Lição 10 | O Ministério de Mestre ou Doutor

Lição 10 | O Ministério de Mestre ou Doutor

TEXTO ÁUREO

“De modo que, tendo diferentes dons, segundo a graça que nos é dada: […] se é ensinar, haja dedicação ao ensino.”
(Rm 12.6,7)

VERDADE PRÁTICA

Os vocacionados por Deus para o ministério do ensino são por Ele chamados para edificar a Igreja de Cristo.

PONTO CENTRAL

O dom ministerial de mestre é uma capacitação do Espírito Santo

OBJETIVO GERAL

Retratar a missão do ministério de Mestre.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

I – Apresentar que Jesus, o mestre da Galileia, é mestre por excelência;
II – Identificar a ordem de Jesus aos seus discípulos para ensinar a igreja do primeiro século;
III – Apontar a importância do dom ministerial de ensinador na igreja local.


Transcrição da Aula

O texto-âncora está em Romanos, capítulo 12, versículos 6 e 7. Vamos todos ler juntos:

De modo que, tendo diferentes dons, segundo a graça que nos é dada, se é ensinar, haja dedicação ao ensino.”

– Romanos capítulo 12, versículos 6 e 7

Verdade Prática

Os vocacionados por Deus para o ministério do ensino são por Ele chamados para edificar a Igreja de Cristo.

Leitura Bíblica em Classe: Mateus, capítulo 7, versículos 28 e 29; Atos, capítulo 13, versículo 1; Romanos, capítulo 12, versículos 6 e 7; e Tiago, capítulo 3, versículo 1.

Mateus 7:

“E aconteceu que, ao concluir Jesus este discurso, a multidão se admirou da sua doutrina; pois Ele os ensinava como quem tem autoridade, e não como os escribas.”

Na igreja que estava em Antioquia, havia profetas e doutores: Barnabé, Simeão chamado Níger, Lúcio, cireneu, Manaém, que fora criado com Herodes, o tetrarca, e Saulo.

“Se é ministério, seja em ministrar; se é ensinar, haja dedicação ao ensino.” – Romanos 12:7.

Oração Inicial

Senhor Eterno Pai, neste momento, te agradecemos, Senhor, pela leitura da Tua Palavra. Venha abençoar agora a Escola Bíblica Dominical. Ó Senhor Jesus, os comentários que aqui serão feitos, que o Senhor possa iluminar o nosso entendimento para entender, Senhor, a mensagem que o Senhor tem nos passado nesta manhã, em nome de Jesus. Amém.

Estamos hoje no primeiro domingo de junho deste mês de junho. Chegamos já na metade do ano, praticamente. A gente está no meio de junho, na metade do ano. E no último mês deste trimestre que estamos passando, no último mês deste segundo trimestre, estamos estudando os dons espirituais e ministeriais. E hoje vamos concluir os cinco dons ministeriais. Já vimos os quatro, e hoje será o último deles, o quinto dom ministerial.

Antes de adentrarmos à lição propriamente dita, vamos recapitular um pouco esse trimestre até aqui. Hoje, estamos chegando à lição de número 10, faltam, depois de hoje, apenas três lições para terminarmos o trimestre. Na próxima lição, estaremos estudando sobre os presbíteros, depois os diáconos, e depois a última lição é a conclusão.

Vamos voltar um pouco atrás para recapitular o que vimos até agora. Neste trimestre, estamos estudando duas qualidades ou dois tipos de dons. O primeiro que estudamos foram os dons espirituais. Depois, estudamos os dons ministeriais.

Nos dons espirituais, vimos que eles são divididos em três categorias. São nove dons, divididos em três grupos. Então, quais são essas categorias? Vimos que a primeira que estudamos é a categoria dos dons de revelação. A segunda categoria é a dos dons de poder. E a terceira categoria é a dos dons de elocução.

Dentro da primeira categoria, há três dons. Quais são eles? Na primeira categoria de dons de revelação, temos o dom da palavra de sabedoria, o dom da palavra de conhecimento e o dom do discernimento de espíritos.

Depois fomos para outra categoria. Qual é ela? É a categoria dos dons de poder. Quais são os três dons que estudamos que estão dentro dessa categoria de dons de poder? Vimos que, dentro dos dons de poder, estão o dom da fé, os dons de curar e, por fim, o dom de operar maravilhas, os dons de milagres. Então, estão dentro dessa categoria.

E na última categoria dos dons espirituais, estão os dons de elocução. Quais são os dons de elocução? Os dons de elocução são o dom da profecia, o dom de variedade de línguas e, por fim, o dom de interpretação das línguas.

Fechamos os dons espirituais e iniciamos os dons ministeriais, que vamos concluir hoje. Nos dons ministeriais, depois de iniciar os dons ministeriais, está aqui na capa da revista. E dentro dos dons ministeriais, existem cinco dons. Quais são eles? Primeiro, vimos o dom de profeta, o dom ministerial de profeta. Na verdade, vimos primeiro, na verdade, o dom ministerial de apóstolo. Vimos o dom ministerial de apóstolo, depois vimos o dom ministerial de profeta, depois o dom ministerial de evangelista, o dom ministerial de pastor e, hoje, veremos o dom ministerial de mestre. E assim, concluímos hoje os cinco dons.

Então, vimos nove dons espirituais divididos em três categorias, e hoje estamos concluindo os cinco dons ministeriais. Então, fazendo essa breve recapitulação, hoje vamos para o último dom ministerial, que é o de mestre, ou como a Bíblia apresenta.

Nosso objetivo nesta manhã é que, ao terminar a lição, o que queremos nesta manhã? Qual é o nosso objetivo com essa lição? Qual é o objetivo do comentarista nesta lição? É que conheçamos a missão do mestre, ou doutor, ou ensinador, ou doutrinador na igreja. Qual é a missão? O que ele faz? Para que serve? Então, é isso que vamos ver.

Temos três pontos nesta lição, divididos em três tópicos. No primeiro tópico, conforme nas outras lições, o primeiro exemplo é quem? É Jesus. Então, no primeiro tópico, veremos Jesus como o mestre, o mestre por excelência, ou seja, o mestre dos mestres. Quem é? É Jesus.

Em segundo lugar, identificaremos a ordem de Jesus dada aos discípulos para ensinar a igreja. Então, o ensinamento é uma ordem de Jesus.

E, por último, no último ponto, veremos a importância do dom ministerial de ensinador na igreja.

Então, vamos entrar agora na nossa lição, amém?

O ponto central de hoje é que o dom ministerial de mestre é uma capacitação. Mas uma capacitação humana? Não. É uma capacitação divina do céu. Quem capacita é o Espírito de Deus, é o Espírito Santo que capacita.

Entrando na introdução, no comentário introdutório, na introdução, temos alguns versículos que já trazem a ideia do ensinador ou também do professor. Mestre, mestre, doutor, professor, ensinador são sinônimos, ou seja, são palavras que designam a mesma função, porém… Esse papel, esse nome, nós não temos só na igreja, existe em vários lugares no mundo também. É um dom, mas na igreja é diferenciado, porque não ensina uma profissão, uma ciência, mas sim… as palavras de vida eterna. E por isso que Jesus é o maior exemplo nesta área.

Veja bem, o mestre da Galileia, do primeiro ponto da lição. Então, quem é o exemplo, quem é o maior exemplo de apóstolo? É Jesus. Quem é o maior exemplo de profeta? É Jesus. Quem é o maior exemplo de evangelista? É Jesus. Quem é o maior exemplo de pastor? É Jesus. Quem é o maior exemplo de ensinador? É Jesus. Vocês perceberam que, em toda a lição, o maior exemplo é Jesus, porque ele manifestou todos estes dons.

Então, vamos lá, ao mestre da Galileia. A função de Jesus era, ele trabalhava com diversos meios, mas uma das principais funções de Jesus foi ensinar. Ensinar… e pregar, e à medida que ele fazia isso, os outros dons se manifestavam.

Então, Jesus, logo no início do ministério dele, ele começou a ensinar, como está em Mateus, capítulo 4, versículo 23. Vamos ler? Então, Jesus percorria toda a Galileia, ensinando não somente em uma sinagoga, mas ensinando nas sinagogas da Galileia, em várias sinagogas da Galileia. O que isso quer dizer? Quer dizer que Jesus levava o Ministério de Ensino a sério. Ele investia energia, tempo. Ele se dedicava, como a palavra de Deus ensina, ao ensino. Não era uma opção, não era uma vaidade, não era um costume, mas era uma necessidade que existia dele percorrer, caminhar ensinando a todos. Porque, lá na frente, tinha um propósito do que seria a igreja, que estava para ser iniciada. Então, ele tinha que começar a formar aqueles que comporiam a igreja.

Então, o ensino no ministério de Jesus, ou seja, no serviço terreno de Jesus, não é uma opção. Como hoje… também não é uma opção. Por exemplo, hoje muitas pessoas pensam que a Escola Bíblica Dominical, pensam que o culto da palavra é uma opção para elas virem, e se elas não quiserem, elas não vêm, mas não é uma opção. O ensino da palavra de Deus, o ensinamento é uma necessidade, não é opcional, é uma necessidade.

Por exemplo, nós não falamos assim: “Ah, eu não vou comer.” Existe essa possibilidade de comer ou não comer? Não, se você não se alimentar, você tem que comer alguma coisa. Se você não se alimentar, o que vai acontecer? A pessoa vai morrer de fome, vai morrer sem vitamina, vai morrer sem minerais, vai morrer por anemia, vai morrer por alguma coisa desse tipo, porque ela não está cumprindo com as obrigações de necessidade. Então, se alimentar é uma necessidade.

E a palavra de Deus é alimento, ela é comparada a alimento. Ela é o pão. O que é o pão? É aquilo que precisamos a cada dia. “Pai nosso, que estás no céu, santificado seja o teu nome, venha a nós o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu. O pão nosso de cada dia nos dê hoje.” Então, todo dia nós devemos pedir o pão. E o pão espiritual, como o pastor Emmanuel ensinou aqui na terça-feira passada, é fome de pão? Não! É de ouvir a palavra de Deus. Ou seja, o ensino não é vaidade, como muitos pensavam até certo tempo, mas o ensino é uma necessidade.

Por isso que Jesus se sacrificava, ele se dedicava à prática do ensino. Outra coisa interessante aqui é que o ensino estabelece regras de conduta, de serviço, de como viver, de como servir; ele categoriza, ou seja, o ensino objetiva. Por exemplo, quando eu falo uma palavra qualquer, essa palavra tem um significado, ela não pode de maneira nenhuma… ter um significado diferente. Por exemplo, um exemplo que vou dar: toda vez que a Bíblia menciona a palavra coração, as pessoas pensam o seguinte, coração é o órgão aqui. Mas não é essa a ideia. A ideia de coração não é o órgão, até porque antes pensava-se que o centro era o ventre, quando Jesus falou do seu ventre. E não é o órgão que bombeia, mas é a pessoa toda. Toda vez que a Bíblia fala de coração, está falando da pessoa por inteiro, e não de uma parte do corpo carnal, físico, ou somente da alma da pessoa, mas é a pessoa inteira, é a pessoa toda. Quando fala assim, “amai o Senhor de todo o vosso coração”, quer dizer, amai ao Senhor você inteiramente. Todo você deve amar o Senhor. Tudo em você deve amar o Senhor. É nesse sentido. É nesse sentido. Mas é nesse sentido que a gente tem que ler. Mas as pessoas, por falta de ensino, já interpretam isso de outra maneira.

Então, qual é a importância do ensino? Ele objetiva para todos crerem e entenderem de uma mesma maneira. Por exemplo, qual é a importância deste instrumento aqui? A importância é que todos creiam da mesma forma, interpretem a Bíblia da mesma maneira. Porque quando nós vemos aqui, aqui está claríssimo a forma de interpretação da Bíblia, porque está escrito, isso aqui é a Bíblia interpretada, a interpretação da Bíblia.

Por exemplo, a Assembleia de Deus, a denominação, enfrentou vários problemas porque cada um interpretava a Bíblia de uma maneira diferente, o que levou a muitas divisões. Interessante notar que, primeiramente, nossa igreja criou um instrumento normativo. Depois, surgiu a declaração de fé da Assembleia de Deus, justamente por essa razão. Isso porque cada um interpretava o mesmo versículo de formas distintas, gerando falsos ensinos, falsos entendimentos e erros.

Quando a Bíblia menciona, no primeiro ponto, o Mestre da Galileia, observe mais abaixo que só existiam duas opções: amar ou odiar. Essa dicotomia é objetiva. É sim ou não. Não há espaço para dúvidas. Então, o instrumento normativo da igreja elimina dúvidas? Sim, pois seu propósito é esclarecer. Quando Jesus ensinava, não deixava espaço para ambiguidade: ou você aceita o ensino, amando-o, ou o rejeita, odiando-o. O ensino da palavra de Deus não é algo para se ficar em cima do muro, para alguém interpretar da forma que desejar. Ou você ama, aceitando o ensino, ou o rejeita. Mas quando falta objetividade, o que acontece? As pessoas acabam juntas, mas cada uma seguindo praticamente uma religião diferente, porque interpretam a mesma passagem ou o mesmo versículo de formas diferentes.

Ensino, portanto, não é apenas ler a Bíblia e interpretar de uma maneira qualquer. Isso está errado. Isso não é correto. Porque, se assim for, significa que existem múltiplos ensinos. O ensino deve ser objetivo, baseado não no que penso, mas no que a Bíblia diz. Entende-se, então? Não é como Tiago interpreta, mas como a Bíblia é interpretada. E como saberemos a interpretação correta da Bíblia? Há um caminho. Quando a Bíblia fala “Eu sou o caminho”, ela aponta para esse caminho. A vida de uma pessoa só pode ser plenamente avaliada após a sua morte, porque é o fim que conclui sua história, assim como um livro que está sendo escrito. Nossa história não está completa enquanto estamos vivos. Não está garantido que, continuando da forma que está, tudo terminará bem. Não, pode terminar mal, porque ainda não acabou. Então, a vida de um homem ou mulher de Deus só pode ser plenamente avaliada após sua morte, dentro daquele ciclo de vida que começa no nascimento e termina na morte.

Jesus, irmãos, nos deixou há dois mil anos. Desde então, muitos servos de Deus interpretaram a Bíblia corretamente. Portanto, não há motivo para erros. O ensino é sobre trazer lições do passado para o presente, e é aí que a dedicação entra. Isso significa que quem ensina, primeiro, deve aprender. Por exemplo, Jesus disse: “Aprendei de mim, pois sou manso e humilde de coração”. Isso nos leva ao mestre da humildade. Se uma pessoa não aprende, é impossível ensinar, porque não adquiriu conhecimento para transmitir. Assim como um professor no mundo, que ensina matérias terrenas, deve primeiro se dedicar e aprender antes de ensinar. Se eu chegar a qualquer escola querendo ensinar química ou física sem o conhecimento necessário, não me permitirão ensinar. Primeiro, preciso provar que sei o mínimo para ensinar. E o diploma? Mesmo possuindo um, isso não garante o emprego, é apenas o mínimo necessário. Portanto, o mínimo que uma pessoa precisa para ensinar é aprender primeiro. E isso é algo que não acontece frequentemente hoje em dia.

Jesus é exemplo disso. Ele era claro em seu ensino, não deixava dúvidas. Ele também era humilde. Vamos abrir a Bíblia em João, capítulo 13, versículos 4 e 5. Quando analisamos esse texto, lemos, e hoje, para muitos, isso não seria grande coisa. Mas, na época de Jesus, isso era um sinal de humilhação. Jamais alguém considerado inferior lavaria os pés de outro naquela época. Tanto é que Pedro ficou incomodado quando Jesus quis lavar seus pés, achando aquilo um absurdo. Jesus mostra, assim, a humildade. Isso significa que quem possui o dom dado por Deus, seja qual for o dom, como estamos discutindo hoje, especialmente o de mestre, não pode ser soberbo, arrogante ou exaltado. Pelo contrário, deve servir aos outros. Deve ser considerado e considerar-se a serviço de Deus. Mas note, Jesus não lavou os pés de Deus; ele lavou os pés dos discípulos. Isso significa que o mestre serve. Não apenas como mestre, porque Jesus lavou os pés dos discípulos não apenas na qualidade de mestre, mas como o Jesus integral – o apóstolo, o profeta, o evangelista, o pastor, o mestre, o completo.

Portanto, se Deus colocou uma tarefa em nossas mãos, seja cuidar de um grupo, seja um círculo de oração, seja um ministério infantil, o que a pessoa encarregada deve fazer? Deve ser um servo para esses grupos. Esse é o ensino. No entanto, hoje, o que vemos é o contrário. As pessoas querem ser servidas, não servir. Especialmente aquelas com algum destaque. Quantas vezes convidamos alguém para vir aqui, pessoas próximas, e a pessoa não vem a menos que se ofereça dinheiro, que ela chama de oferta de amor, ou se pague um táxi, um Uber para trazê-la e levá-la, ou se a busque em casa de carro e a traga. Como se devessem ser servidas, e não estar a serviço. A Bíblia diz que Jesus percorria a Galileia. Será que as sinagogas mandavam dinheiro de táxi ou Uber para Jesus? Claro que não. Mas veja o contraste. Essas pessoas geralmente não gostam de ser ensinadas, não ouvem ninguém, não aprendem com ninguém. Há pessoas que não ouvem ninguém e, às vezes, quando ouvem, não é para serem ensinadas. Elas ouvem para ensinar. Por exemplo, você lê a Bíblia para quê? Você lê a Bíblia para você mesmo entender ou só lê quando vai precisar pregar, ensinar ou fazer alguma coisa? A maioria lê a Bíblia apenas para passar para os outros, mas nunca para aplicar a si mesmo. Isso está errado. Isso não é aprendizado. Isso é falta de humildade.

Então, para concluirmos essa parte e ouvirmos os irmãos também, vamos para o último versículo que está em João, no mesmo capítulo 13, mas agora os versículos 13 e 15. Está escrito que as pessoas chamavam Jesus de quê? De Mestre e Senhor. Ou seja, as pessoas chamavam Jesus de Mestre e Senhor. Aí Jesus diz: “Vocês dizem bem, pois eu sou.” Ou seja, Jesus afirma ser Mestre e Senhor. Ele categoriza, afirma que existe esse dom de mestre, porque ele diz: “Eu sou o mestre.” No versículo 13. Agora, no versículo 14, ele diz: “Se eu, sendo Senhor e Mestre, lavei os pés de vocês, vocês também devem lavar os pés uns dos outros.” Ou seja, qual é a qualidade que nós, que o mestre deve ter, partindo de Jesus? A principal qualidade é a humildade e o espírito de servidão, ou seja, de se colocar não acima de todos e de tudo, mas abaixo de todos e de tudo. Para lavar os pés, você não se levanta. Para lavar os pés, você tem que se abaixar. Então, o verdadeiro mestre não se levanta, ele se abaixa. Entenderam? Essa é a principal lição que vemos aqui. O verdadeiro mestre nunca vai se levantar. Ele sempre vai se abaixar, vai se curvar. Ele sempre vai se considerar abaixo de todos, porque ele está a serviço de todos. Então, ele será o menor. Ele se abaixará. Abaixar-se é humilhar-se. Ele será humilde, se humilhará. Amém?

Concluímos o primeiro ponto da lição. Jesus era o mestre da Galileia e foi reconhecido, como vimos, e não apenas nesse versículo, mas em todo o Novo Testamento, como o mestre, tanto o mestre divino quanto o mestre da humildade. Então, aqui, fechamos o primeiro ponto. Agora, vamos para o segundo tópico da lição.

O ensino das Escrituras na igreja do primeiro século. Neste segundo tópico, temos três assuntos. O primeiro é a ordem de Jesus. O segundo é a doutrina dos apóstolos. E o terceiro é a perseverança no ensino, o ensinamento persistente. A ordem de Jesus foi: “Vão por todo o mundo, ensinem todas as nações, batizando-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, ensinando-as a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado.” Como está em Mateus, capítulo 28, versículos 19 e 20.

Se o pastor Emmanuel já falou um pouco sobre isso, então vamos passar para o segundo ponto que já foi comentado. A ordem de Jesus foi dada. Já falamos, não é uma opção. É uma necessidade. É necessário o ensinamento. E por isso, agora entramos no segundo subponto, a doutrina dos apóstolos. Na verdade, quando falamos da doutrina dos apóstolos, não é porque a doutrina era dos apóstolos, mas porque os apóstolos ensinavam. Eles ensinavam o quê? A palavra de Deus, a Bíblia Sagrada, as Escrituras Sagradas. E nessa perseverança, veja bem, era ensinado e o ensinamento que estamos falando aqui não é um ensinamento meramente de guardar na mente, mas um ensinamento que entra na mente e na vida da pessoa. Na vida. Por exemplo, qual é a relevância, qual é a importância de nós, todo domingo, toda terça-feira pela manhã, estarmos aqui na Escola Bíblica Dominical, se, quando termina, nós saímos para fora e não absorvemos aquilo que está sendo ensinado? Nenhuma, importância nenhuma. A importância, quem dá a importância para aquilo que está sendo ensinado ou não, é a pessoa que está recebendo. Para mim, para mim é importante. Então, eu retenho, tudo aquilo que eu vou aprendendo, eu vou absorvendo, porque para mim é importante. Mas, se para a pessoa, outra pessoa não for importante, aquilo ali passa como um pato. O pato, você reparou, ele não se molha, ele entra dentro da água, só que a água não penetra. Ele se sacode e está seco na mesma hora, porque não penetra. A maioria das pessoas é assim. Só que não absorve, porque não é importante aquilo. Então, todo o tempo gasto pela pessoa se resume a nada. Porque a pessoa não aprende, ela é como um pato. Ela entra dentro da água, mas ela não se molha. Ela entra dentro da água, ela sai, se sacode, e é como se nunca tivesse entrado dentro da água. É a mesma coisa que está acontecendo hoje. As pessoas ouvem, só que elas têm uma barreira. Elas não perseveram, persistentemente. Elas não perseveram. Elas não dão importância àquilo que estão ouvindo. Elas não dão importância. A palavra tem que penetrar, ela tem que ser absorvida.

O seu espírito, a sua alma, o seu corpo tem que querer, tem que aceitar a palavra de Deus. Como o Salmista Davi disse, “guardei”. Quando o Salmista diz “guardei”, ele está dizendo que ele absorveu. É como você pegar a palavra na mão. E você, lá no seu armário, abrir ele, o armário é a sua própria vida, e colocar lá dentro e fechar a porta. Então, “guardei a tua palavra no meu coração”, não é no coração, é na minha… O coração, como já falamos, é a vida. Na minha vida! A palavra de Deus, ela tem que estar na nossa vida. E é isso que eles faziam. Então, ó, perseverar na doutrina dos apóstolos é mais do que apenas ouvir, porque ouvir você pode ser igual a um pato, ouvir e aquilo ali não surtir efeito nenhum, não absorver. Então, você tem que absorver. E quando nós guardamos, nós só aprendemos de fato aquilo que nós guardamos. Aquilo que você não consegue guardar, você não aprendeu. A palavra “aprender” está relacionada à prisão. Por exemplo, quando eu digo assim, o meliante foi apreendido. Ele foi preso. Quando fala “aprender”, é você prender. É prender. Prender onde? Em mim. É você pegar isso, por exemplo, está saindo daqui, da revista, e prender onde? Dentro de você. Aí está aprendido. Então, eu aprendi porque saiu daqui, agora está aqui. É pegar, é prender, guardar. Então, nós temos que aprender tudo aquilo que você ouve, mas que você não aprende, não fica, significa que não aprendeu. A maioria das pessoas hoje, elas ouvem, elas escutam, mas não aprendem. Isso é fato, é notório. Mas Jesus manda o seguinte, em Mateus, capítulo 28, versículo 20, ele diz, “ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado”. Ou seja, aprender. Aprender onde? Dentro. Dentro. Dentro. Então, na igreja, nós vemos que, na igreja, estou falando é… é o modo em geral, né? As pessoas que se dizem crentes, não há… um aprendizado de fato, não há um compromisso com isso, mas… Vemos na Igreja de Atos dos Apóstolos que eles perseveravam na doutrina.

A palavra “doutrina” significa ensino. Doutrina é ensino. A mesma coisa, a palavra “doutrina” significa ensinamento. Então, eles perseveravam no ensinamento da palavra de Deus. Perseverar… é continuar sempre. Eles não aprendiam hoje e desaprendiam amanhã. Não, eles continuavam, aquilo ali continuava neles. Eles não esqueciam. Não havia esquecimento. Perseverar é não esquecer. É sempre. Sempre. Agora, vamos para o último ponto, porque a hora já se esgotou. A importância do dom ministerial de mestre. A importância. Por que é importante? Por que o dom ministerial de mestre é importante? Muita gente confunde, e por exemplo, em João, fala assim, “vós tendes a unção do Santo e sabeis tudo”. Olha, aí… Não é? Lá não está falando, não quer dizer que a pessoa vai saber tudo de tudo. Não é isso. Lá está dizendo que nós sabemos tudo, mas em relação ao falso ensino, aos falsos ensinamentos, aos falsos profetas, não ao verdadeiro. Se isso fosse verdade, não precisaríamos de mestre, não precisaríamos de profeta, não precisaríamos de pastor, não precisaríamos de evangelista, não precisaríamos mais de nada, porque todo mundo já saberia de tudo. Se existe a figura na igreja do mestre, se existe a figura do profeta, se existe a figura do pastor, é porque não é verdade. Se fosse, não precisaríamos de pastor, não precisaríamos de mestre, não precisaríamos de profeta. Então, qual é a importância? A importância é, veja bem, primeiro, uma necessidade urgente na igreja. É, primeiro, falar… das informações exegéticas, históricas, literárias da Bíblia, ou seja, é interpretar a Bíblia de forma correta. Por exemplo, irmãos, um exemplo. Eu posso ser um homem de Deus, uma pessoa de Deus, e eu posso ler a Bíblia e interpretar a Bíblia de uma forma errada. Isso é possível. Por isso que tem que ter o mestre na igreja. Porque nós, como seres humanos, podemos interpretar, mesmo nós sendo corretos, sinceros, honestos, homens de Deus, mulheres de Deus, mesmo assim, podemos ler algo, pensar que é uma coisa, mas na verdade é totalmente o contrário, diferente. Então, o mestre traz isso, ele reúne as informações exegéticas, históricas, literárias da Bíblia. Não, mas não é só isso, mas inclui isso também. Outra coisa, o combate contra a superficialidade bíblica, ou seja, a Bíblia… Existem camadas de ensinamentos. Camadas. Por exemplo, a Bíblia chama uma camada de ensino, Pedro chama de leite racional. Leite racional significa o raso. A Bíblia tem uma parte rasa de ensinamento. Que é… aquela parte essencial para a salvação. Essencial para a salvação. Tudo que é essencial para a salvação, que é a vida eterna, a Bíblia chama de leite. Leite. Porque é o básico do básico, é o ensinamento básico do básico do básico. É o raso. A maioria das pessoas não ultrapassam o raso, só ficam no raso, mas a Bíblia não é só o raso. A Bíblia tem outras camadas mais profundas. Só que só pode chegar às camadas mais profundas se foi absorvido o raso.

Não tem como dar alimento sólido se a pessoa não consegue nem digerir o leite. E isso não é questão de meses, é questão de anos, de vida. O nível, e aí chama de nível espiritual, não é nível intelectual, não é nível de idade, é nível espiritual. Então, na maioria das vezes, ficamos no leite, alimento sólido aqui, não é… como a gente às vezes pensa, de palavra muito pesada, assim no sentido de doutrinário, de vestes, de comportamento, não. Isso é raso. A forma de me vestir é leite. A forma de falar é leite. A forma de me expressar é leite. Isso é o raso, é o básico do básico, para ser servo de Deus. Sólido é aquilo que entra naquilo que é mais difícil, mais complicado, que é uma seara que nem todos nós entramos. E, por fim, a infantilidade espiritual, que, juntando esse raso, e a infantilidade, porque o leite é para criança mesmo, mas se não houver um alimento sólido também, vai levar ao desvio. Por isso que tem muitas igrejas por aí, como o pastor Emmanuel acabou de dizer aqui. Por quê? Porque eles não saem do raso. E no raso você não vai ter ali dentro maturidade. Você vai ter só criança, no sentido espiritual. E essas crianças vão fazer besteira, ou seja, vão se desviar da fé. E vai entrar o que está em 2 Timóteo. 2 Timóteo, capítulo 4, versículo 3, que diz assim: “Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina. Mas, tendo coceira nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências”. Como o pastor Emmanuel falou, a igreja que não está do jeito que eu quero, eu vou buscar uma igreja do meu jeito, conforme a pessoa gosta, conforme a pessoa quer. Então, vai chegar um tempo, Paulo está falando, que as pessoas vão selecionar aquilo que elas querem ouvir. E aí vão trazer doutores, ensinadores, conforme o próprio pensamento delas, de acordo com o que ela pensa. E é o que chamamos de falsos ensinadores, falsos mestres, falsos profetas. Qual a responsabilidade então nossa em cima disso? Muito grande.

Qual é o requisito necessário para ser mestre? A gente vai ver, mas antes, vamos ver o segundo ponto rapidamente. A responsabilidade de um discipulado contínuo. Veja bem, ensinar é perigoso. Nós nunca devemos afirmar nada que tenhamos dúvida. Nunca devemos afirmar nada que a Bíblia não diz, e dizer que ela diz. Nunca devemos dizer que a Bíblia não diz quando ela diz. Se não sabemos que ela diz, temos que dizer assim: “Até onde eu sei, até onde eu li, eu nunca vi isso na Bíblia”. Mas, se não temos certeza, se não lemos a Bíblia toda, nunca podemos dizer que não está na Bíblia. Porque, se eu não li a Bíblia toda, como vou saber se está ou não está? Então, é muito sério isso. E veja bem, nós não devemos querer ser mestre. Querer ser. Nós não devemos querer ser. Porque, como… A palavra de Deus diz assim, o apóstolo Paulo diz, “quem deseja o episcopado, excelente obra deseja”. Aí está falando, é um desejo bom. Mas, quando fala em mestre, a palavra de Deus, ela não diz que é um desejo bom. Ela até desencoraja a gente ser mestre, como está em Tiago, capítulo 3, versículo 1. Diz assim: “Meus irmãos, muitos de vós não sejais mestres, sabendo que receberemos mais duro juízo”. Então, ele está dizendo o seguinte, que a maioria não é para ser. Porque o juízo vai ser mais duro do que para aquele que não é. Ou seja, a gente pensa assim, ah, o inferno, o inferno é assim. Lança todo mundo lá dentro, todo mundo vai ter o mesmo castigo. Não, os castigos vão ser diferentes. Não é o mesmo para todo mundo, não. Uns vão sofrer mais e outros menos. Quando fala “mais duro juízo”, o que significa que vai ser mais duro o juízo. É isso que ele está falando, isso que ele está dizendo. Então, muitos hoje estão se fazendo de mestres. Muitos. Tem gente, irmãos, que chega ao absurdo, igual, por exemplo, ó. A Bíblia, ela é a palavra de Deus. Ela não foi escrita em português, ela foi escrita em quê? Em hebraico e grego. Aí tem gente que não lê, por exemplo, eu, Tiago, eu não leio hebraico, eu não leio grego, eu leio português. Mas tem gente que não lê nem português direito, nem fala português direito, e diz assim: “No hebraico é isso, no grego é aquilo”. Como se… ele lesse hebraico, lesse grego, mas na verdade não lê. Ele está ali se apresentando. Se apresentando querendo mostrar uma coisa que não é. Que não é. Então, nós não podemos de forma nenhuma mostrar aquilo que nós não somos. A gente tem que ser aquilo que nós somos. A gente não pode querer ser uma coisa que nós não somos. Porém, porém, preste atenção. Nós temos o dever de estudar a palavra de Deus. Em português, nós temos a Bíblia toda escrita em português, glória a Deus, por isso, aleluia. Nós temos a revista da Escola Bíblica Dominical toda em português, que nós podemos ler, reler toda.

Nós temos aqui o livrinho da Escola Bíblica Dominical, que nós podemos ler e reler. Nós temos o manual da igreja que podemos ler, reler. Nós temos a declaração de fé da igreja. Nós podemos ler, reler. Nós temos dicionário. Nós temos comentário bíblico. Nós temos tanto material que podemos ler e reler, que não precisamos ficar inventando moda como a maioria das pessoas inventa. Então, finalizando. Quais são os requisitos para ser mestre? Primeiro, tem que ser salvo. Uma pessoa que não é salva, ela não pode ensinar. Segundo, o hábito de ler. Principalmente, ler a Bíblia. Se a pessoa não lê a Bíblia, como ela vai ensinar a Bíblia se ela não lê a própria Bíblia? Não tem lógica. Então, tem que ler a Bíblia. Terceiro, preparo intelectual. Ou seja, não só ler a Bíblia, mas pegar outros materiais, ver o que outras pessoas estão lendo também. E, por fim, um coração em chamas. Coração em chamas é a pessoa realmente ser convertida, ter o desejo de se dedicar à vocação. Tudo o que fazemos, temos que ser dedicados. E aqui, ao ensinar, também… Tem que se dedicar. Como a Bíblia fala, “haja dedicação”. Então, coração em chamas é isso, é se dedicar. Quando… Buscar, exatamente, isso aí. Buscar aquilo que ele não sabe. Está em constante movimento, buscando algo a mais. E nós, todos nós, devemos sempre ter a humildade de receber, todos nós, de receber, porque isso mostra o quê? Como o pastor falou, de amor. Quando nós recebemos a palavra de Deus, significa que o amor de Deus está no nosso coração, nós estamos retendo o bem, aquilo que é bom. Concluímos agora essa lição. No primeiro ponto da lição, vimos que Jesus, o Mestre da Galileia, é reconhecido no Novo Testamento tanto como mestre divino quanto como mestre da humildade. Então, aqui, primeiro ponto fechado, agora vamos para o segundo tópico da lição.

O ensino das Escrituras na igreja do primeiro século. Neste segundo tópico, temos três assuntos. O primeiro é a ordem de Jesus. O segundo é a doutrina dos apóstolos. E o terceiro é a perseverança no ensino, o ensinamento persistente. Uma ordem de Jesus. Jesus disse: “Ide por todo o mundo, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, ensinando-as a guardar todas as coisas que vos tenho mandado”. Como está em Mateus, capítulo 28, versículos 19 e 20.

Se o pastor Emmanuel já mencionou isso brevemente, vamos então avançar para o segundo ponto que já foi abordado. A ordem de Jesus já foi estabelecida. Já discutimos que seguir seus ensinamentos não é uma opção, mas uma necessidade. Portanto, agora abordaremos o segundo subponto: a doutrina dos apóstolos. Na verdade, quando menciono a doutrina dos apóstolos, não é porque a doutrina pertencia aos apóstolos, mas porque eles eram os que ensinavam. O que eles ensinavam? Ensinavam a Palavra de Deus, a Bíblia Sagrada, as Escrituras Sagradas. E nessa persistência, é importante notar que o ensino não era apenas algo para ser retido na mente, mas era algo que permeava a mente e a vida da pessoa.

Por exemplo, qual é a relevância, qual é a importância de estarmos aqui todo domingo, toda terça-feira de manhã na Escola Bíblica Dominical, se ao sairmos não aplicamos o que foi ensinado? Nenhuma. A importância de um ensino depende da pessoa que o recebe. Para mim, é importante. Assim, retenho tudo o que aprendo porque é significativo para mim. Mas, se para outra pessoa não for importante, passará desapercebido, como um pato na água. O pato se molha, mas a água não penetra suas penas. Ele sacode e fica seco imediatamente. A maioria das pessoas é assim com o ensino: não absorve porque não vê importância. Portanto, o tempo que gastam acaba não agregando nada, pois não aprendem verdadeiramente, assim como um pato que entra na água mas não se molha.

Hoje em dia, as pessoas ouvem, mas existe uma barreira. Elas não persistem; não dão importância ao que estão ouvindo. A palavra precisa penetrar, ser absorvida. O espírito, a alma e o corpo devem desejar e aceitar a Palavra de Deus. Como disse o Salmista Davi, “guardei”. Quando Davi fala “guardei”, ele está dizendo que absorveu a palavra. É como pegar a palavra, abrir o armário da sua vida, colocá-la lá dentro e fechar a porta. Então, “guardei tua palavra no meu coração” significa na minha vida! A Palavra de Deus deve estar em nossa vida. E isso era o que eles faziam.

Portanto, perseverar na doutrina dos apóstolos é mais do que apenas ouvir. Ouvir pode ser como ser um pato, ouvir e não ser afetado. Portanto, você deve absorver. E só aprendemos de verdade aquilo que conseguimos reter. A palavra “aprender” está relacionada à retenção. Por exemplo, quando dizemos que um criminoso foi “apreendido”. Ele foi capturado. Aprender é capturar a informação dentro de si. Quando algo sai da Bíblia e você o prende dentro de si, aí está aprendido.

A maioria das pessoas hoje ouve, mas não aprende. Isso é um fato notório. Mas Jesus instrui, em Mateus 28:20, “ensinando-os a observar tudo o que vos ordenei”. Ou seja, aprender internamente. E na igreja, vemos que, na prática, muitos que se dizem crentes não têm um aprendizado verdadeiro ou um compromisso com isso, mas vemos na Igreja Primitiva, em Atos dos Apóstolos, que eles perseveravam na doutrina.

A palavra “doutrina” significa ensino. Então, eles persistiam no ensinamento da Palavra de Deus. Perseverar é continuar sempre; não é aprender hoje e esquecer amanhã. É uma contínua retenção, um constante não esquecer.

Agora, sobre a importância do dom ministerial de mestre, muitos confundem, mas como está escrito em João, “vós tendes a unção do Santo e tudo sabeis”, isso não significa saber tudo sobre tudo, mas em relação ao falso ensino, aos falsos ensinamentos. Se fosse verdade que todos soubessem tudo, não precisaríamos de mestres, profetas, pastores ou evangelistas na igreja. A necessidade do mestre é urgente para interpretar corretamente a Bíblia e para combater a superficialidade nas Escrituras, que muitos não ultrapassam o básico, o “leite”, como é chamado na Bíblia, e não avançam para o “alimento sólido” necessário para um entendimento mais profundo e uma maturidade espiritual.

Agora, finalizando, os requisitos para ser um mestre incluem ser salvo, ter o hábito de ler a Bíblia, ter preparo intelectual para entender e explicar a doutrina corretamente, e um coração ardente, dedicado à tarefa de ensinar. Como diz a Bíblia, “haja dedicação”. E todos nós devemos ter a humildade para receber o ensino, pois isso reflete o amor de Deus em nossos corações, retendo o que é bom.

Assim concluímos a lição. No primeiro ponto, reconhecemos Jesus, o Mestre da Galileia, como o mestre divino e humilde. No segundo, discutimos o ensino das Escrituras na Igreja do Primeiro Século. E, por último, destacamos a importância crucial do dom ministerial de mestre para a igreja.

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