Fiquem de pé, irmãos, sem perda de tempo, para nós vermos a Bíblia, que daqui a pouco… nós temos mais trabalho a fazer. O trabalho não para. O trabalho aqui na missão apostólica é constante. Só vai parar quando nós subirmos para o céu e Jesus nos levar para a eternidade. Enquanto a gente está aqui na terra, o trabalho continua.
Abra a sua Bíblia, no Evangelho que escreveu São Lucas, no capítulo 23. Vamos ler! Vamos ler o versículo 42. Até o 48. Diz assim o versículo 42:
“E disse a Jesus: Senhor, lembra-te de mim, quando entrares no teu reino.”
Aleluia!
“E era já quase à hora sexta, e houve trevas em toda a terra até a hora nona.
E, clamando Jesus com grande voz, disse: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito.
E, havendo dito isso, expirou.
E toda a multidão que se ajuntara a este espetáculo, vendo o que havia acontecido, voltava batendo no peito.”
Amém. Somente até aqui.
Os irmãos podem se assentar. Irmãos, mais uma vez, hoje, nesta manhã, nós podemos nos considerar vencedores. Estamos terminando o ano de dois mil e vinte e um. E durante este período — hoje é 2 ou 3 de setembro —, nós devemos ser muito gratos ao Senhor, porque estamos diante de uma mesa sagrada, uma mesa santa, que traz para nós uma justificação, uma firmeza, um compromisso.
Essa mesa aqui, ela significa firmeza, compromisso com Deus. Ela representa fidelidade, honestidade, sinceridade, exemplo. Tudo isso esta mesa representa, porque a própria mesa, nesta manhã, nos remete ao sofrimento de Cristo. O sofrimento de Jesus, que se entregou diante de homens malfeitores e, entre eles, um principal malfeitor, Judas Iscariotes. Judas foi um dos discípulos que Jesus tanto confiou.
Essa confiança que Jesus teve em Judas foi tão grande que ele foi escolhido para ser o tesoureiro oficial de Jesus. Tudo que era entregue a Jesus, Ele confiou nas mãos de Judas, que era um de seus discípulos, repito, de muita confiança. Mas nem todas as pessoas em quem confiamos, que acreditamos, que elogiamos e exaltamos, nos deixam livres de sermos traídos por elas. Não estamos livres disso, irmãos. Certo? Aqui está o exemplo de Judas.
A Bíblia diz, irmãos, que antes da santa ceia do Senhor — ou melhor, após a santa ceia do Senhor —, vemos que o próprio Judas levou Jesus a ser vítima de uma trama, de uma armadilha, preparada por ele mesmo. E diante desta trama, amados irmãos, a Bíblia diz que Jesus foi levado a um local que recebeu o nome de Caveira. Por quê? Porque neste local eram levados, em todas as épocas, os malfeitores que eram pendurados na cruz e mortos por não cumprirem a lei.
Jesus foi levado ali e colocado na mesma cruz que era o destino dos malfeitores, para sofrer e ser morto como um deles. Naquele lugar eram julgados ladrões, assassinos e todos que transgrediam a lei. Mas Jesus não transgrediu a lei. O único “mal” que fazia era trazer exemplo, não só para seus seguidores, mas também para os seus inimigos.
Jesus não teve inimigos, mas as pessoas se colocavam como inimigas d’Ele. Certo? Hoje também há muitas pessoas que se fazem nossos inimigos. Nós não somos inimigos delas, mas elas se fazem nossas inimigas. Por quê? Porque servimos a Deus, fazemos a vontade de Deus, abrimos o livro e procuramos andar honestamente, com dignidade, como o livro nos instrui.
Assim, irmãos, observamos que Jesus, ao ser colocado na cruz, foi entregue por alguém que Ele considerava fiel. Isso dói, irmãos. Triste é quando confiamos em uma pessoa, damos credibilidade a ela, mas ela nos trai. A maior traição não é o adultério físico. Isso dói, machuca. Mas a maior traição é quando confiamos em uma pessoa, damos credibilidade a ela, e ela nos apunhala pelas costas. Foi o que aconteceu com Judas e Jesus.
Agora, Jesus foi colocado na cruz, tratado como um malfeitor. No mesmo dia, outras cruzes estavam ali. Era um dia oficial de julgamento. Colocaram Jesus no centro. Ele foi colocado no centro, como a própria Palavra que deve estar no centro de nossas vidas. Louvar é bom, orar é especial, movimentos espirituais são bênçãos de Deus, mas a Palavra deve estar no centro, assim como Jesus esteve no centro da cruz.
Diz a Bíblia que um dos malfeitores reconheceu a inocência de Jesus e disse: “Este homem é justo. Ele não merece estar aqui.” O outro, porém, o insultava. Assim é a vida do cristão: sempre haverá quem nos defenda e quem nos condene. Mas o importante é permanecermos no centro, como Jesus.
Quando o malfeitor arrependido clamou: “Senhor, lembra-te de mim quando entrares no teu reino,” Jesus respondeu: “Hoje mesmo estarás comigo no paraíso.” Essa promessa é para todos que reconhecem seus erros e buscam a salvação.
Nesta manhã, ao participarmos da Santa Ceia, precisamos refletir: em qual cruz estamos? Na cruz da direita, ao lado de Jesus, reconhecendo-o como Salvador? Ou na cruz da esquerda, rejeitando-o? A Ceia é a vida do crente. Quem não participa dela, não tem vida. Mas não podemos fazê-lo em pecado. Devemos estar com o coração puro, a mente lavada e a consciência tranquila.
O sangue de Jesus foi derramado no centro da cruz, e é neste sangue que encontramos vida. Portanto, irmãos, participemos do corpo e do sangue de Cristo com reverência e temor, lembrando do grande sacrifício feito por nós.
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