disse: “Joaldo, suba, uma surpresa te espera.” Ao chegar no quarto, ouvi a voz do meu pai, que estava alegremente conversando com as enfermeiras. Aquela noite o mesmo médico disse que meu pai teria alta no dia seguinte. Naquela noite de domingo, meu pai foi comigo à igreja e aceitou Jesus. Deus o libertou de todos os seus vícios e ele viveu mais três meses em paz até que partiu tranquilamente sentado em sua cadeira, em casa.
Essa experiência reforçou minha fé e me fez refletir sobre o quanto as pessoas frequentemente trocam Jesus por prazeres mundanos fúteis – por coisas que não têm qualquer significado eterno. Não troque, não abandone Jesus. Não despreze o maior presente que você pode receber. Guardemos nossos corações contra as tentações passageiras e permaneçamos firmes ao lado d’Aquele que promete a vida eterna.
Meu ministério tem sido um caminho de muitas tribulações. Desde que comecei a liderar a igreja, enfrentei várias tentativas do diabo para me desviar e me deter. Fui injustamente acusado e tive que provar minha inocência até mesmo perante a polícia. Apesar desses desafios, fiz uma promessa ao Senhor no hospital – não serei um cristão morno ou indiferente. Me comprometi a ser fiel, independentemente do que acontecesse.
O mais importante no ministério não é apenas pregar, mas viver a verdade que você anuncia. As pessoas precisam ver Cristo em nós, pois somos o reflexo Dele no mundo. Como está escrito na Bíblia, ‘De que adianta ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?’ Portanto, devemos estar atentos ao que o Espírito Santo nos fala.
Quero compartilhar uma experiência com o pastor Jair, que foi crucial no início da minha caminhada com Jesus. Ele me levava ao monte para orar todos os dias. Naquela época, eu ainda usava gírias e palavras mundanas, e cada vez que eu falava algo inapropriado, o pastor Jair me corrigia: “Eu repreendo isso na tua boca”. Essa disciplina foi essencial para o meu crescimento espiritual.
Hoje, muitos jovens podem achar esse tipo de correção severa, mas foi fundamental para que eu aprendesse a viver de acordo com os ensinamentos que agora prego. Continuo a testemunhar a transformação que Deus operou em minha vida, e desejo trazer o pastor Jair aqui para que ele possa compartilhar mais sobre como a verdadeira fé nos desafia a viver de acordo com o Evangelho.
Minha fé não foi firmada em bajulações ou afagos superficiais. Hoje em dia, parece que temos que constantemente adular os crentes para mantê-los na igreja. Precisamos perguntar: “Vamos à igreja hoje? Quem quer aceitar Jesus?”, como se a fé fosse algo que requer persuasão contínua, um jogo de elogios sem substância.
Mas precisamos lembrar: o valor de Jesus é inestimável. Ele derramou Seu sangue na cruz por mim e por você. Foi um sacrifício real, por amor genuíno, não por falsidade ou engano. Apesar de nossas falhas – seja mentira, adultério ou traição – Ele nos amou. Na cruz, Jesus assumiu nossos pecados e nos ofereceu a chance de nos tornarmos uma nova criação, livres do medo da morte, guiados pelo Espírito da Verdade.
A promessa de Deus é firme e verdadeira: Ele prepara um lugar para nós e promete que, se formos fieis, Ele virá novamente para nos levar às mansões celestiais. Esta é a promessa para mim e para você, mesmo neste mundo repleto de pecado, um mundo que, muitas vezes, parece ter perdido seu valor.
Desperta, igreja! É tempo de despertar e de nos dedicarmos verdadeiramente ao trabalho que nos foi confiado. Vamos cessar a desobediência a nossos pastores, que se esforçam tanto pela nossa comunidade. Muitas vezes, os pastores enfrentam grandes desafios e sacrifícios, carregando o peso de suas responsabilidades, enquanto alguns entre nós, como ovelhas desgarradas, falham em apoiá-los devidamente.
Levem Jesus com vocês, não deixem este lugar sem Ele em seus corações! Observem o irmão aqui ao meu lado, eu falo abertamente com qualquer um de vocês, mas percebo que a confiança foi abalada. Meu desapontamento vem de tantas vezes ter falhado por desobedecer, por tentar agradar aos homens ao invés de seguir o caminho de Deus. Confesso que mudei meu modo de vestir e até alterei meus hábitos para satisfazer as expectativas alheias.
Minha sogra sabe quantas vezes me deixei levar por opiniões humanas ao invés de escutar o Espírito de Deus. E o resultado? A carne falha. É um claro sinal de que precisamos estar sensíveis e receptivos à voz do Espírito, e não às falhas e flutuações humanas.
Hoje, eu convido cada um de vocês a se colocarem sob os pés do Senhor, a renunciarem a influência humana e a buscarem a orientação divina em todas as coisas. E para celebrar essa nossa renovação e comprometimento, gostaria de chamar Gabriela para nos liderar em um hino de louvor.
2 Comentários
Domiciano G Silva
MENSAGEMN LINDA LINDA MESMO DEUS TE ABENÇOE PASTOR ESTA MENSAGEM ME AJUDOU MUITO GOSTARIA DE PEDIR AUTOERIZAÇÃO DO PASTOR PARA USAR ALGUNS TOPICOS NAS MINHAS MENSAGENS
Tiago Vieira
Prezado Pastor Domiciano, a paz do Senhor!
Ficamos muito felizes que a mensagem tenha tocado seu coração e ajudado você! Claro, você tem nossa autorização para usar os tópicos em suas mensagens. Que Deus continue te abençoando e usando poderosamente para compartilhar a Sua palavra. Conte sempre com nossas orações!