A lição número 2 tem o título ‘O Propósito dos Dons.’ Nesta noite, dedicaremos nossa meditação a essa lição. O texto áureo está em 1 Coríntios, no capítulo 14, versículo 12. Convido todos a lerem juntos, irmãos. Texto áureo: ‘Assim também vós, como desejais dons espirituais, procurai sobejar neles para a edificação da igreja.’ 1 Coríntios, capítulo 14, versículo 12.
A verdade prática nos diz que os dons são recursos concedidos por Deus para fortalecer e edificar a igreja espiritualmente. Faremos a leitura bíblica em classe, em 1 Coríntios, capítulo 12, versículos 8-11, e no capítulo 13, versículos 1 e 2.
Por que a um, pelo Espírito, é dada a palavra da sabedoria, e a outro, pelo mesmo Espírito, a palavra da ciência? A outra recebe a operação de maravilhas, outra a profecia, outra o dom de discernir os espíritos, outra a variedade de línguas, e outra a interpretação das línguas.
Móis, glória, vergonha, espírito, confesso… Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine. Mesmo que eu tivesse o dom da profecia, conhecesse todos os mistérios e possuísse todo o conhecimento, e mesmo que tivesse toda a fé, a ponto de transportar montanhas, mas não tivesse amor, de nada valeria.
Amém?
Vamos orar?
Senhor nosso Deus de paz, agradecemos pela leitura da tua palavra nesta noite. Pedimos, Senhor, que estejas conosco enquanto meditamos nesta lição e nestes versículos. Que o Senhor abra o nosso entendimento, concedendo-nos compreensão da Tua palavra, em nome de Jesus. Amém.
O título da lição já indica o propósito: ‘O Propósito dos Dons.’ Qual é o objetivo? O objetivo é a finalidade, ou seja, para que serve. Hoje, meditaremos sobre para que servem os dons, qual é o propósito de sua existência. O título da lição é ‘O Propósito dos Dons.’ O objetivo desta lição é demonstrar que os dons não servem para elitizar o crente, mas para a edificação dos crentes na igreja do Senhor. Elitizar significa considerar um crente superior a outro. No entanto, o dom não tem esse propósito. O dom existe para que todo o corpo de Cristo, ou seja, todos os membros, sejam edificados.
Tópicos:
No primeiro momento, ou seja, no primeiro tópico, vamos meditar um pouco para conscientizarmo-nos de que os dons espirituais não são destinados a afirmar que um crente é melhor que outro por ter um determinado dom.
No segundo tópico, discutiremos que os dons devem ser utilizados para edificar a nós mesmos e para edificar os outros irmãos, ou seja, toda a igreja. Nesse sentido, os dons têm o propósito de edificar toda a igreja.
No último tópico desta lição, vamos expor que o propósito dos dons é a edificação. Desde o início, compreendemos que a finalidade e o objetivo dos dons espirituais são para a edificação da igreja. Portanto, é para a edificação da igreja.
Sabendo disso, irmãos, vamos agora entrar no primeiro ponto da lição. Observamos que o propósito dos dons é unir a igreja, edificá-la e contribuir para o seu crescimento, como também discutimos na lição do domingo passado. Os dons são destinados à edificação do corpo de Cristo, que é a igreja.
Nesse primeiro ponto, destacamos três sub-pontos. No primeiro momento do primeiro ponto, abordaremos o sub-ponto referente à Igreja de Corinto. Neste sub-ponto, examinaremos um pouco sobre a Igreja de Corinto, que, apesar de possuir dons, o apóstolo Paulo os considerava como carnais. No último momento deste sub-ponto, veremos que o dom não é um sinal de superioridade espiritual.
Vamos começar com o primeiro sub-ponto sobre a Igreja de Corinto. Corinto era uma cidade, assim como vivemos em uma cidade, como Cariacica, por exemplo. No entanto, Corinto não era semelhante à nossa cidade. Enquanto Cariacica é considerada, economicamente falando, uma cidade pobre, Corinto era o oposto, economicamente próspera. A maioria dos habitantes dessa cidade desfrutava de um certo nível de prosperidade financeira.
No entanto, embora fosse uma cidade financeiramente próspera, espiritualmente, ela era idólatra. Quando o apóstolo Paulo chegou àquela cidade, encontrou um povo que adorava outros deuses, deuses mudos e pagãos. Em Corinto, ocorreu um avivamento quando o Evangelho chegou, transformando a cidade. Os gentios, habitantes dessa cidade gentílica, começaram a aceitar a fé e a receber Jesus como Salvador, resultando na formação de uma igreja.
Essa igreja, na linguagem comum, poderia ser chamada de uma igreja pentecostal, avivada, que experimentava a manifestação dos dons. Não apenas uma manifestação isolada, mas praticamente todos os dons estavam presentes nessa igreja de Corinto, conforme entendemos ao abrir a Bíblia em 1 Coríntios, capítulo 1, verso 7.
Quando abrimos a Bíblia em 1 Coríntios, capítulo 1, verso 7, percebemos o que o apóstolo Paulo está comunicando. Ele destaca que nenhum dom faltava naquela igreja. Ao lermos a passagem, encontramos uma lista de dons que inclui a palavra de sabedoria, a palavra de ciência, o discernimento de espíritos, a fé, os dons de curar, a profecia, o discernimento de espíritos, a variedade de línguas, a interpretação e a manifestação de maravilhas. Todos esses dons estavam presentes naquela igreja. A partir de uma perspectiva humana, ao olharmos para essa igreja, naturalmente diríamos que era uma igreja espiritual.
Entretanto, apesar de possuir uma variedade de dons espirituais, o apóstolo Paulo caracteriza essa igreja como carnal. Vamos explorar mais a fundo essa aparente contradição. Para isso, peço que voltemos ao texto bíblico e destaquemos a abordagem do apóstolo Paulo sobre essa dualidade na igreja de Corinto.
Então, parece haver uma aparente contradição, pois essa igreja experimentava curas, profecias genuínas, interpretação de línguas autênticas, todas evidências de manifestações espirituais verdadeiras. Deus operava através dos homens e mulheres dessa igreja. No entanto, mesmo com todas essas manifestações espirituais, o apóstolo Paulo a caracteriza como uma igreja carnal.
Para entender melhor essa aparente contradição, devemos voltar ao texto bíblico, em 1 Coríntios, capítulo 3, versículos 1 e 3. Vamos analisar o que o apóstolo Paulo está comunicando sobre a natureza espiritual e carnal da igreja de Corinto. Peço que alguém leia esses versículos para que possamos explorar as definições apresentadas pelo apóstolo.
A obra da carne, assim como a presença de Deus, está sempre presente, mas nem sempre se manifesta claramente. No texto bíblico de Gálatas 5:23, o apóstolo Paulo nos apresenta uma comparação entre as características das pessoas espirituais e as obras da carne. Podemos concluir, com base no que ele está ensinando, que uma pessoa espiritual não é definida pelos dons espirituais que ela possui, como cura, sabedoria, profecia ou línguas.
O apóstolo Paulo destaca que a verdadeira natureza espiritual de uma pessoa é revelada através de suas atitudes e comportamentos. Uma pessoa espiritual, segundo ele, é aquela que não manifesta inveja, não se envolve em contendas e não participa de divisões ou grupinhos. Isso nos leva a compreender que a espiritualidade vai além das manifestações espirituais externas; ela se reflete no caráter e nas ações diárias.
Ao comparar isso com as obras da carne, o apóstolo Paulo destaca que as obras da carne são manifestas, ou seja, claramente perceptíveis. Assim como a presença de Deus está sempre presente, mas nem sempre manifesta, as obras da carne estão sempre presentes, mas nem sempre se manifestam de maneira evidente. Isso destaca a importância de discernir a verdadeira espiritualidade não apenas pelas manifestações externas, mas pela presença contínua de atitudes espirituais no cotidiano.
Agora, para uma compreensão mais aprofundada, vamos explorar o texto bíblico em Gálatas 5:23 e refletir sobre as características que o apóstolo Paulo destaca como evidências de uma vida espiritual.
A pessoa pode ser carnal, mas até certo momento, ela não manifesta a obra. O que é a obra? A obra é o fazer, é executar. Portanto, quando uma pessoa não manifesta, ela não executa, ela não faz, isso não significa que ela não seja carnal. Só que ela não está praticando a obra da carne, mas mesmo assim, ela é carnal. Aqui é onde muitos são enganados, e o engano está presente. Em nossa mente, é fácil sabermos quando uma árvore é boa, quando ela dá o fruto. O fruto é a manifestação daquilo que a árvore tem; é a obra da árvore.
Entretanto, antes de uma árvore dar o fruto, existe um momento, um período, em que ela não produz nem um fruto bom, nem um fruto ruim. E aí não dá para perceber qual obra, de que natureza, essa árvore é. Jesus, em uma ocasião, disse que isso é tão difícil de distinguir que Ele fará uma comparação, não mais com espírito e carne, mas sim entre o joio e o trigo, que é uma explicação semelhante.
Então, Jesus diz assim: se quisermos arrancar o joio, correremos o risco de, junto com o joio, tirar o trigo, porque é difícil saber quem é joio e quem é trigo. Torna-se fácil quando a obra é manifestada. Aí é simples, todos podem ver qual é o fruto que está sendo produzido. Mas quando não há fruto, quem será capaz de discernir? Ninguém. Então, Jesus afirma que essa separação não é algo que podemos fazer; em outras palavras, separar o joio do trigo será feito no último dia. Porque, no último dia, haverá pessoas que pensávamos ser trigo, mas eram joio. E também haverá pessoas que pensávamos ser joio, mas eram trigo. Isso ocorre porque não possuímos essa capacidade. E é isso que o apóstolo Paulo está destacando aqui.
Em Gálatas, o Apóstolo Paulo emprega outra palavra, que é ‘manifestação’. Quando falamos de ‘obra’, referimo-nos àquilo que fazemos, é algo que se concretiza, tornando-se claro para todos. Então, qual é a ‘obra da carne’? O que a carne realiza? Quando a carne está envolvida nessas ações, torna-se evidente quem é carnal. Isso é o que o Apóstolo Paulo está enfatizando.
A prostituição é apenas o começo; em seguida, vem a impureza, a lascívia, a idolatria, a feitiçaria, a inimizade, a porfia, as emulações, as iras, e assim por diante, como ele continua na lista. Quando as pessoas manifestam, ou seja, tentam praticar essas ações descritas, elas são consideradas carnais. Este não é um julgamento, mas sim um reconhecimento pelos frutos produzidos. Como diz a frase conhecida, ‘pelo fruto se conhece’. Aqui, os frutos são as ações e comportamentos da pessoa.
Na igreja de Corinto, o fruto que produziam era facilmente distinguível, pois suas divisões eram evidentes para todos. Eles eram um povo dividido, uma igreja com brigas internas, formando grupinhos, caracterizados pela dissensão. O apóstolo Paulo menciona isso em 1 Coríntios 3:5, destacando a presença de grupinhos (A, B, e até mesmo o grupo do apóstolo Paulo, que ele não considerava fazer parte, conforme indicado pelo texto).
Ficou claro para você? É a divisão. Quando alguém manifesta as obras da carne, essa pessoa é carnal, não importa se fala em línguas estranhas, se profetiza com precisão. Aqui não estamos nos referindo a profecias erradas; falamos de profecias corretas, quando Deus realmente usa. No entanto, o apóstolo Paulo destaca que ter dons espirituais não significa que a pessoa é espiritual.
Mesmo tendo dons espirituais, Paulo os chama de carnais porque manifestavam as obras da carne, como dissensão, inveja, porfia. E não parava por aí; naquela igreja, havia algo ainda mais sério: prostituição. Pessoas que, embora possuíssem dons espirituais, estavam envolvidas em prostituição dentro da igreja, falando em mistério, comunicando-se com Deus.
Vamos avançar rapidamente, devido ao tempo. Peço à irmã Carmem que vá até 1º Coríntios, capítulo 5, começando pelo versículo 1. Paulo está abordando a questão dos boatos que eram frequentes na igreja de Corinto. Mas sobre o que era esse boato? Continuemos para entender. Paulo revela que na igreja de Corinto, conhecida por manifestar todos os dons espirituais, havia o problema da fornicação. Ele destaca a gravidade dessa situação ao fazer uma comparação com a fornicação entre os gentios, enfatizando que o comportamento dos crentes era ainda mais chocante.
No primeiro versículo do capítulo 5, Paulo descreve a traição de um filho contra o próprio pai, envolvendo a madrasta. Essa situação ultrapassava até mesmo os padrões do mundo, conforme Paulo destaca. Essa fornicação estava ocorrendo dentro da igreja de Corinto. Ele continua abordando o assunto, mas, devido às limitações de tempo, não leremos integralmente.
Continuando com o tema, a igreja de Corinto exibia uma multiplicidade de dons espirituais, mas paradoxalmente, o apóstolo Paulo os considerava carnais, não espirituais. Você compreendeu? Sim ou não? Essa pergunta visa destacar a contradição aparente: embora a igreja manifestasse diversos dons espirituais, Paulo os identificou como carnais. O que ele está tentando nos transmitir?
Ao testemunharmos manifestações na vida de alguém, como as que ocorriam na igreja de Corinto, podemos nos deparar com um mistério. Afinal, essas manifestações podem ser genuínas. Contudo, é crucial entender que isso não implica automaticamente na aprovação divina das atitudes daquela igreja. Paulo os chama de carnais, indo além, classificando-os como piores que os ímpios.
Portanto, quando Deus aprova o trabalho, não significa necessariamente que Ele está aprovando espiritualmente toda a igreja. Essa distinção é crucial, e a Bíblia acentua essa perspectiva. Em um cenário de prestação de contas com Deus, muitos dirão ter profetizado, expulsado demônios e realizado feitos em Seu nome. Todavia, Jesus, em resposta, dirá: ‘Apartai de mim, porque eu não vos conheço.
Quando Deus usa alguém, é importante entender que isso não implica automaticamente na aprovação divina daquela pessoa. Essa é a mensagem que o apóstolo Paulo está comunicando, uma mensagem que muitos de nós ainda não compreendem completamente. Muitas vezes, pensamos que uma pessoa ousada está sendo aprovada por Deus, mas isso nem sempre é o caso. Como está claro aqui, o dom espiritual não é indicativo da espiritualidade de uma pessoa.
Em última análise, o último subponto que gostaria de abordar é que ter um dom não torna alguém superior espiritualmente a outra pessoa que não possui esse dom específico. Na verdade, pode acontecer que aquela pessoa que não manifesta nenhum dom espiritual seja espiritualmente maior do que aquela que manifesta. Portanto, quando presenciamos a manifestação de um dom, como em uma profecia, devemos ter cuidado para não presumir que a pessoa é espiritualmente superior àquelas que não manifestam esse dom. Se assim pensarmos, estaremos indo contra os ensinamentos da Bíblia.
Por isso, a manifestação espiritual na igreja não implica necessariamente que essa igreja é espiritual. Quando pessoas manifestam dons, dons, dons, isso não significa que essa pessoa é superior àquela que não os manifesta. Já ouviu falar na seguinte história: Deus usa quem Ele quer, Ele usa quem Ele quer. Ele usou uma jumenta para falar com Balaão. O que é uma jumenta? É um animal! Então, a jumenta era superior ao homem? Não, a jumenta é um animal. Mas Deus usou uma jumenta.
Deus usa qualquer coisa, qualquer coisa. Ele usou um grande peixe para pegar Jonas. Deus usou o mar. Deus usou corvos para levar comida para Elias quando ele estava escondido na caverna. Deus usa o que Ele quer da maneira que Ele quer, como Ele quer. Portanto, Deus usar uma pessoa não significa que Ele está aprovando a atitude dessa pessoa. E isso não significa que aquela pessoa é espiritual, ao contrário daquela que não é. Essa é a lição que o apóstolo Paulo nos dá nesse primeiro ponto.
Então, agora vamos passar a palavra para os irmãos comentarem esse primeiro ponto da lição. Eu vou começar com as irmãs, a irmã Carmen, a Michelle, a irmã Marli, a irmã Rosemary. Então, está bem claro, né? Vou fazer um resumo, deixei bem claro essa parte.
Podemos refletir sobre o que os irmãos contribuíram, a irmã Carmen, a irmã Rosimere, a irmã Marli, o irmão Altair, o pastor Emmanuel. Podemos concluir que a manifestação espiritual não necessariamente está ligada à santidade. Muitos pensam que para ter os dons espirituais, é preciso ser santo, mas a Bíblia não fala sobre isso. A Bíblia diz que para receber os dons, é necessário pedir. Primeiro, pedir. Eu não disse que tem que ser santo. Tem que pedir. E depois, pedir com fé. Ou seja, para receber os dons é necessário pedir com fé.
Então, se a pessoa tem fé, se ela crê que pode receber, e pede os dons, ela pode recebê-los. Isso não significa santidade. Santidade é outra coisa. Santidade é uma vida no altar. Receber dons não está relacionado à santidade. O que é o dom? É uma habilidade que a pessoa recebe, é uma capacitação para fazer algo. No segundo tópico da lição, na igreja, para que são essas habilidades que nós recebemos?
Primeiro, edificando a si mesmo e, segundo, aos outros. Então, ambos são para edificação, que significa crescimento, para que nós possamos crescer, para que a igreja cresça e para que cada um, que tem o dom individualmente, também cresça. Quando falamos de crescimento, o Pastor Emmanuel já disse que não é crescimento financeiro, mas sim crescimento em Cristo.
Veja bem, em Atos dos Apóstolos, no capítulo 8, versículo 17 até o versículo 20. Quem pode ler? Atos, capítulo 8, versículo 17, ao… Vinte, achou irmão? Tá aí. Dizendo: ‘Vai ter também a mim esse poder para que sobre quem eu puser as mãos receba o Espírito Santo.’ Mas Pedro disse-lhe em resposta: ‘O teu dinheiro seja contigo para a perdição, pois pensaste que o dom de Deus se adquire com dinheiro? Tu não tens parte nem sorte nesta palavra, porque o teu coração não é reto diante de Deus.’ Veja bem, Simão, ele era um mágico, fazia artes mágicas, aceita Jesus, vê os apóstolos impondo as mãos e as pessoas recebendo o batismo com o Espírito Santo. E então ele olha para aquilo com um olhar financeiro. Se ele pudesse comprar, é porque ele queria vender aquilo, queria fazer negócio com as coisas espirituais. E é o que está acontecendo, aquilo que o Pastor Emmanuel falou. Muitas igrejas que estão aí são como se fossem botequins, onde a pessoa que se dispõe é a dona do botequim. E ela quer aquilo ali para entrar dinheiro. E o que entra ali é como se fosse o comércio dela. Funciona assim.
A maioria desses lugares, irmãos, não possui manifestação do Espírito Santo. Por exemplo, as revelações nesses lugares são tão ruins que não conseguem enganar uma pessoa que pensa direito. Quando alguém diz, ‘Deus me revela agora que há alguém aqui passando por um problema muito grande’, questiono: quem não tem problema? O termo ‘muito grande’ é subjetivo, pois cada pessoa enxergará seu próprio problema como grande. Assim, quando perguntam quem está passando por dificuldades, muitos levantam a mão, criando a ilusão de que há revelações divinas. Entretanto, na realidade, essas manifestações não passam de intuições.
Em muitos desses lugares, as revelações são tão genéricas que não convencem alguém que pensa racionalmente. Por exemplo, ao dizerem, ‘Há alguém aqui que precisa de um cabo ou uma chave de casa’, é óbvio que várias pessoas terão essas necessidades básicas. O pastor Emmanuel destacou que algumas igrejas são conduzidas como negócios, visando lucro financeiro em troca de experiências espirituais.
Devemos ter muito cuidado e discernimento. O estudo que realizamos serve para evitar sermos enganados, para não nos iludirmos quando testemunhamos tais situações. Isso nos ajuda a permanecer firmes em nossa posição. Jesus deixou claro que os discípulos experimentariam dificuldades reais. Agora, incluindo o terceiro ponto da lição, compreendemos que os dons espirituais são dados para edificar todo o corpo de Cristo, isto é, toda a igreja.
Portanto, os dons devem ser utilizados para construir nossas vidas, para nos aprimorar, para trazer melhoria. Se estamos enfrentando dificuldades, os dons devem ser empregados para promover crescimento individual, para nos erguer. Deus levanta homens e mulheres com dons específicos para nos ajudar mutuamente. O propósito do dom é ajudar, não atrapalhar, não dividir, não gerar contendas. O dom é uma ferramenta para promover o crescimento.
Quando alguém recebe um dom, Deus o capacita para edificar a igreja espiritualmente. Por exemplo, em uma ocasião, Deus usou a irmã Carmem para transmitir uma mensagem sobre o balançar da figueira, alertando-nos a permanecer firmes diante das adversidades que estavam por vir. O propósito não era entristecer, mas sim fortalecer. Quando muitos começaram a sair, era para que? Para que permanecêssemos firmes, inabaláveis. Isso é edificação. É para nos mantermos firmes e não sermos abalados. Ficou claro?
Deus usa esses dons para que possamos edificar uns aos outros. Ele levanta pastores para manter a doutrina da igreja, conforme mencionado na revista, e também levanta irmãos com dons específicos para fortalecer espiritualmente a comunidade. No entanto, é importante notar que todos os dons devem ser manifestados com amor.
Quando falamos de amor aqui, não estamos nos referindo apenas a um sentimento, como muitas pessoas pensam. O amor, de acordo com a Bíblia, vai além do sentimento. Como está escrito em Coríntios, mesmo que eu desse a minha vida, ou seja, sacrificasse minha vida pelo bem de outra pessoa, se eu não tivesse amor, isso não seria verdadeiro amor. Isso significa que o verdadeiro amor não está relacionado apenas aos sentimentos que temos por outra pessoa. É mais profundo e está alinhado com a Palavra de Deus.
Deu para perceber? É a divisão. Então, quando alguém manifesta as obras da carne, essa pessoa é carnal. Não importa se ela fala em línguas estranhas, se profetiza, ou se a profecia dela é certa. Veja bem, não estou falando de profecia errada; aqui está falando de profecia certa, quando Deus realmente usa. Mesmo assim, profetizar é o que o apóstolo Paulo está dizendo. Ter dons espirituais não significa que a pessoa é espiritual. Tinham dons espirituais, mas o apóstolo Paulo está chamando-os de carnais. Tinham obras da carne, como lemos aqui: dissensão, inveja, porfia. Não era só isso, naquela igreja, coisas piores ocorriam, como a prostituição. Pessoas falavam em mistério, tinham visões, sonhos e dons espirituais, mas estavam em prostituição naquela época dentro da igreja, falando com Deus.
A manifestação espiritual na igreja não significa que essa igreja é espiritual. Quando alguém manifesta dons, não significa que essa pessoa é superior à pessoa que não manifesta. Deus usa quem Ele quer, como usou uma jumenta para falar com Balaão, um animal. Deus usa corvos, mares, grandes peixes da maneira que quer. Deus usar uma pessoa não significa que Ele está aprovando a atitude dessa pessoa. O apóstolo Paulo ensina que dom espiritual não é sinal de superioridade espiritual.
No capítulo 5 de 1º Coríntios, o apóstolo Paulo menciona os problemas na igreja de Corinto, onde até mesmo fornicação ocorria. A fornicação não era como nos gentios, era o filho traindo o pai com a madrasta. O apóstolo destaca que, mesmo com dons espirituais, eles eram chamados de carnais por causa de suas obras, incluindo dissensão e inveja. Ter dons não garantia espiritualidade.
A manifestação dos dons deve servir para edificar. Deus levanta pessoas com dons para edificar a igreja espiritualmente. Precisamos ter discernimento para não sermos enganados. Em Gálatas, o apóstolo Paulo destaca que é pela obra que conhecemos quem é carnal. Jesus alerta que, no último dia, será feita a separação. Os dons devem ser usados para a edificação de todos, para o crescimento em Cristo.
Em Atos 8:17-20, vemos o exemplo de Simão Mágico, que queria comprar o dom de Deus. Muitas igrejas atualmente tratam os dons como um comércio, sem a verdadeira manifestação do Espírito Santo. Devemos ter cuidado para não sermos enganados e permanecer na verdadeira posição, como Jesus ensinou.
Concluímos que Deus quer dar dons, e devemos pedir com fé. O dom não significa superioridade espiritual, não é para ganhar dinheiro e deve ser usado para edificar. Devemos manifestar os dons com amor, entendendo que amor é obedecer à palavra de Deus. Amar é ter Deus na nossa vida. Ele é o verdadeiro amor, e é por meio da obediência à Sua palavra que expressamos esse amor.
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