Vivendo o Chamado à Santidade

Vivendo o Chamado à Santidade

Lavados, Justificados e Santificados: Vivendo o Chamado à Santidade

Amém, Jesus! Glória a Deus!
Irmãos, hoje lemos o capítulo 6 de 1º Coríntios, do versículo 1 ao 11, e vamos meditar um pouco nessa Palavra nesta noite. Basearemos nossa reflexão em alguns versículos deste capítulo e, à medida que avançarmos, também faremos referência a outros textos.

Vamos começar pelo último versículo lido, o versículo 11. Observem que o apóstolo Paulo escreve à igreja em Corinto, trazendo instruções para corrigir problemas que estavam acontecendo entre os irmãos. No capítulo 6, ele aborda um tema muito importante: as desavenças, os desentendimentos e as divisões que estavam surgindo entre os membros daquela igreja.

O apóstolo Paulo, inspirado pelo Espírito Santo, descreve como deve ser o verdadeiro procedimento dos servos de Deus. E, no versículo 11, ele apresenta as características que devem ser evidentes na vida daqueles que nasceram de Deus. Este versículo nos mostra que o homem e a mulher de Deus passam por um processo. Na verdade, Paulo destaca quatro processos que marcam a vida de um servo de Deus.

Irmã Carmem, poderia, por gentileza, ler o versículo 11 para nós?

Vamos continuar no último versículo que lemos em 1º Coríntios, capítulo 6, versículo 11. Observem, irmãos, que o apóstolo Paulo encerra este trecho falando sobre as características positivas da igreja, ou seja, características boas que vêm de Deus. Porém, antes de chegar a essas características, ele destaca os erros que estavam sendo cometidos por algumas pessoas na igreja de Corinto.

Antes de falarmos sobre esses erros – as características negativas –, vamos nos concentrar no que a irmã Carmem acabou de ler. Paulo descreve as características do servo de Deus, daquele que nasceu de novo. Essas características revelam uma mudança, um processo de transformação. E, se essas características não estão presentes, é porque, talvez, essa pessoa ainda não tenha nascido de novo.

Irmã Carmem, por favor, leia novamente o versículo 11. Agora, vamos prestar atenção e analisar por partes. Paulo começa dizendo o que nós somos:
“Mas fostes lavados.”

O que significa ser lavado? Significa que fomos limpos. Antes estávamos sujos pelo pecado, mas, agora, fomos purificados. O servo de Deus experimenta essa diferença, essa limpeza espiritual, que o separa do estado em que vivia antes de conhecer a Cristo.

No contexto do capítulo 6, o apóstolo Paulo faz uma distinção clara entre os injustos – aqueles que vivem como ímpios – e os justos, que agora vivem conforme a vontade de Deus. Essa separação é evidenciada pelo fato de que os servos de Deus foram lavados, tornando-se diferentes do mundo.

Quando a Palavra de Deus diz que fomos “lavados,” significa que fomos purificados do pecado – não apenas da culpa, mas também da prática do pecado como estilo de vida. Antes, vivíamos sob o domínio do pecado, mas, agora, o sangue de Jesus nos lavou e nos transformou.

Para entendermos melhor, voltemos ao versículo 10, onde o apóstolo Paulo menciona as coisas das quais fomos lavados. Ele descreve claramente o que antes existia em nós. Irmã, por favor, leia o versículo 10.

Paulo lista comportamentos e práticas que caracterizam a vida distante de Deus, dizendo que nós fomos lavados dessas coisas. E o que são essas coisas? São os pecados e as práticas que antes nos dominavam. Quando somos lavados, essas coisas não podem mais estar presentes em nós. O pecado já não é mais parte de nossa identidade.

A diferença entre os que servem a Deus e os que não servem está justamente aqui: fomos lavados. Isso significa que o pecado e a prática contínua do pecado já não têm lugar em nossas vidas. Como servos de Deus, devemos viver em santidade, rejeitando o que nos afastava do Senhor.

Quando a Bíblia diz que fomos lavados, está afirmando que fomos purificados e transformados. Essa nova condição deve se refletir no nosso viver diário. O pecado não pode mais estar em nós, porque fomos feitos novos em Cristo.

Depois de sermos lavados, o que acontece? Veja bem, irmãos, após sermos purificados, como João Batista declara: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (João 1:29), Jesus remove de nós o pecado. Ele nos lava, tirando o que nos separava de Deus. Mas o processo não termina aqui. Depois que Ele tira o pecado, Ele realiza outro passo.

Irmã Carmem, por favor, continue a leitura. A Palavra diz que depois de lavados, fomos santificados.

Santificação significa separação. Pensem em três objetos sujos. Quando você limpa um deles e o separa dos outros dois, isso é santificação. É a separação de algo que foi purificado. Da mesma forma, Deus nos separou das práticas que eram imundas, das coisas que não agradavam a Ele. Fomos lavados e, em seguida, santificados.

Mas o processo continua. Santificação é como um degrau, e há um próximo passo. Irmã Carmem, por favor, prossiga. A Palavra diz que fomos justificados.

O que significa justificação? Justificação é o selo de qualidade de Deus sobre nossas vidas. É quando Deus olha para aquilo que foi separado e diz: “Está limpo.” É a garantia divina de que estamos purificados. Quando somos justificados, Deus declara que estamos em conformidade com a Sua justiça.

Pensem no seguinte exemplo: quando somos servos obedientes a Deus, tementes e submissos à Sua vontade, às vezes precisamos justificar algo, como uma falta. Comunicamos o motivo da nossa ausência, apresentamos uma explicação que traz justiça à situação. Assim é a justificação diante de Deus: Ele observa a nossa vida transformada, santificada, e declara que estamos limpos.

A Palavra nos mostra que o verdadeiro servo de Deus passa por esse processo: primeiro, é lavado; depois, santificado; e, por fim, justificado. É um processo completo que Deus realiza em nós, garantindo que estamos em comunhão com Ele e aptos a viver de acordo com Sua justiça.

A justiça, irmãos, é dar a cada um aquilo que merece. Porém, naquela igreja, havia um problema: alguns irmãos, que deveriam ser considerados santos, estavam agindo de maneira que contrariava esse princípio.

Irmão Michel, por favor, leia o versículo 1 do capítulo 6 novamente. Observem que o apóstolo Paulo faz uma pergunta. Mas essa pergunta é retórica, pois Paulo já sabe a resposta. Ele questiona a atitude de alguns irmãos que levavam os problemas da igreja para serem resolvidos por pessoas do mundo, ou seja, por aqueles que não conheciam a Deus.

Paulo escreve: “Há alguém entre vós que, tendo questão contra outro, ouse ir a juízo perante os injustos, e não perante os santos?” Quando ele fala de “alguém ousado,” ele está se referindo a alguém abusado, alguém que ultrapassa os limites. Essas pessoas, em vez de resolverem os problemas dentro da igreja, buscavam justiça perante os injustos – aqueles que, segundo Paulo, não foram lavados, não foram santificados e não foram justificados por Deus.

O apóstolo Paulo está trazendo seriedade a esse assunto. Ele está nos lembrando que a igreja tem um padrão diferente do mundo. Não podemos agir como aqueles que ainda não experimentaram a transformação de Deus.

Irmãos, às vezes, não temos noção da posição em que Deus nos colocou. Ele nos chamou para sermos diferentes. Nossa posição é outra. Nós não somos mais iguais ao mundo. Fomos lavados, santificados e justificados, e isso nos coloca em um patamar espiritual elevado, com responsabilidade e sabedoria para resolver as questões entre nós.

Que possamos refletir sobre essa diferença e lembrar que Deus nos separou para vivermos conforme Sua justiça e para resolvermos nossas questões com discernimento e amor, dentro do Corpo de Cristo.

Nós somos diferentes, irmãos. Não importa quem seja, mas, se a pessoa é verdadeiramente um servo ou uma serva de Deus, ela é diferente. E essa diferença deve se manifestar em todas as áreas da vida, em todos os sentidos.

Naquela época, as pessoas da igreja enfrentavam problemas entre si e, em vez de resolverem essas questões dentro da comunidade de fé, levavam os problemas para a justiça comum ou para pessoas que não faziam parte da igreja. Irmãos, reflitam: a pessoa que vive na prática do pecado – que profere palavrões, que xinga, que é idólatra, imoral, maldizente, bêbada, ladra, adúltera ou que vive uma vida desregrada diante de Deus – essa pessoa é justa ou injusta?

De acordo com o texto que lemos, a Palavra de Deus deixa claro: essas pessoas são injustas. Deus as chama de injustas, porque não vivem segundo os Seus padrões. E o apóstolo Paulo reforça isso, dizendo que são injustos.

Agora, Paulo faz uma pergunta séria e direta: como pode alguém, sendo ousado ao ponto de ignorar a diferença entre justos e injustos, levar questões da igreja para serem julgadas por essas pessoas? O apóstolo está destacando a incoerência dessa atitude. Ele questiona como os irmãos podiam recorrer a pessoas que não conhecem a Deus para resolverem conflitos dentro da igreja.

Paulo nos ensina que, como servos de Deus, devemos ser diferentes em nossa conduta e em nossas escolhas. Não podemos agir como aqueles que não foram lavados, santificados e justificados. Precisamos refletir essa diferença em todas as áreas de nossas vidas, inclusive na maneira como tratamos e resolvemos nossas diferenças.

O apóstolo Paulo nos ensina que o mundo não tem autoridade espiritual para julgar a igreja, porque a igreja está separada do mundo. Quando falamos do “mundo,” estamos nos referindo às pessoas que vivem fora da fé, aquelas que não estão na graça e na comunhão com Deus. Não importa quem sejam – pode ser sua mulher, seu filho, sua filha, seu genro, sua sogra, seu vizinho – se a pessoa não está na fé que uma vez foi dada aos santos, ela é considerada injusta. É isso que Paulo deixa claro: a diferença entre justos e injustos.

Agora, vejamos o versículo 2. Irmã Michelle, por favor, leia o início do versículo. Observem que Paulo faz outra pergunta retórica:
“Não sabeis vós que os santos hão de julgar o mundo?”

Quem são os santos aqui? Paulo não está falando de pessoas perfeitas, porque sabemos que os membros da igreja de Corinto estavam errando. Mas, mesmo assim, ele os chama de santos. Os santos, neste contexto, são aqueles que fazem parte da igreja, que foram lavados, santificados e justificados, como vimos no versículo 11.

Então, Paulo está dizendo que os santos – os membros da igreja – têm uma posição espiritual superior, porque hão de julgar o mundo. A lógica dele é clara: se a igreja julgará o mundo no futuro, como é que agora vocês recorrem ao mundo para resolver questões da igreja? O mundo não pode julgar a igreja, porque o mundo está sujeito ao julgamento da igreja.

O que significa julgar? Significa discernir, declarar o que é certo ou errado à luz da vontade de Deus. Paulo está nos lembrando que os santos terão essa autoridade no futuro. E ele confirma:
“Ora, se o mundo deve ser julgado por vós, sois porventura indignos de julgar as coisas mínimas?”

A palavra “deve” aqui é usada para expressar obrigação, algo que certamente acontecerá. Não é uma opção, não é um desejo; é um fato. Deus deu à igreja essa responsabilidade e autoridade espiritual.

Portanto, irmãos, Paulo está corrigindo os crentes de Corinto por agirem de forma contrária ao propósito de Deus. Eles estavam pedindo ao mundo, que será julgado, para resolver questões da igreja, que é chamada a julgar. Isso revela a inversão de valores que Paulo queria corrigir, chamando-os a compreender a posição de autoridade que Deus deu à Sua igreja.

Ora, se o mundo deve ser julgado por vós, quem são os santos? Somos nós, irmãos! Paulo deixa isso muito claro quando diz: “julgado por vós.” Ele está se referindo aos santos, os membros da igreja, aqueles que foram lavados, santificados e justificados.

Então, se nós, os santos, vamos julgar o mundo, o que Paulo está dizendo? Que temos capacidade de resolver os problemas que surgem entre nós, dentro da igreja. Isso significa que, quando há um desentendimento entre irmãos, não é para levarmos essas questões para parentes, amigos ou vizinhos que não estão na fé. Isso seria agir em desacordo com a Palavra de Deus.

O que devemos fazer? Resolver entre nós. Paulo explica isso de forma clara e prática: a igreja tem a capacidade e a autoridade para lidar com seus próprios problemas.

Agora, reflitamos: o verdadeiro servo ou serva de Deus passa por problemas com outros irmãos? Sim, com certeza! Embora sejamos chamados de santos, ainda somos humanos. Estamos sujeitos a erros. Eu posso errar contra o irmão Otair, e ele pode errar comigo. Eu posso errar contra o pastor, e ele comigo. O irmão Nelson também pode errar. Ninguém está livre disso, porque ainda estamos em um processo de santificação.

Mas o que acontece muitas vezes? Em vez de buscarmos a reconciliação, como a Bíblia ensina, algumas pessoas criam confusão, querem fazer “barraco” e levam esses problemas para fora da igreja, para pessoas que não deveriam estar envolvidas.

Irmãos, precisamos lembrar que a Palavra nos orienta a buscar a reconciliação. Como servos de Deus, é nosso dever lidar com os problemas de forma bíblica e sábia, dentro da comunidade de fé, promovendo a paz e a unidade no Corpo de Cristo.

Quando começamos a julgar a igreja, nos afastamos de Deus. E, em vez de evangelizar – aproximando as pessoas de Deus –, acabamos fazendo o oposto: “des-evangelizamos,” afastando ainda mais as pessoas do Senhor.

Agora, eu pergunto: será que eu, será que você, será que nós queremos ser alguém que afasta outras pessoas de Deus? Quem quer fazer isso? Quem é que afasta as pessoas de Deus? Sabemos que quem faz esse papel é o inimigo, o diabo. Ele veio para “matar, roubar e destruir” (João 10:10).

Se, como irmãos, afastamos pessoas de Deus, nos tornamos instrumentos do diabo, porque estamos servindo ao propósito dele: roubar a salvação das pessoas, destruir vidas espirituais e, muitas vezes, difamar a igreja, que a Bíblia chama de “santa.” Isso é um problema grave, irmãos, e precisamos refletir sobre isso. Não podemos agir de maneira que prejudique a obra de Deus e afaste aqueles que precisam se aproximar Dele.

Portanto, o que deve sair de nossas bocas? Apenas aquilo que edifica, que melhora, que promove o bem. Devemos ser sábios em nossos relacionamentos, tanto com as pessoas dentro da igreja quanto com aquelas de fora. Nosso testemunho deve refletir o caráter de Cristo.

Continuando no versículo 6, o apóstolo Paulo nos ensina algo muito importante: problemas existirão. Sempre haverá situações difíceis, conflitos e desafios. Mas o que precisamos é de sabedoria, sabedoria que vem de Deus, para resolver essas questões de forma que não causem dano à igreja, às pessoas envolvidas ou àqueles que estão fora, observando nosso testemunho.

A Palavra de Deus nos lembra que somos separados. Fomos chamados para ser diferentes. Por isso, precisamos lidar com os problemas de maneira que glorifique a Deus e preserve a unidade do Corpo de Cristo. Amém?

Irmão Arthur, por favor, leia o versículo 5 para nós.

Olhem só, irmãos, o apóstolo Paulo está trazendo uma palavra dura para a igreja de Corinto. É uma palavra de exortação. Ele está dizendo algo forte: “Para vos envergonhar o digo.” Ou seja, Paulo não está apenas apontando o erro, mas também destacando a gravidade da situação. Ele está expondo a vergonha da igreja por não agir conforme o padrão de Deus.

O que Paulo está dizendo aqui? Ele continua:
“Não há, pois, entre vós sábios, nem mesmo um, que possa julgar entre seus irmãos?”

Ele está perguntando: Será que não há sequer uma pessoa sábia entre vocês, alguém que saiba resolver um problema? Isso é uma chamada à reflexão e à vergonha. Paulo está dizendo que é vergonhoso para a igreja de Corinto não conseguir resolver questões internas. É como se ele perguntasse: “Vocês não conseguem lidar nem com os problemas entre vocês? Será que é preciso recorrer ao mundo?”

E agora, irmãos, eu pergunto: será que entre nós, aqui na igreja, alguém agiria da mesma forma? Será que, ao enfrentarmos um problema, abriríamos nossas questões para as pessoas do mundo, expondo a igreja e ignorando os ensinamentos da Palavra? Será que seremos essa vergonha que o apóstolo Paulo está mencionando aqui?

Paulo está nos chamando à responsabilidade. Ele nos ensina que devemos resolver nossas questões dentro da igreja, com sabedoria, amor e maturidade espiritual. Não devemos permitir que nossos erros se tornem motivo de escândalo para o mundo.

Que possamos refletir sobre isso, irmãos, e buscar ser uma igreja sábia, que honra a Deus em suas atitudes e resolve suas questões com discernimento. Amém?

O apóstolo Paulo está deixando claro: não é para ser assim. Quando agimos dessa forma, recorremos ao mundo para resolver questões internas da igreja. E, se fazemos isso, o que nos tornamos diante de Deus? O que a Palavra nos diz? Vamos ao versículo 8. Irmão Marley, por favor, leia o versículo 8.

Paulo nos ensina que, quando buscamos o julgamento de pessoas do mundo, em vez de resolvermos nossas questões dentro da igreja, estamos cometendo uma injustiça. Estamos nos tornando injustos diante de Deus. Ao invés de sermos justos, nos igualamos ao mundo. Nos comportamos como ímpios – como aqueles que não seguem a Palavra de Deus.

A Bíblia nos alerta que a pessoa que age dessa maneira está desviada, fora do caminho. Essa pessoa não está vivendo em obediência à Palavra de Deus. E, ao agir assim, ela causa dano. Irmã Marli leu para nós: essa pessoa “faz dano” não só a si mesma, mas também à igreja e ao testemunho cristão.

Agora, irmãos, surge uma pergunta importante: qual deve ser o nosso comportamento em relação a uma pessoa que age dessa forma? Devemos permanecer próximos a ela? A resposta é não. Por quê? Porque o comportamento dela – que podemos chamar de doença espiritual, como rancor, ódio, ira, raiva ou fofoca – pode nos contaminar.

Pensem no seguinte exemplo: se algo está sujo e encostamos nele, o que acontece? Nossa roupa também fica suja. Da mesma forma, quando o justo se junta com o injusto, corre o risco de ser influenciado e de também se tornar injusto.

Por isso, irmãos, precisamos ter cuidado com as nossas companhias e com as influências que permitimos em nossas vidas. Devemos buscar a santidade, evitando comportamentos e relacionamentos que nos afastem de Deus e do caminho da obediência. O justo deve permanecer separado, vivendo conforme a vontade de Deus. Amém?

Não há outro caminho, irmãos. Por isso o apóstolo Paulo, no versículo 11 do capítulo 5, nos traz uma advertência importante. Irmã Marli, por favor, leia o versículo 11 até o 12.

Paulo está falando sobre aqueles que são injustos. E quem é o injusto? É aquele que vive na prática do pecado. Não estamos falando aqui de alguém que tem o coração aberto, que deseja mudar, que busca uma vida renovada. Não! Paulo está se referindo à pessoa que já conhece a verdade, sabe que está errada, mas insiste em permanecer no erro. É sobre essa pessoa que a Bíblia nos orienta a ter cuidado.

E o que a Palavra de Deus diz? Irmã Marli acabou de ler: “Nem ainda comais com ela.” Comer, na Bíblia, simboliza comunhão. Não se trata apenas de compartilhar uma refeição física, mas de manter uma relação de proximidade e comunhão com alguém que vive deliberadamente no pecado. A Bíblia nos ensina que “não há comunhão entre a luz e as trevas” (2 Coríntios 6:14). Não podemos associar a justiça com a injustiça, o santo com o profano.

Agora, vejam o versículo 12:
“Porque, que tenho eu em julgar também os que estão de fora? Não julgais vós os que estão dentro?”

Paulo explica que cabe à igreja julgar os que estão dentro dela. Os problemas da igreja devem ser resolvidos pela igreja. Quem é a igreja? Somos nós, irmãos! A igreja é composta por cada um de nós que fomos lavados, santificados e justificados. É a nossa responsabilidade, enquanto Corpo de Cristo, cuidar de nossas questões internas com sabedoria e discernimento.

Mas, além da igreja, há ainda um julgamento maior, que está acima de todos. Deus, o justo juiz, julgará tanto a igreja quanto o mundo. Ele é soberano e está acima de toda autoridade.

Irmã Marli, por favor, leia o versículo 13 para nós.

O apóstolo Paulo nos ensina que Deus também julga aqueles que estão fora. Por isso, irmãos, precisamos ter muito cuidado. Devemos nos afastar daquelas pessoas que, mesmo dizendo-se irmãos ou até sendo crentes, têm comportamentos de ímpios. Não precisamos nos associar com essas pessoas, pois isso pode prejudicar nossa caminhada espiritual.

Nossa vida espiritual é como uma escada. Devemos sempre estar subindo, um degrau de cada vez, nos afastando das coisas do mundo e do que é errado. Subir significa nos aproximar mais de Deus, vivendo em santidade e obediência. Pergunto: para que manter comunhão com alguém cujo comportamento não reflete a vontade de Deus? Pode ser um missionário, uma missionária, um apóstolo ou evangelista. Pode ter título ou não ter, mas, se não vive de acordo com a Palavra, essa associação nos levará à decepção. Deus não quer isso para nós.

Problemas, como já dissemos, sempre vão existir. Não há igreja sem problemas. Há quem busque uma igreja perfeita, que não tem nenhum conflito, mas essa igreja não existe. E, mesmo que alguém tentasse criar uma igreja assim, ela ainda teria problemas, porque onde há pessoas, há desafios. Pior ainda, seria uma igreja nascida da rebeldia.

Entretanto, irmãos, a sabedoria de Deus, quando presente no meio do Seu povo, faz com que todas as coisas voltem ao seu lugar. Por isso, a solução para os problemas está na maneira como os enfrentamos: com sabedoria, paciência e obediência à Palavra. É assim que a Bíblia nos ensina a lidar com as dificuldades – de forma certa, de forma correta. Amém?

E agora, para encerrarmos, vamos abrir nossas Bíblias em 1º Coríntios, capítulo 6, versículo 19. Pastor Manuel, por favor, leia esse versículo para nós.

“Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós?” (1 Coríntios 6:19).

Essa pergunta que o apóstolo Paulo faz não é apenas um questionamento; é também uma resposta. Paulo nos chama à consciência de que somos o templo de Deus. Deus habita em nós, em nossas vidas, dentro de cada um de nós.

Lembrem-se de que, quando Jesus veio a este mundo, Ele veio em corpo, carne e osso. A Bíblia nos diz que Ele passou pelas mesmas necessidades que nós: sentiu fome, sede e cansaço. Mas havia algo que o distinguia: o Espírito Santo sempre o guiava, em cada passo e em cada decisão.

Hoje, nós somos o lugar onde o Espírito Santo habita. E devemos perguntar: será que o Espírito Santo, que habita em nós, vai concordar com práticas injustas ou com a injustiça? A resposta é clara: não.

Se realmente temos o Espírito Santo em nossas vidas, jamais nos associaremos com aquilo que é imundo, porque o Espírito que habita em nós é santo. Essa consciência nos dá sabedoria para saber o tempo, a hora e o momento de nos afastarmos do que não agrada a Deus. E essa sabedoria, irmãos, é algo que devemos pedir constantemente a Deus. Amém?

Vivemos em uma sociedade desafiadora, em um mundo onde a justiça, no sentido bíblico, é algo difícil de encontrar. Seja na nossa cidade, no nosso estado, no nosso bairro, ou até mesmo em nossas relações, é raro encontrar alguém que viva conforme os padrões de justiça descritos na Palavra de Deus. Isso é um reflexo do estado espiritual do mundo em que vivemos.

Por isso, entendamos que viver como templo do Espírito Santo é um processo. É uma caminhada diária, que exige de nós entrega, santidade e discernimento. Que Deus nos dê sabedoria para sermos luz em meio às trevas e para vivermos como verdadeiros templos do Espírito Santo. Amém?

Como vimos, nossa caminhada espiritual é como uma escada, e cada degrau exige esforço e luta. Hoje, onde quer que estejamos, encontramos desafios e características do mundo que tentam nos afastar da pureza que Deus deseja para nós. Isso torna nosso trabalho espiritual ainda mais importante.

Mas lembrem-se, isso não significa que somos perfeitos ou que já alcançamos a perfeição. Não! Também não significa que sejamos puros por nós mesmos. No entanto, precisamos evitar nos associar com o que é impuro, porque, ao nos misturarmos com aquilo que está sujo, corremos o risco de nos contaminar.

Deus não quer isso para nós. Não é que nos consideremos melhores do que aqueles que estão no mundo – porque não somos e não devemos nos achar superiores. Mas, pela graça de Deus, estamos em uma condição diferente. Somos chamados para sermos diferentes. Lembrem-se do que Deus fez: Ele nos lavou, nos santificou e nos justificou.

Quando Deus nos justificou, Ele deu testemunho de que não somos mais sujos. Ele declarou que estamos limpos, separados do pecado. Como Paulo diz, Deus está testificando que somos Seus, que fomos lavados e transformados. Mas o que acontece se decidirmos voltar àquilo que é impuro? Estaremos contradizendo o testemunho de Deus sobre nós.

Pensem no exemplo de Jó. Deus deu testemunho dele, dizendo: “És um homem íntegro, reto, temente a Deus e que se desvia do mal.” (Jó 1:8). Deus estava justificando Jó. E nós? Será que estamos vivendo de maneira que honra o testemunho de Deus em nossas vidas? Será que podemos decepcionar o Senhor ao nos misturarmos novamente com o que Ele já nos purificou?

Portanto, irmãos, não podemos desonrar ou contradizer o testemunho de Deus sobre nós. Somos chamados para viver como santos, justificados por Ele, e isso exige de nós santidade, compromisso e fidelidade. Que Deus nos ajude a manter o Seu testemunho vivo em nossas vidas. Amém, irmãos?

Deus nos trouxe até aqui, e aqui nós vamos parar, em nome de Jesus. Que o Senhor nos abençoe e que possamos meditar profundamente sobre esta mensagem. Talvez agora você pense: “Ah, eu não preciso disso.” Mas pode chegar um momento em sua vida em que você se verá em uma situação semelhante. E, quando isso acontecer, será essencial que você tenha o Espírito de Deus para reconhecer a verdade desta Palavra e agir com sabedoria.

Lembre-se: não abra a boca para espalhar para o mundo aquilo que não deve ser dito. Preserve o que é santo, mantenha a comunhão dentro do Corpo de Cristo, e busque sempre resolver os problemas de maneira bíblica, sem causar dano à igreja ou ao testemunho que Deus nos confiou.

Deu para entender? Amém? Que Deus os abençoe, em nome de Jesus.

Eu retorno a palavra para o pastor Emmanuel.

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